segunda-feira, 13 de junho de 2022

Penitenciária feminina de Campinas pode voltar a ser masculina

 


Transição está em estudo na SAP, mas já desperta medo e insegurança nos moradores

Alenita Ramirez / alenita.ramirez@rac.com.br
11/06/2022 às 20:47.
Atualizado em 12/06/2022 às 10:15
Entrada da Penitenciária Feminina, no bairro São Bernardo: possibilidade desperta medo na vizinhança (Gustavo Tilio)

Entrada da Penitenciária Feminina, no bairro São Bernardo: possibilidade desperta medo na vizinhança (Gustavo Tilio)

A Penitenciária Feminina de Campinas, que fica no bairro São Bernardo, poderá voltar a ser um presídio para homens. A transição está em estudo na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), mas já desperta medo e insegurança nos moradores do entorno da unidade. 

Apesar de a Pasta não confirmar a mudança, na última semana o Governo do Estado publicou no Diário Oficial do Estado (DOE) o remanejamento de mais de 40 agentes penitenciários masculinos para o local, o que reforça a suspeita dos moradores. Atualmente, cerca de 10 agentes masculinos atuam na vigilância externa e muralha. 

A SAP justifica o estudo de transição devido à redução da população prisional feminina nos últimos anos e o déficit de vagas para presos do sexo masculino. “Assim, iniciamos estudos para avaliar a possibilidade de transformação da Penitenciária Feminina de Campinas em um presídio masculino.

O perfil dos presos que seriam recebidos na unidade ainda não está definido. O presídio seria destinado ao regime fechado, com vigilância armada fazendo a segurança”, frisou em nota a Pasta.

As onze penitenciárias femininas do Estado dispõem de capacidade para 6.955 presas, mas, atualmente, elas abrigam 5.069 encarceradas. Na unidade de Campinas, a capacidade é para 556 presas. Até o último dia 8, havia 465 detentas. A unidade no Estado com o maior número de vagas é a de Sant’Ana, com 2.696, cuja ocupação hoje é de 1.734 presas.

“Dá muito medo que a penitenciária volte a ser cadeia masculina. Ouvi dizer que seria para crimes hediondos, inclusive para estupradores. Se for verdade, não sei como vamos ficar”, lamentou uma comerciante que preferiu não se identificar. Ela soube da suposta transição durante a movimentação na penitenciária nos últimos dias. “Vai gerar muita insegurança. Espero que isso não aconteça e que a unidade siga sendo de mulheres”, acrescentou a comerciante. 

Ao contrário dela, alguns moradores entrevistados pelo Correio Popular na semana passada afirmaram desconhecer a informação de mudança, mas se mostraram preocupados. “Não pode ser. A gente já conviveu com momentos tensos quando era masculina e só aliviou quando passou a ser feminina. Não é justo voltar a ser masculina”, comentou um morador há pelo menos 40 anos no bairro, que pediu para não ser identificado.

Impacto

A presidente da Comissão de Direito Penal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Campinas, Carolina Defilippi, informou que a entidade ainda não foi oficializada da troca, mas, assim que for informada, vai entender os estudos e pedir todas as medidas para que nem a população em volta nem as presas e seus familiares sejam prejudicados. “Se realmente voltar a ser destinada a presos do sexo masculino, haverá impacto, mas aí temos que estudar uma forma para que ele seja o menor possível”, disse a advogada.

De acordo com a representante da OAB, o Direito Penal garante ao preso direito a ressocialização, o que inclui a manutenção dos vínculos familiares. Assim, caso se pense em uma transição, será necessário estudar uma logística que beneficie não apenas seus parentes e família. “Uma presa, moradora de Campinas, por exemplo, não pode ser levada a Presidente Prudente, visto que isso traria reflexos à situação econômica da família dela, afetando o direito de manter os vínculos familiares. Toda mudança mexe com a questão da ressocialização”, frisou a advogada.

A cadeia do São Bernado, atual Penitenciária Feminina, foi inaugurada em 1976 para abrigar presos do sexo masculino que foram trasnferidos de outras ynudades prisionais do Estado. Em março de 2005, o prédio passou por uma reforma para receber presas vindas das penitenciárias femininas do Tatuapé e Franco da Rocha, ambas desativadas. 

Enquanto ela abrigava presos do sexo masculino, a unidade registrou rebeliões e fugas, que impuseram o terror nos moradores. “Vira e Mexe acontecia algo ali. Quando não era fuga, era rebelião. Vivia cheio de policiais. Lembro-me de como era e temo que o local volte a ser como era”, mencionou um morador que vive em um prédio nas imediações da penitenciária. “Depois que foi transformada em uma unidade feminina, ficou tranquilo”.

A presidente da Comissão de Direito Penal destacou que a mudança, além de gerar temor na população local, pode afastar novos investimentos para a região, uma vez que a unidade penal está dentro da cidade, cercada por diversos bairros, diferentemente de outras unidades prisionais que estão fora do centro urbano. 

“O presídio feminino acaba sendo de menor periculosidade, porque a maioria das detentas é condenada por tráfico de drogas, que, embora seja um crime grave, não enseja a violência contra a pessoa. Já entre os presos homens, a porcentagem de crimes violentos é bem maior”, observou. 

População carcerária

Em todo o Estado de São Paulo existem 88 penitenciárias, tanto masculinas como femininas, além dos Centro de Ressocialização, de Progressão, de Readaptação, de Detenção Provisória e Hospital, contemplando ambos os gêneros. A população carcerária em geral é de 198.533 detentos. Nas quatro cidades que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC) – Campinas, Hortolândia, Sumaré e Americana – existem 7.267 vagas para presos masculinos e a população chega a 10.204 presos. 

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Fundação Casa cede imóveis para abrigar cerca de 600 pessoas em situação de rua no frio

 


Por Folha de São Paulo / Portal do Holanda

10/06/2022 20h06
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Fundação Casa cedeu o uso de seis imóveis de centros socioeducativos na capital paulista para abrigar cerca de 600 pessoas em situação de rua durante a operação Baixas Temperaturas, em vigor até 30 de setembro.

Localizados nas zonas leste e oeste da cidade, os espaços tiveram suas atividades suspensas devido à queda no número de adolescentes internados.

O número de pessoas que vivem nas ruas de São Paulo cresceu 31% durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade — 7.540 a mais do que o registrado em 2019, quando eram 24.344 nessa situação. Em relação a 2015, quando havia 15.905 moradores de rua, o número dobrou

domingo, 12 de junho de 2022

Dados pessoais de milhões de brasileiros estão à venda na 'deep w

 


Deep Web

Uma nova leva de dados pessoais de milhões de brasileiros está à venda na “deep web”, como é chamado o submundo da internet. De acordo com o sistema de monitoramento de ameaças da ISH Tech, especializada em cibersegurança, acaba de ser colocada à venda por US$ 600 uma base com informações de dois milhões de servidores públicos, do Siape (Sistema Integrado de Administração de Pessoal), ferramenta que processa o pagamento de servidores ativos, aposentados e pensionistas.

Além de documentos, a lista traz dados bancários e até a renda dos servidores. Também foi encontrado para venda um arquivo com mais de 600 gigabytes provenientes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Junto aos nomes dos cadastrados no serviço, a lista traz informações como número de telefone e endereço. O preço: US$ 650. O pagamento, como sempre nesses casos, é feito em bitcoins

sábado, 11 de junho de 2022

Fundação Casa cede imóveis para abrigar cerca de 600 pessoas em situação de rua no frio

 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Fundação Casa cedeu o uso de seis imóveis de centros socioeducativos na capital paulista para abrigar cerca de 600 pessoas em situação de rua durante a operação Baixas Temperaturas, em vigor até 30 de setembro.


Localizados nas zonas leste e oeste da cidade, os espaços tiveram suas atividades suspensas devido à queda no número de adolescentes internados.



Quase todos os beneficiários do BPC estão inscritos no Cadastro Único




BC multa a Caixa em R$ 29, 4 milhões por cobrança indevida de tarifas; clientes podem pedir restituição de valores na Justiça


O número de pessoas que vivem nas ruas de São Paulo cresceu 31% durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), havia 31.884 pessoas sem-teto na cidade — 7.540 a mais do que o registrado em 2019, quando eram 24.344 nessa situação. Em relação a 2015, quando havia 15.905 moradores de rua, o número dobrou.

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Comunicado da Fundação CASA aos servidores


 


Classif. documental 006.01.10.001

Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente

DRH - DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS

Comunicado

Número de Referência: 33/2022

Interessado: Divisão de Recursos Humanos

Assunto: Esclarece sobre a compensação da emenda do feriado do dia 16 de junho, Corpus Christi 

A Diretora de Recursos Humanos da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao

Adolescente - Fundação CASA-SP, no uso de sua competência, e

Considerando que no dia 16 de junho se comemora o Feriado de Corpus Christi;

Por deliberação da Presidência da Fundação CASA;

COMUNICA

Artigo 1º - O expediente nesta Fundação CASA - SP, no dia 17 de junho de 2022 (sexta-feira) será

facultativo aos setores administrativos da Instituição;

Artigo 2º - Os setores responsáveis pela execução da atividade fim, e os prestadores de serviços

essenciais, deverão garantir que a prestação do serviço não sofra interrupções, devendo os Centros

de Atendimento, bem como as Divisões Regionais manter a respectiva organização;

Artigo 3º - Os servidores das áreas de saúde e segurança trabalharão conforme as escalas regulares;

Artigo 4º - Os servidores que forem convocados a trabalhar no dia 17 de junho de 2022 (sexta-

feira), deverão obrigatoriamente atender à convocação, uma vez que é considerado dia normal de 

trabalho, não devendo ser remunerado como horas extras;

Artigo 5º - Os servidores deverão compensar as horas não trabalhadas referentes ao dia 17 de

junho de 2022 (sexta-feira), observando a quantidade mínima de 30 (trinta) minutos a 2 (duas)

Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente

DRH - DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS

2

horas diárias, a partir de 10 de junho de 2022, com término desta compensação até 30 de julho de

2022, sendo que a não compensação acarretará os descontos pertinentes ou a falta ao serviço no dia

sujeito à compensação;

Artigo 6º - Poderão ser utilizadas para efeito de compensação, no dia 17 de junho de 2022 (sexta-

feira), Falta Abonada, definida na Seção VIII, do Capítulo I da Portaria Normativa nº 337/2020, ou

Folga em decorrência de serviços prestados ao Tribunal Regional Eleitoral - TRE, devendo,

contudo, haver avaliação do gestor imediato quanto a possíveis prejuízos na execução das rotinas

do setor.

São Paulo, 10 de junho de 2022.

SILVIA ELAINE MALAGUTTI LEANDRO 

DIRETOR DE DIVISÃO I 

DRH - DIVISÃO DE RECURSOS HUMANOS

FUNDCASASPMEM202205928A

Assinado com senha por SILVIA ELAINE MALAGUTTI LEANDRO - 10/06/2022 às 12:15:59.

Documento Nº: 44185938-1695 - consulta à autenticidade em

https://www.documentos.spsempapel.sp.gov.br/sigaex/public/app/autenticar?n=44185938-1695