domingo, 17 de outubro de 2021

Salário mínimo 2022: Reajuste vai mudar valor do PIS/Pasep em janeiro

 


Além do benefícios voltado aos trabalhadores formais, correção do piso nacional também afetará aposentadorias e auxílio-doença.

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Um novo projeto de lei que trata do orçamento federal para o próximo ano foi encaminhado ao Congresso Nacional pelo governo. O documento traz em seu conteúdo uma nova projeção do novo salário mínimo 2022.

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Além de influenciar na renda dos trabalhadores, a correção do piso nacional também impacta na quantia repassada pelo abono salarial PIS/Pasep. De acordo com estimativas, o salário mínimo 2022 será de R$ 1.192. A quantia, que entrará em vigor a partir de janeiro, terá um reajuste de R$ 92, visto que o valor atual é de R$ 1.100.

Tal estimativa foi baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a 8,4%. Com esse reajuste, o governo pretende manter o poder de compra dos brasileiros, porém sem aplicar ganhos reais.

Essa é a terceira projeção do salário mínimo 2022. O piso nacional já foi cogitado a R$ 1.147 e R$ 1.169. Vale destacar que o valor final ainda pode sofrer mudanças caso a inflação supere a previsão até o final deste ano.

Impacto do reajuste no abono salarial

O reajuste no valor do salário mínimo influencia na renda de cerca de 50 milhões de brasileiros. Dentre eles estão os trabalhadores com carteira assinada e os beneficiários de programas do governo e previdenciários, como o auxílio-doença, seguro-desemprego, aposentadoria e PIS/Pasep.

No caso do abono salarial, o valor do benefício varia conforme o tempo de trabalho exercido no ano-base. A partir de um mês de exercício em atividade formal, o trabalhador já tem direito ao valor mínimo oferecido pelo programa.

Com isso, para saber o quanto receberá em recursos, basta ele dividir o valor do salário mínimo em vigência no ano do calendário e multiplicar o resultado pela quantidade de meses trabalhados.

Sendo assim, considerando o salário mínimo de 2022 a R$ 1.192, têm-se a seguinte faixa de pagamentos:

  • 1 mês: R$ 99,33;
  • 2 meses: R$ 198,66;
  • 3 meses: R$ 298;
  • 4 meses: R$ 397,33;
  • 5 meses: R$ 496,33;
  • 6 meses: R$ 596;
  • 7 meses: R$ 695,33;
  • 8 meses: R$ 794,66;
  • 9 meses: R$ 894;
  • 10 meses: R$ 999,33;
  • 11 meses: R$ 1.092,66;
  • 12 meses: R$ 1.1192.

sábado, 16 de outubro de 2021

Informação aos servidores da Fundação CASA, UNICASA fecha colaboração com a ACADEPOL

 


Por meio de parceria, servidores cursarão a especialização “Licitações e Contratos Administrativos” diretamente no AVA da ACADEPOL

 

A Universidade Corporativa da Fundação CASA (UNICASA) fechou na última quarta-feira (13/10) uma parceria com a Academia de Polícia “Dr. Coriolano Nogueira Cobra” (ACADEPOL) para possibilitar aos servidores da instituição participarem do curso de especialização sobre “Licitações e Contratos Administrativos”.

De acordo com o chefe de seção da Unicasa, Guilherme Caetano Nico, essa é a primeira experiência de colaboração entre as instituições. “Posteriormente, poderemos disponibilizar mais possibilidades de ações formativas como essa e também em outras áreas e temas”, concluiu.

O curso consiste em 11 encontros com a carga horaria total de 33 horas e está sendo realizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da própria Academia.

A formação está sendo direcionada para os funcionários da área administrativa das Divisões Regionais, Sede e Sede Expandida.

Ao final do curso os participantes também serão certificados pela ACADEPOL. 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Número de jovens na Fundação Casa cai pela metade em seis anos em SP

 

15/10/2021 21h47

O número de jovens infratores internados na Fundação Casa caiu pela metade no estado de São Paulo em um período de seis anos. O total de jovens internados, que chegou a 10.165 em agosto de 2015, caiu para 5.167 no mesmo mês deste ano, segundo dados da instituição.

O secretário da Justiça e Cidadania do estado de São Paulo e presidente da Fundação Casa, Fernando José da Costa, explicou que a queda tem sido gradual e está relacionada a uma combinação de fatores. Ele ressalta que o número não reduziu drasticamente em razão da pandemia, mas vem caindo gradativamente nos últimos anos. No total, são oferecidas 7,6 mil vagas em 121 centros socioeducativos, localizados em 47 cidades paulistas.

"Em 2015, chegamos a ter um pico de aproximadamente 10,5 mil jovens com determinação judicial de internação na Fundação Casa no estado de São Paulo. Desse período para cá, nós tivemos uma significativa mudança nas determinações judiciais de internação", disse.

Então, um fator para essa redução foi alteração no Poder Judiciário, que passou a adotar mais medidas alternativas, que incluem prestação de serviços e liberdade assistida, do que medidas de internação.

O secretário destacou que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) determina que a internação dos jovens que cometem ato infracional é uma medida excepcional e deve ser aplicada em último caso. "Qualquer medida que seja, que possa substituir a internação, ela deve ser aplicada. Ela é exceção e deve ser aplicada apenas nos casos excepcionais."

"O segundo motivo foi o envelhecimento da população no estado de São Paulo e até da população brasileira. Nós passamos, nesses últimos anos, a ter uma quantidade menor de jovens. E o terceiro fator está relacionado à diminuição da criminalidade no estado nesses últimos anos", acrescentou Costa.

Infrações

Dados da instituição mostram que metade dos jovens em internação praticaram ato infracional de tráfico de drogas. Pouco mais de 35% praticaram roubo qualificado ou simples e 3,8% cometeram furto qualificado ou simples.

"A maior parte dos internos da Fundação Casa são relacionados a tráfico, roubo e furto. O que nós verificamos é que são determinados crimes que muitas vezes aquelas pessoas, no caso do tráfico, são utilizadas como o famoso mula - aquela pessoa que leva a droga para um lado e para o outro -, que não é o grande líder da facção criminosa, que não é o grande traficante", explicou.

Esse jovem que acaba com determinação de internação na Fundação Casa não é quem lucra com o tráfico de drogas, ele recebe pouco dinheiro para fazer o transporte das drogas, mas é quem acaba se expondo ao risco e sendo pego pelas autoridades policiais, conforme explicou o secretário.

Ele afirma também que, nos casos de roubos e furtos cometidos por jovens, estão em geral relacionados a valores pequenos, como subtração de celulares e relógios. "Então são pessoas que estão começando a vida e que infelizmente erram e recebem essas medidas socioeducativas e passa a ser uma obrigação do estado de devolvê-los à sociedade melhor do que entraram."

O secretário ressalta que o índice de crimes graves entre os jovens é muito menor. Apenas 2,8% dos jovens em internação na instituição cometeram homicídios, incluindo doloso qualificado, doloso, simples, culposo e doloso privilegiado, e 0,9% praticaram latrocínio.

Novo programa

Diante dessa realidade e com o objetivo de manter a tendência de queda nas internações, o secretário anunciou o início, em novembro, de um programa estadual para acompanhamento dos jovens que finalizam a medida socioeducativa na instituição. Com a medida, eles terão acompanhamento psicossocial e uma ponte com o mercado de trabalho, a fim de evitar a reincidência em atos infracionais.

"Nós estamos implementando no estado de São Paulo pela primeira vez um programa de pós-medida [socioeducativa] com todos os jovens que sairão do sistema da Fundação Casa", disse o secretário, explicando que uma organização do sociedade civil, contratada pelo estado, fará a capacitação, a intermediação com empresas e o acompanhamento dos jovens nos primeiros seis meses após o cumprimento de sua medida socioeducativa.

O prazo de seis meses foi estabelecido com base em levantamento sobre a reincidência dos jovens que passaram pela Fundação Casa. "Os dados apontam que metade dos jovens que reincidem, que praticam um novo ato infracional, praticam nos primeiros seis meses. Então é crucial os primeiros seis meses para esse jovem seguir um caminho correto na vida ou errar novamente."

"Nós pesquisamos e verificamos que esse índice de criminalidade acontece em razão de falta de oportunidade, falta de capacitação, falta de empregabilidade e falta de orientação psicossocial e familiar. Então se o estado, fizer um [programa] pós-medida [socioeducativa], que é o que nós estamos passando a fazer, o índice de reincidência desse jovem de retorno à Fundação Casa ou de ingresso ao sistema prisional vai diminuir", finalizou Costa

Fundação CASA e ACER Brasil fecham parceria para oferecer curso de capacitação para jovens

 


Ao final das aulas, adolescentes que criarem e liderarem projetos voltados para atividades de lazer e esporte receberão bolsa no valor de R$ 450,00


Fundação CASA e ACER Brasil
Fundação CASA e ACER Brasil

Crédito: Divulgação

Cerca de 200 jovens, que cumprem ou cumpriram medida socioeducativa na Fundação CASA, já estão participando de um curso de capacitação realizado por meio de uma parceria entre a Instituição e a OSC ACER Brasil. 

O objetivo do curso, que deve ser concluído pelos adolescentes em novembro, é capacitar e incentivar o protagonismo dos jovens, oferecendo ferramentas para a criação de ações voltadas à prática de atividades de lazer e esporte e que incentivem a movimentação do corpo, como jogos, circuitos de atividades, partidas de futebol, dentre outros. 

Para isso, os jovens que concluírem o curso, criem e lidarem essas iniciativas, tanto dentro quanto após saírem da Fundação, receberão uma bolsa-auxílio única no valor de R$ 450,00 e uma camiseta do projeto para realizarem as ações. 

Para auxiliar os jovens em todo esse processo, os profissionais de educação física da Gerência de Educação Física e Esporte (GEFESP) da Fundação CASA também estão participando de um processo formativo. A capacitação ocorrerá por meio da mesma plataforma dos adolescentes e também será concluída em novembro. 

De acordo com o secretário da Justiça e Cidadania e presidente da Fundação CASA, Fernando José da Costa, a participação dos jovens no projeto é uma forma de incentivar o empreendedorismo. “Temos muitos jovens que têm o sonho de serem esportistas, principalmente jogadores de futebol. Com esse projeto, podemos em parte viabilizar um pouco desse sonho, mostrando que a área da educação física tem oportunidades que, muitas vezes, eles nem imaginam. Isso é muito positivo, e traz benefícios para o corpo e para a autoestima desses adolescentes”, concluiu