BRASÍLIA — O governo federal enviou ao Congresso um projeto de lei pedindo a liberação de R$ 1,7 bilhão para o pagamento de salários de servidores, principalmente militares.
O Executivo afirma que os recursos dependem da manutenção dos vetos feitos ao Orçamento de 2022.
Segundo a exposição de motivos do projeto, as despesas seriam utilizadas para "pagamento da folha já contratada de servidores ativos, militares e dos ex-territórios".
Ao sancionar o Orçamento, o presidente Jair Bolsonaro vetou R$ 3,184 bilhões em despesas de diversas áreas, sendo R$ 1,3 bilhão de emendas de comissão e R$ 1,8 bilhão de outros tipos de despesas discricionárias.
Na justificativa do projeto que pede os recursos extras, o ministro da Economia, Paulo Guedes, argumenta que "a continuidade das despesas constantes deste projeto,bem como o equilíbrio fiscal do orçamento após sua aprovação, depende da manutenção pelo Congresso Nacional dos vetos" ao Orçamento.
A proposta, que precisará ser aprovada em uma sessão do Congresso, também autoriza a abertura de créditos suplementares que envolvam as mesmas programações orçamentárias beneficiadas pelo R$ 1,7 bilhão
Na última sexta-feira (11) a Prefeitura, por meio da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, visitou a unidade de Guarulhos da Fundação Casa para levar informação e conhecimento em relação às pautas de combate ao machismo, à misoginia e a relacionamentos abusivos para a formação cidadã dos internos. O objetivo foi alertar as novas gerações de homens para uma prática social saudável, tolerante e respeitosa, que é um alicerce para a diminuição do machismo estrutural ainda vivenciado pela sociedade.
O diretor da Pasta e professor Tiago Ortaet conversou com os jovens usando referências da cultura popular e apresentou problematizações frente aos temas que envolvem os direitos humanos, por exemplo, a masculinidade tóxica que oprime as mulheres em diferentes esferas do nosso cotidiano. "É essencial atuar sobre políticas para as mulheres, principalmente com homens (adolescentes), para que a reflexão individual e coletiva sobre o comportamento masculino seja uma rotina e traga um impacto ainda maior no alcance de nossas campanhas socioeducativas", afirmou.
Para a subsecretária de Política para as Mulheres, Verinha Souza, abranger diferentes espaços da sociedade levando os temas de direitos da mulher corrobora a proposta da pasta. "Esses jovens em breve estarão em liberdade e precisam ter a consciência sobre o problema e saber tratar uma mulher em todos os seus direitos. Todos eles têm relação direta com mulheres de suas vidas e poderão ser agentes multiplicadores de respeito e dignidade", refletiu.
Os internos receberam exemplares do livro Eleutérias – Mulheres que Romperam o Ciclo de Violência, lançado pela Prefeitura em agosto de 2021 e que conta histórias de mulheres que sofreram diversos tipos de abusos, tanto físicos como psicológicos, mas que conseguiram deixar o ciclo de violência.
De acordo com Ricardo Wagner, diretor da unidade Guarulhos da Fundação Casa, muitos dos jovens que estão em restrição de liberdade já presenciaram cenas de violência doméstica dentro de casa. “Isso gera repulsa em alguns, mas outros reproduzem esses atos. Precisamos cortar esse mal pela raiz, ensinando e discutindo sobre o quão prejudicial é a violência”, afirmou. Ele acredita que a ressocialização desses jovens requer muita escuta e atenção.
Espetáculo “Clownflitos Amorosos” é o cartaz da agenda de fevereiro, com apresentações nas unidades de Batatais, Ribeirão Preto, Araraquara e Sertãozinho
Dino - Divulgador de Noticias
Atualizado 17/02/2022 13:52:51
Foto: Divulgação/DINO
O picadeiro itinerante da Cia Raros Circus, de Ribeirão Preto, abriu a segunda temporada do ano no dia 11 de fevereiro, na Fundação CASA na cidade de Batatais. Seguindo sua agenda, o espetáculo “Clownflitos Amorosos” já passou pelas unidades da instituição nas cidades de Ribeirão Preto no último dia 15 e prepara-se para se apresentar em Araraquara (18/2) e Sertãozinho (22/02). As apresentações integram o projeto Mostra de Repertório Circense, que a companhia estreou no início de janeiro.
Além do entretenimento artístico-cultural, o objetivo da Mostra é envolver os adolescentes, jovens e equipe técnica da Fundação CASA com debates em torno de diferentes temáticas. Em “Clownflitos Amorosos”, a importância do respeito e da convivência com o outro é o mote do roteiro. Os personagens da história são os palhaços Pitiquinho e Menininha, que são muito amigos, mas têm um desentendimento antes de entrarem em cena.
Por causa disso, o que se vê no palco é a busca pelo restabelecimento da amizade. Com comicidade e poesia, a encenação toca em questões como o diálogo e reconhecimento do valor ao próximo e as dificuldades das relações humanas. “Nosso trabalho busca unir a diversão e a reflexão, contribuindo com o estímulo a mudanças pessoais que podem fazer grande diferença na vida de todo mundo”, salienta Fábio Brasileiro, coordenador geral da Cia Raros Circus. O espetáculo une técnicas de malabarismo, equilibrismo, palhaçaria clássica, mágica, acrobacias e música.
Durante a primeira temporada da Mostra, realizada em janeiro, as unidades da Fundação CASA em Ribeirão Preto, Araraquara, Batatais, Sertãozinho e Taquaritinga também receberam as apresentações e a receptividade do público foi, de acordo com Fábio Brasileiro, além das expectativas. “Tanto pelos internos, como pelos profissionais, a recepção foi a melhor possível. Apesar de a maioria dos adolescentes e jovens não terem proximidade com a arte do circo, depois de alguns minutos de apresentação já haviam sido arrebatados pelos personagens”, comenta, empolgado, o artista e coordenador geral da companhia. No total, mais de 220 internos e cerca de 50 agentes e profissionais pedagógicos participaram da Mostra durante janeiro.
Debates Sempre após o encerramento da apresentação, a Cia Raros Circus realiza uma roda de conversa para uma troca sobre questões artísticas e profissionais. “Esse tempo foi ótimo em todas as unidades onde estivemos em janeiro. Foram oportunidades de conversas muito produtivas com a comunidade da Fundação CASA sobre como é viver da arte, como tem sido nossa trajetória como artistas e como a arte pode transformar realidades adversas”, conta o artista João Marcílio.
Todo o trabalho da Mostra de Repertório Circense junto às unidades da Fundação CASA é focado na democratização do acesso à arte e à cultura para os internos, que cumprem medidas socioeducativas em situação de privação de liberdade. “Os internos são parte da sociedade e, como tal, têm direito à arte e cultura, além de poderem ter novos olhares sobre a vida”, completa João Marcílio.
De acordo com o secretário da Justiça e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa, a democratização da arte é uma ação extremamente necessária. “O acesso à arte e à cultura caminham juntamente com o processo educacional, pois a ludicidade é uma das muitas ferramentas usadas para transmitir conhecimento, valores e também motivar os jovens a desenvolverem seu pensamento crítico”, conclui.
Executado com recursos do Prêmio ProAC Expresso Direto nº 38/2020 - Fomento Direto a Projetos Culturais do Governo do Estado de São Paulo, o projeto Mostra de Repertório Circense terá um minidocumentário retratando todo o processo criativo e de montagem, com imagens dos treinos, preparação, circulação, depoimentos de internos, funcionários e equipe pedagógica das cinco unidades da Fundação CASA para este projeto da Cia Raros Circus. Fábio Brasileiro lembra que a inclusão cultural da população de internos da Fundação CASA é uma das diretrizes do Plano de Atendimento Socioeducativo do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), “de maneira que é imensurável o impacto social do projeto”, reforça.
Arte Circense Fundada em 2016 em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, por Fábio Brasileiro, João Marcílio e Daniella Brasileiro, a Cia Raros Circus é um grupo circense de repertório, que aposta no trabalho para além dos limites do espaço cênico. As pesquisas que balizam a concepção de cada espetáculo são realizadas em quatro eixos: popular (não apenas como linguagem, mas como meio de produção e difusão cultural), dramaturgia autoral, ocupação de ruas e espaços não convencionais, compartilhamento de saberes e formação de público.
Desde 2017, a Cia Raros Circus realiza apresentações e ações formativas em cidades afastadas dos grandes centros urbanos do Brasil, como o sertão nordestino, além de circulações independentes em cidades do interior paulista em escolas, ruas e praças.
Em 2018 e 2019, o grupo foi premiado com o edital ProAC de número circense e de produção e circulação de espetáculos circenses, respectivamente com “Clownflitos Amorosos” e “Clownfusão, os Internacionalmente Desconhecidos”, que permitiu a apresentação online deste espetáculo em 69 unidades da Fundação Casa. Também pelo ProAC, a produção “Reciclown Circus” foi vista virtualmente pelo público das dez cidades que mais sofrem com a poluição no Estado de São Paulo.
A companhia é presença constante - e premiada - em festivais nacionais, como o Festival Internacional de Circo (FIC), Festival Paulista de Circo, Festival Arte por Todo Lugar, Festival Circo na Praça e Festival de Janeiro. Oficinas formativas também compõem o cardápio de atuação da Raros Circus. Para conhecer melhor, basta acessar https://www.instagram.com/ciararoscircus/ e https://www.facebook.com/ciararoscircus.
Serviço Próximas apresentações da Mostra de Repertório Circense - Cia Raros Circus - Espetáculo “Clownflitos Amorosos”
Fundação CASA Araraquara Dia: 18/02 (sexta-feira) Horário: 10h