quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Em sistema Socioeducativo, Jovem de 19 anos é 1ª trans a alterar registro civil vivendo em unidade para infratores de PE: 'Me sinto mais mulher', diz

 

Por Ricardo Novelino, g1 PE

 


Mulher trans, Vitória trocou nome na certidão de nascimento, mesmo cumprindo medida de ressocialização em unidade para infratores no Recife  — Foto: Funase/Divulgação

Mulher trans, Vitória trocou nome na certidão de nascimento, mesmo cumprindo medida de ressocialização em unidade para infratores no Recife — Foto: Funase/Divulgação

Uma jovem de 19 anos que cumpre medida socioeducativa em uma unidade para infratores no Recife é a primeira mulher trans a conquistar o direito ao nome social na história do sistema de ressocialização de Pernambuco. Ela retificou o registro civil, alterando o gênero, e passou a ser conhecida oficialmente por Vitória, nome feminino que escolheu. “Me sinto mais mulher”, declarou.

Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), a mulher trans cumpre uma medida socioeducativa há quase dois anos na unidade de Santa Luzia, no Prado, na Zona Oeste da capital pernambucana.

Por determinação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Funase não pode informar em qual cidade ela morava nem qual delito praticou.

A fundação disse apenas que ela cumprirá uma medida de, no máximo, três anos, a maior imposta aos jovens infratores.

Como ela praticou o ato infracional antes de completar a maioridade, aos 18 anos, terá que cumprir a medida em uma unidade de ressocialização, mesmo já sendo adulta.

Vitória é o segundo nome escolhido pela jovem. O primeiro, informou a Funase, não pode ser divulgado, assim como sobrenome, que não teve mudança.

A Funase divulgou o perfil da mulher trans que conseguiu o direto de mudar as informações nos documentos. Com ajuda da fundação, o g1 enviou perguntas para Vitória, que falou sobre todo o processo.

A jovem tem dez irmãos e revelou ser “a filha do meio”. Na entrevista, Vitória relatou ter recebido apoio da mãe, desde os 11 anos de idade, quando “se viu uma pessoa diferente”.

Mulher trans, Vitória adotou nome social mesmo cumprindo mdida socioeducativa em unidade para infratoras no Recife — Foto: Funase/Divulgação

Mulher trans, Vitória adotou nome social mesmo cumprindo mdida socioeducativa em unidade para infratoras no Recife — Foto: Funase/Divulgação

“Quando soube da minha decisão, minha mãe disse que assinaria qualquer documento, se eu precisasse. Os meus irmãos estão felizes. Viram a minha felicidade e vibraram junto comigo”, afirmou.

A jovem apontou não ter sofrido preconceito dentro de casa, mas afirmou que sofreu “nas ruas”, quando “era muito xingada”.

Na unidade onde cumpre medida socioeducativa, a jovem usa roupas femininas e maquiagem e diz que “se sente livre e respeitada”.

A fundação informou que ela demonstrou interesse em fazer a mudança de registro civil durante os atendimentos com o serviço de assistência social do sistema.

“A decisão foi aqui na unidade quando tive conhecimento que tinha esse direito. Todas as orientações foram dadas pela assistente social daqui”, contou.

Depois de manifestar o desejo de tratamento com hormônios femininos e de alterar a documentação, a fundação buscou informações no Centro Municipal de Referência em Cidadania LGBTQIA+.

A equipe da assistência social ficou sabendo que era necessário providenciar todos os documentos para dar início ao processo. Vitória só tinha CPF e certidão de nascimento. Por isso, foi preciso conseguir o resto da documentação exigida.

Após o processo da retirada das segundas vias, aconteceu o retorno para o Centro de Referência e, posteriormente para a Defensoria Pública, que fez todo encaminhamento para a retificação do nome.

De acordo com a equipe de assistência social do sistema socioeducativo, com os novos documentos, a jovem vai evitar constrangimentos e discriminação social.

Com a mudança, a jovens trans planeja a vida fora da unidade de ressocialização. Fez cursos profissionalizantes promovidos pelo sistema e pretende trabalhar em algumas áreas.

“Quero fazer cursos de esteticista e maquiagem. Mas gosto muito de design gráfico, fiz um curso pela Funase”, comentou.

Atualmente, Vitória faz um estágio na área administrativa. “Estou aprendendo muito. Acho que todo aprendizado é válido”, acrescentou.

Lei

Em 2018 o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu que o processo de retificação pudesse ser feito pelos cartórios civis.

Antes disso, era necessária autorização judicial para alterar o nome. A retificação do registro civil é um direito que permite a alteração do nome e do gênero em todos os documentos da pessoa interessada.

Toda empresa é obrigada a oferecer estes benefícios a seus funcionários

 


Confira quais são os benefícios obrigatórios garantidos pela Consolidação de Leis do Trabalho (CLT) e quais são os benefícios opcionais.

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A Consolidação de Leis do Trabalho (CLT) garante inúmeros direitos aos trabalhadores que possuem a carteira assinada. Dentre eles, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), as férias remuneradas e o vale-transporte. 

No entanto, alguns benefícios que a empresa oferece a seus trabalhadores não são garantidos por lei, portanto, para que não haja descontos no salário, o empregado pode vir a recusar alguns benefícios que são opcionais. 

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Por exemplo, se o trabalhador de carteira assinada tiver um plano de saúde, ou um plano odontológico, ele pode recusar os respectivos planos oferecidos pela empresa, pois estes são uns dos benefícios opcionais. 

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É importante lembrar que os benefícios acabam descontando diferentes porcentagens do salário desse empregado. Portanto, é importante ter conhecimento de quais são os benefícios obrigatórios, e quais são os benefícios opcionais. 

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Alguns benefícios trabalhistas são garantidos após o período de 3 meses de experiência do trabalhador, por essa razão, é importante sempre estar atento ao contrato. 

Quais são os benefícios que podem ser recusados pelo trabalhador?

São benefícios opcionais, portanto, podem ser recusados pelo trabalhador para que este tenha menos descontos no valor total de seu salário:

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  • bolsa de estudo, ou auxílio educação;
  • auxílio-creche;
  • vale-alimentação;
  • vale-refeição;
  • assistência médica do plano de saúde ou do plano odontológico;
  • cesta básica;
  • direito a academia;
  • sala de jogos;
  • e participação nos lucros e resultados.

Esses benefícios não são obrigatórios perante a legislação, mas, por vezes, apresentam-se como um incentivo aos trabalhadores. Além disso, também existem bonificações, visto que as equipes beneficiadas apresentam um caráter mais organizado e produtivo.

Quais são os benefícios obrigatórios?

No entanto, com base no artigo 7 da Constituição Federal, os benefícios obrigatórios não poderão ser recusados por esses trabalhadores, são eles: 

  • Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
  • licença maternidade e paternidade;
  • horas extras;
  • seguro-desemprego;
  • férias remuneradas;
  • décimo terceiro;
  • abono salarial;
  • aviso prévio;
  • vale-transporte;
  • faltas justificadas;
  • repouso semanal remunerado;
  • auxílio-doença;
  • adicional noturno;
  • salário-família.

No que diz respeito ao vale-transporte, este pode não ser obrigatório quando o empregado possui seus próprios meios de locomoção para trabalhar, ou quando a empresa fornece o transporte

Romeu Zema vai começar privatização do sistema socioeducativo em Minas Gerais

 


Concessão deve ser de 30 anos; valor mensal do projeto é de quase R$ 3 milhões

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
 
Minas Gerais possui 43 unidades socioeducativas onde estão tutelados cerca de 830 adolescentes - CNJ

Minas Gerais possui 43 unidades socioeducativas onde estão tutelados cerca de 830 adolescentes. O destino desses jovens e do sistema está em debate, com a proposta de parceria público-privada em curso. O estado, governado por Romeu Zema (Novo), será cobaia do experimento no país, já que, até este momento, o serviço é totalmente prestado por instituições públicas.

Neste mês, o governo estadual divulgou o projeto, proposto inicialmente para apenas duas cidades. No escopo do programa, denominado "Novo socioeducativo", está prevista a construção de duas unidades de atendimento: uma em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e outra em Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce.

Em cada unidade serão ofertadas 90 vagas para adolescentes em conflito com a lei. Segundo informações do governo, as funções de acompanhamento, formação e segurança dos jovens serão realizadas pelo setor privado. Já a segurança do centro será feita pelo Estado. O programa terá um gasto mensal de R$ 2,98 milhões durante todo o período de concessão do serviço, pelo prazo de 30 anos.

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Hugo Barbosa de Paulo, diretor executivo do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público no Estado de Minas Gerais (SindPúblicos), que há 17 anos trabalha no sistema socioeducativo, avalia que a proposta é mais um projeto privatista do governo e não nenhu,a inovação ao setor.

"É um projeto falacioso. O sistema já oferta todos os serviços que eles estão apontando como novidade, inclusive a profissionalização. Então, a proposta atende o interesse de quem?", questiona o assistente executivo de defesa social. "É uma política neoliberal que está sendo implementada em todo o sistema de educação do estado", completa.

Garantia de direitos humanos preocupa

Outra preocupação com o projeto diz respeito à proteção dos adolescentes em conflito com a lei. Hoje, o acompanhamento desses jovens é feito integralmente por servidores públicos e denúncias de violações de direitos praticados contra os tutelados são encaminhadas aos órgãos competentes, como o Ministério Público.

Para Hugo, a lógica mercantilista do serviço coloca essa proteção em risco. "O lucro do setor privado depende das avaliações positivas do trabalho da concessionária, então, logicamente, não vão denunciar violações de direitos dentro do sistema, o que coloca em risco a proteção integral dos adolescentes. Os dados vão ficar maquiados", alerta.

Trabalhadores não foram ouvidos

O sindicalista afirma ainda que, como ocorreu em outras áreas da educação, os trabalhadores do sistema socioeducativo não foram consultados sobre a proposta privatista e só ficaram sabendo do programa pelos meios de comunicação. A categoria pretende solicitar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais uma audiência pública para debater o tema e conscientizar a população sobre os riscos envolvidos.

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De acordo com o cronograma do governo, está prevista para o dia 7 de dezembro uma audiência pública de apresentação do "Novo socioeducativo". A atividade será realizada na Cidade Administrativa, na modalidade híbrida – presencial e virtual. Para participar do evento, os interessados precisam se inscrever previamente neste link. Também está prevista uma consulta pública que será realizada no dia 14 de dezembro, neste link.

O que diz o governo

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o objetivo primordial do projeto é "desenvolver um modelo para centros socioeducativos que seja mais efetivo no processo de responsabilização e ressocialização dos adolescentes".

Sobre a preocupação da garantia de proteção aos jovens, a pasta informou que o Estado acompanhará a execução e "fará o controle finalístico de todo o projeto" e, caso seja detectado algum ponto de violência, "atuará na intervenção junto ao parceiro, acionando todos os atores de rede".

A Sejusp ressaltou que o projeto "foi estruturado pelo Escritório da ONU de Serviços para Projetos e tem, nas suas premissas, o respeito aos direitos humanos e à diversidade", afirmou.

Sobre a participação dos trabalhadores, a Secretaria informou que servidores de diversas carreiras contribuíram na estruturação do projeto do "Novo socioeducativo". Além disso, a Sejusp pretende "realizar reuniões qualificadas com todos os trabalhadores do sistema", informa em nota.

Fonte: BdF Minas Gerais

Edição: Larissa Costa

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Presidente da Fundação CASA, comandará Lide Justiça quando deixar governo em janeiro


 


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fernandojcosta.adv.br


FERNANDO JOSÉ DA COSTA


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FOLHA DE S.PAULO:


1/3


Painel


Editado por Fábio Zanini, espaço traz noticias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Juliana Braga


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Fernando José da Costa comandará Lide Justiça quando deixar governo em janeiro


Outros integrantes do secretariado de Doria, como Sérgio Sá


Leitão e Rossieli Soares, também foram convidados a ocupar


cargos no grupo


O fernandojosedacosta


fernandojosedacosta.sp


182 curtidas


fernandojcosta.adv.br A partir de janeiro de 2023 estarei


à frente do Lide Justiça, do Grupo Lide, fundado pelo ex-governador João Doria. Vou levar a minha experiência da área Jurídica, como professor, advogado criminalista, mestre e doutor em Direito Penal, bem como Secretário da Justiça e Cidadania, presidente da Fundação CASA e superintendente do Imesc para compartilhar com todos do Lide Justiça. @joaodoria.trabalhador


Ver todos os 57 comentários ednasandramartins Parabéns Dr. Fernando!!


Há 7 horas Ver tradução


Detento é assassinado após se masturbar e ejacular em parceiro de cela

 


Crime aconteceu em unidade prisional de Presidente Prudente (SP)

Detento é assassinado após se masturbar e ejacular em parceiro de cela - Imagem Ilustrativa


Um preso de 51 anos foi assassinado após se masturbar e ejacular no parceiro de cela. O caso aconteceu na penitenciária Wellington Rodrigo Segura, no distrito de Montalvão, em Presidente Prudente (SP), nesta terça-feira (22).


De acordo com boletim de ocorrência, os agentes penitenciários descobriram o crime durante a contagem de presos.

Um detento de 33 anos confessou que matou o companheiro de cela porque acordou com o homem se masturbando próximo dele. A vítima teria, inclusive, ejaculado na barriga do preso. Ao acordar, o detento disse que "perdeu a cabeça" e começou a espancar a vítima.

Após o crime, o corpo do preso foi retirado e levado para o IML (Instituto Médico Legal), onde passou por exame necroscópico e foi liberado para velório e enterro. O autor do crime vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil e deve ter a pena aumentada