domingo, 19 de junho de 2022

Ficou dois anos preso, mesmo sendo inocente

 Família se une para provar inocência de homem preso injustamente

Por Fantástico

 


Depois de dois anos e meio preso, um ajudante geral consegue provar sua inocência com a ajuda da família
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Depois de dois anos e meio preso, um ajudante geral consegue provar sua inocência com a ajuda da família

Fantástico conta como uma família se uniu para provar na Justiça a inocência do ajudante geral Flávio Silva Santos. Uma história de sofrimento e de injustiças, mas também de uma família que se ama incondicionalmente.

Hoje com 30 anos, Flávio não tinha passagem pela polícia. No dia 28 de novembro de 2019, ele estava no trabalho quando policiais foram até a sua casa. Preocupado, resolveu ir à delegacia para entender a situação.

“Compareci sem advogado porque eu não estava devendo nada. Nunca imaginaria que eu ia, lá na delegacia, entrar pela porta da frente e ficar preso”, contou Flávio.

Havia um mandado de prisão contra ele, que era acusado de participar de um assalto bem planejado e extremamente violento, no mês anterior, numa área rural em Itapecerica de Serra, São Paulo. As vítimas – entre elas, um senhor de 86 anos – contaram que foram torturadas por pelo menos oito homens armados e encapuzados. Os bandidos foram embora só uma hora depois, levando joias e dinheiro.

Uma testemunha disse à polícia ter ouvido um dos ladrões ser chamado de “Luiz” e, ao olhar fotos nas redes sociais de moradores da região, identificou o tal “Luiz”. Durante o roubo, “Luiz” teria deixado a camiseta que cobria a cabeça cair, e por isso teria sido possível ver o seu rosto dele.

Mas por que havia um mandado contra Flávio? A mesma testemunha também identificou o ajudante geral por uma foto numa rede social. Ele sempre se disse inocente e que, na hora do roubo, estava em casa com a mulher. Um mês depois do assalto, com Flávio já preso, ela fez o reconhecimento presencialmente na delegacia.

Em agosto de 2020, Flávio, outros dois presos e as testemunhas participam de uma audiência da Justiça. A principal testemunha pediu ao juiz que o seu rosto não aparecesse na audiência on-line. Desta vez, a versão da testemunha foi diferente da que deu à polícia, logo depois do assalto. Mas para o promotor, Flávio era culpado.

O juiz concordou e deu a sentença: Flávio foi condenado a 13 anos, 5 meses e 7 dias de prisão. Ele ficou dois anos num presídio onde dividiu uma cela superlotada com outros 30 presos. Por isso, Flávio era obrigado a dormir no chão. Ele tem anemia, e a doença se agravou enquanto esteve lá dentro.

A família não desistiu de provar a inocência do Flávio. Depois de ter os recursos negados pelo juiz e pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa procurou o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, e foi aí que surgiu uma ajuda importante: uma advogada especializada em instâncias superiores viu uma postagem do irmão do Flávio, o marceneiro Tarcísio, e resolveu entrar no caso.

O resultado foi que o ministro Ribeiro Dantas, do STJ, anulou o reconhecimento e determinou a absolvição de Flávio. No dia 16 de maio, depois de 900 dias preso, ele estava livre. O Ministério Público não recorreu da decisão do STJ, e a defesa prepara um pedido de indenização.

Assista à reportagem completa no vídeo acima para saber mais detalhes do caso, como a ação da advogada especializada em instâncias superiores e, também, as justificativas da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça.

sábado, 18 de junho de 2022

Traficantes entregam por engano cocaína avaliada em R$ 427 mi em supermercados

 

Traficantes entregam por engano cocaína avaliada em R$ 427 mi em supermercados na República Tcheca
Carga de cocaína escondida em caixas de banana, na República Tcheca Divulgação

Por O Globo — PRAGA

 


Traficantes de drogas entregaram, por engano, um carregamento de cocaína em supermercados da República Tcheca na última sexta-feira. A carga de droga era avaliada em US$ 83 milhões (equivalente a R$ 427 milhões) e estava escondida em caixotes de banana.

A apreensão da droga ocorreu após a polícia ser informada de que funcionários de supermercados em diferentes lojas por todo o país encontraram pacotes de cocaína no meio das caixas da fruta. Ao todo, a carga pesava 839 kg.

De acordo com as autoridades locais, o carregamento de cocaína era proveniente da Colômbia. A droga foi desembarcada e entregue na República Tcheca, mas seu destino era outro. Os investigadores informaram que os entorpecentes deveriam ter sido entregues na Alemanha.

Caixas de banana com cocaína escondida são inspecionadas por cão farejador — Foto: Reprodução

Caixas de banana com cocaína escondida são inspecionadas por cão farejador — Foto: Reprodução

"Cubos de cocaína prensados, em caixas de banana, foram encontrados esta tarde por trabalhadores de supermercados em Jičín e Rychnov nad Kněžnou. Os investigadores criminais descobriram que mercadorias do mesmo lote foram distribuídas para vários outros locais da República Tcheca", informou a polícia.

Uma investigação sobre o caso foi aberta pelo Centro Nacional de Controle de Drogas. 

Servidor apresenta atestado e deixa de trabalhar 242 dias por ano

 



Servidores da Fundação Casa usaram atestado médico para não trabalhar (Foto: SPTV/YouTube/Reprodução)
Servidores da Fundação Casa usaram atestado médico para não trabalhar (Foto: SPTV/YouTube/Reprodução)
Por Fábio Zanini, da Folhapress

SÃO PAULO – A Fundação Casa apresentou notícia-crime ao Departamento de Proteção à Cidadania da Polícia Civil de São Paulo para que um número que considerou fora do comum de atestados médicos apresentados por servidores seja investigado.

Na peça, a Fundação diz que realizou análise minuciosa do “alto grau de absenteísmo” e se deparou “com um número exorbitante de atestados médicos que amparam ausências justificadas para os mesmos servidores”.

Isso se aplica especialmente para os cargos de agentes de apoio socioeducativos, que trabalham em regime de escala 2 por 2, ou seja, dois dias de trabalho para dois dias de folga.



Na notícia-crime, a Fundação Casa mostra uma tabela com 20 servidores que, entre maio de 2021 e abril de 2022, apresentaram dezenas de atestados médicos e se ausentaram por mais dias do que trabalharam. Um dos servidores apresentou 97 atestados, seguido por outros com 83 e 81.

O que mais se ausentou esteve fora do trabalho por atestado médico durante 242 dias, número muito maior que os 187 dias que deveria ter trabalhado.

Segundo a apuração, os 20 funcionários (18 deles agentes de apoio socioeducativos) somaram 4.138 dias de ausências justificadas por atestados médicos conjuntamente. Caso tenham sido de fato indevidas, as faltas teriam resultado em prejuízo de R$ 735 mil, estima a Fundação.

A peça detalha que esses servidores não ultrapassam 15 dias de afastamento e apresentam CIDs (Código Internacional de Doença, que especifica a enfermidade) diversos e não relacionados, o que impede que sejam enviados para perícia no INSS. Um dos servidores em questão, por exemplo, teria apresentado 55 atestados com 28 CIDs diferentes, diz o texto.

A Fundação Casa expõe na peça três processos administrativos recentes que, após apuração, levaram à conclusão de que atestados médicos entregues por servidores eram falsos, o que resultou em demissão por justa causa.

Um dos servidores, diz a peça, postou imagens em carreata eleitoral no dia em que estaria com pedra no rim. Nos outros dois casos, as respectivas instituições de saúde não reconheceram os atestados.

A instituição pede que a Polícia Civil investigue o caso e chame representantes da Fundação Casa e testemunhas para que sejam ouvidos.

sexta-feira, 17 de junho de 2022

SP autoriza concurso público para 2,7 mil professores e servidores de Etecs e Fatecs

 


Serão admitidos docentes e servidores administrativos para atuar em Etecs e Fatecs, de diferentes regiões do Estado, a partir do ano que vem

Qua, 15/06/2022 - 8h14 | Do Portal do Governo 

O governador Rodrigo Garcia autorizou a realização de concurso público para contratação de mais de 2,7 mil professores e servidores administrativos para atuar em Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) do Estado, administradas pelo Centro Paula Souza (CPS), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

“Autorizei a contratação de 2,7 mil professores e servidores para as Fatecs e Etecs, que chegam para reforçar a qualidade do serviço prestado pelo Centro Paula Souza. Fiquem atentos ao processo seletivo que vai acontecer no segundo semestre e as contratações serão feitas já em 2023”, disse Rodrigo Garcia. A autorização foi publicada no Diário Oficial do Estado de terça-feira (14).

No total, serão contratados 993 professores de Ensino Médio e Técnico, 594 docentes de Ensino Superior, 887 agentes técnicos e administrativos, 227 bibliotecários e 6 especialistas em planejamento educacional. Foi autorizado, ainda, o aproveitamento de 80 vagas de professores remanescentes de concursos anteriores.

Os candidatos aprovados no concurso terão contrato por prazo indeterminado. Os processos seletivos estão previstos para ocorrer no segundo semestre e as contratações serão feitas em 2023.

“O concurso público é mais uma importante medida para reforçar o serviço prestado pela instituição e aprimorar a qualidade do ensino oferecido aos jovens de diferentes localidades do Estado”, afirma a diretora-superintendente do CPS, Laura Laganá.

Remuneração

O professor admitido para atuar no Ensino Médio ou Técnico das Etecs recebe uma remuneração inicial de R$ 4.685,08, considerando a atribuição máxima de 34 horas/aula semanais.

Já nos cursos superiores de tecnologia das Fatecs, o salário inicial para um docente, com atribuição máxima de 29 horas/aula semanais, é de R$ 7.794,43.

Para o emprego público de agente técnico e administrativo (nível médio), o salário inicial é de R$ 1.689,53. Para o cargo de analista de suporte e gestão (bibliotecário), de nível superior, o salário inicial é de R$ 3.068,65. E para o especialista em planejamento educacional, obras e gestão (nível superior), o salário inicial é de R$ 4.737,56.