sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Golpe da mão fantasma': usuário vê dados e dinheiro roubados em tempo real. Veja como agem os criminosos e como se proteger

 

img
Foto: Reprodução
-A A A+

Um novo golpe virtual pelo celular tem exigido a atenção de usuários de aplicativos bancários. Batizado de "o golpe da mão fantasma", a vítima vê seus dados e seu dinheiro sendo roubados em tempo real pelo telefone, após ser convencida a instalar um app no aparelho. A fraude tem levado instituições financeiras a alertarem seus clientes.

Na prática, o golpista consegue instalar um aplicativo de acesso remoto (RAT) depois de convencer a vítima a usar um app ou um e-mail fraudulento que oferece uma atualização falsa de aplicativo, ou ainda por meio de anúncios alarmistas como "seu Android está infectado". Então, o programa abre acesso ao cibercriminoso, que pode utilizar seu celular em tempo real. O dono do telefone começa a perceber que o aparelho não segue mais seus comandos, abrindo e gerenciando telas e aplicativos "sozinho".

Outra forma utilizada pelos golpistas para conseguir instalar o vírus no celular é ligar para o cliente como se fosse um atendente da instituição financeira onde a vítima tem conta-corrente. Na tela do telefone, aparecem o número e o nome do banco, como se a ligação partisse de lá.

Fora de serviço:

Como funciona

O golpista questiona se a vítima realmente fez uma transação num valor específico e, ao ter a informação de que o correntista não a reconhece, sugere que a pessoa instale em seu celular um aplicativo de acesso remoto para que o problema seja corrigido. Geralmente, os apps sugeridos pelos criminosos permitem ter acesso remoto e manipular dados no smartphone, inclusive com possibilidades de transfência de valores, pagamento contas e empréstimos.

— De forma insistente e convincente, os cibercriminosos se utilizam de tecnologias, simulam centrais de atendimento e até transferências para outros departamentos da suposta central, até que a vítima obedeça aos seus comandos. O "golpe da mão fantasma" se efetiva quando, convencida de que realmente se trata de um contato oficial da instituição financeira, a vítima instala o aplicativo para rastreamento da suposta transação fraudulenta em seu dispositivo móvel, permitindo o acesso dos cibercriminosos a todo o conteúdo do aparelho — explica Tatiana Coutinho, advogada especializada em Cibersegurança Privacidade e Proteção de Dados no escritório Lima e Feigelson advogados.

Banco do Brasil fez alerta a seus clientes

O Banco do Brasil (BB) já encaminhou aos clientes uma série de orientações a respeito deste golpe. A instituição informou que envia comunicados de forma preventiva, com o objetivo de alertar e proteger os clientes desse tipo de ação criminosa.

O banco acrescentou que não solicita a instalação de apps para acesso remoto. A forma oficial de baixar o app BB é pela loja de aplicativos do celular. A instituição recomenda aos clientes que nunca instalem ferramentas desconhecidas.

O BB também informou que não faz ligações pelo telefone 4004-0001. Este número é somente para falar no WhastApp e ligar na Central de Relacionamento.

Ataque:  

Febraban: 'apps de bancos são seguros'

Já a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) afirma que os aplicativos dos bancos "contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização". Segundo a entidade, não há registro de violação da segurança desses aplicativos". Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente.

No caso deste golpe, segundo a Febraban, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites.

A Federação alerta que usuários anotam suas senhas de acesso ao banco em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Também há casos de clientes que usam a mesma senha de acesso do banco em outros aplicativos, sites de compras ou serviços na internet, e estes apps, em grande parte dos casos, não contam com sistemas de segurança robustos e a proteção adequada das informações dos usuários.

A entidade diz ainda que o banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular para corrigir supostas irregularidades. Também nunca liga pedindo senha nem o número do cartão ou ainda para que o cliente faça uma transferência ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar um problema na conta.

O golpe já foi assim denominado para os casos em que o criminoso se utiliza de códigos maliciosos para induzir a vítima a instalar um falso app de execução remota, como se fosse uma atualização de um app (WhatsApp, Google Drive etc.)

Tayná Carneiro, CEO da Future Law, recomenda cuidados na instalação de aplicativos, especialmente quando a sugestão vem de terceiros:

— Os cadastros devem ser feitoa apenas em sites, aplicativos e serviços confiáveis, verifique as avaliações deixadas por outros usuários, sempre se atentando ao nível das informações solicitadas — sugere ela.

Veja como se proteger

  • 1. As instituições financeiras não entram em contato solicitando a instalação de qualquer tipo de aplicativo e se restar alguma dúvida, a melhor medida é comparecer a sua agência; 
  • 2. Ao receber ligações, se atente quanto ao discurso do interlocutor e caso perceba uma indução do sentimento de urgência, se mantenha calmo e anote toda e qualquer informação fornecida durante a chamada, sem fornecer seus dados pessoais, cadastrais ou financeiros; 
  • 3. Nunca retorne para o número que lhe foi dado pelo interlocutor ou exibido na tela do aparelho telefônico; 
  • 4. Evite cadastrar senhas utilizadas em instituições financeiras em outros serviços, desenvolva o hábito de alterá-las regularmente; 
  • 5. Proteja suas contas através da criação de senhas fortes e as armazene em segurança em um gerenciador de senhas de sua confiança. 
  • 6. Nunca instale aplicativos desconhecidos ou recebidos por mensagens instantâneas, SMS, WhatsApp, tampouco por e-mails; 
  • 7. Desconfie sempre de ofertas que proporcionem vantagens exorbitantes; 
  • 8.  Utilize a autenticação em dois fatores, especialmente por aplicativos
  • 9. Se for vítima, registre o fato em uma delegacia  

Fonte: Tatiana Coutinho, advogada especializada em Cibersegurança Privacidade e Proteção de Dados no escritório Lima e Feigelson advogados.

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

LEIA MAIS

Dona do Burger King no Brasil recusa oferta de compra feita pelo Mubadala. Entenda

Auxílio Brasil: governo diz que 17 bancos podem oferecer consignado a beneficiários

Häagen-Dazs faz recall de sorvetes e picolés por suspeita de susbtância tóxica

Netflix vai impedir usuário de baixar séries e filmes no serviço que vai criar com publicidade

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Unidade da Fundação CASA Tem Palestra Com Autor Do Livro “Noia”

 


Capa Cidades

A experiência de quem viveu o submundo das drogas e relatou isso em livro para alertar sobre os impactos que a dependência química causou em sua vida e história familiar. Sob esse viés, o escritor e palestrante João Blota, autor de “Noia – O mundo das drogas visto por outro lado: o de dentro”, conversa com adolescentes que cumprem medida socioeducativa no CASA Osasco II, em Osasco.

A palestra acontece nesta sexta-feira (19), às 13h30. Com especialidade em programação neurolinguística, o escritor levará a mensagem sobre e necessidade de foco para a mudança de vida e, assim, superar as adversidades vividas ao longo das histórias individuais.  

Uma das metas da equipe de atendimento junto aos adolescentes em internação, durante o cumprimento da medida socioeducativa, é provocar o processo reflexivo desses jovens sobre o ato infracional que praticaram, de forma a mudarem de comportamento no retorno à sociedade. 

De acordo com o boletim estatístico diário da Fundação CASA, 46,57% dos 4.793 adolescentes atendidos nesta quinta-feira (18) cumprem medida por tráfico de drogas. 

“Mensagens de coragem, resiliência e sabedoria possuem a capacidade de tocar e incentivar algum tipo de mudança nos seres humanos, incluindo os jovens atendidos na Fundação CASA”, acredita o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa. 

Relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UODC, na sigla em inglês) aponta que a pandemia da Covid-19 potencializou os riscos de dependência química sobre drogas. Segundo o documento, de 2021, 275 milhões de pessoas no mundo usaram algum tipo de droga no ano anterior, sendo que mais de 36 milhões sofreram algum tipo de transtorno relacionado ao uso de entorpecentes.  

Já no Brasil, o 3º Levantamento Nacional sobre Uso de Drogas pela População Brasileira, coordenado em 2019 pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que 3,2% dos 17 mil entrevistados utilizaram algum tipo de droga ilícita nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa – e 0,3% dos 30 dias anteriores à entrevista.  

O estudo foi feito com pessoas com idades entre 12 e 65 anos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, o consumo foi maior, chegando a 7,4% das pessoas entrevistadas nessa faixa. 

A maconha é a droga ilícita mais consumida, com 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos confirmaram o uso; seguida da cocaína em pó, utilizada por 3,1% dos entrevistados. 

CCJ da Câmara dos deputados federais aprova isenção do IR para membros da segurança pública

 

image

A Isenção do Imposto de Renda dos membros da Segurança Pública do foi aprovado pelo relator da comissão de constituição e justiça na Câmara dos deputados federais. O Projeto de Lei segue agora para votação no plenário da comissão e após seguir para sanção do presidente da república.

O Projeto de Lei 488/22 isenta profissionais da segurança pública do pagamento do Imposto de Renda e da entrega da declaração anual. Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, a medida beneficiará, entre outros, os policiais militares, os bombeiros militares e os policiais civis, federais, rodoviários federais e penais.

“Segundo a Constituição, a segurança pública é dever do Estado”, lembrou o autor da proposta, deputado Gurgel (União-RJ). “Nesse sentido, nada mais justo que os profissionais que atuam nessa área sejam isentos do IR, visto que os seus rendimentos provêm desta atividade, que é essencial à existência do Estado.”

Fonte: Agência Câmara de Notícias

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Simulado Fundação CASA



 


ATENÇÃO!

Simulado aberto no AVA/FCASA até 24/08.São perguntas do tipo quantas horas tem um dia, cores da bandeira brasileira etc.


A intenção é simular, testar acesso e navegação para o dia da prova vertical.



(AVA - https://ava.fundacaocasa.sp.gov.br/


UNICASA - Governo do Estado de São Paulo

Para acessar o AVA, por favor, digitar usuário e senha do ERP, respeitando as letras maiúsculas e minúscula na senha. Dificuldade para acessar o AVA?

ava.fundacaocasa.sp.gov.br









Justiça concede prisão domiciliar à advogada suspeita de atuar em plano de fuga de Marcola

  

Por Pollyana Araújo, Especial Para O Globo — Cuiabá

 


A advogada Kássia Regina Brianez Trulha de Assis, de 41 anos, presa suspeita de envolvimento em um plano de fuga para tentar resgatar Marco Willians Herbas Camacho - o Marcola – da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), teve a prisão preventiva convertida para domiciliar, após alegar que precisa cuidar do filho com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Na decisão, a Justiça Federal determinou que ela use tornozeleira eletrônica e só saia de casa em situação de emergência médica.

Kássia está no Presídio Militar de Campo Grande (MS) há seis dias. A decisão é desta segunda-feira, mas, segundo a defesa, até a noite desta terça ela ainda não tinha sido solta. A previsão é que ela vá para casa na quarta-feira.

Marcola é o líder da maior facção criminosa do Brasil, que atua dentro e fora dos presídios do país. Ele foi condenado a mais de 300 anos de prisão e está preso há mais de 20 anos. Desde março deste ano, cumpre pena na unidade de Rondônia.

Agora, aos 54 anos, conforme investigação da Polícia Federal, é acusado de reunir detentos e advogados para criar um plano de fuga da penitenciária, que acabou frustrado. A PF apontou que Kássia Regina fazia parte desse grupo, servindo como ponte de informação entre os presos com outros integrantes que estavam do lado de fora.

Em nota, a defesa da advogada afirma que houve uma confusão entre as atividades exercidas por ela e que a inocência dela será provada.

— A exigência de respeito às prerrogativas do advogado nada mais é que um direito previsto em lei, porém, sabe-se que a letra fria da lei não impede que ocorram situações prejudiciais ao advogado, tal como no caso concreto — diz o advogado Juliano Rocha de Moraes.

Condenado por tráfico e homicídio, Marcola, que está em presídio federal de Rondônia, era um dos presos que facção pretendia resgatar — Foto: Divulgação

Condenado por tráfico e homicídio, Marcola, que está em presídio federal de Rondônia, era um dos presos que facção pretendia resgatar — Foto: Divulgação

Kássia foi presa durante a operação “Anjos da Guarda”, deflagrada pela Polícia Federal na última quarta-feira.

Após audiência de custódia, a Justiça concedeu o alvará de soltura, estabeleceu o uso da tornozeleira e autorizou saídas de casa apenas para eventuais emergências médicas dela e do filho, assim como para acompanhamento do filho nas consultas para tratamento do autismo, mediante comunicação dos endereços dos locais em que estas são realizadas.

“[…] Poderá, também, deixar a residência para atender aos chamados da Justiça e Polícia Federal, no interesse da investigação/instrução apresentando a devida ressalva/certidão”, diz trecho da decisão.

Operação Anjos da Guarda

Na operação, a PF cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e outros 13 de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Distrito Federal. O objetivo da operação foi impedir o plano de resgate de líderes de um dos maiores grupos criminosos do país.

A polícia descobriu durante as investigações que os presos e outros suspeitos de envolvimento no plano mantinham uma rede de comunicação e se falavam por meio de mensagens, mediadas por advogados.

De acordo com a PF, os profissionais usavam códigos simulando questões jurídicas que não existiam, durante os atendimentos aos clientes.

Foram identificadas três estratégias para a fuga, incluindo invasão ao presídio por 100 homens armados e com bombas, além do sequestro de autoridades e parentes de presos para negociar a liberação de Marcola e outros líderes da facção e uma rebelião na penitenciária.