sábado, 8 de agosto de 2020

Delegado acusado de dar carro apreendido para a namorada é demitido da Polícia Civil


Alex Vasconcellos havia sido afastado do cargo em abril por decisão da Justiça. Publicação no Diário Oficial também o impede de assumir outro cargo público por dez anos.

Por Vanessa Martins, G1 GO

 


Delegado Alex Vasconcelos é demitido da Polícia Civil

Acusado de dar um carro apreendido em uma operação policial para uma namorada, o então delegado Alex Nicolau do Nascimento Vasconcellos foi demitido da Polícia Civil. De acordo com a publicação do Diário Oficial do Estado de Goiás (DOE), ele deve ficar ainda impedido de exercer outra função pública pelos próximos dez anos.

Ao G1, Alex Vasconcellos informou, por meio de sua defesa, que não vai comentar o caso.

A demissão dele consta na publicação de quinta-feira (6), mas foi determinada pelo secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, no último dia 31 de julho.

Por meio de nota, a pasta informou que “o procedimento administrativo disciplinar foi realizado pela Corregedoria da Polícia Civil e foram obedecidos todos trâmites legais, incluindo o direito do contraditório e da ampla defesa”.

O comunicado da pasta também afirma que “os profissionais de segurança pública possuem total liberdade para trabalhar, tendo os parâmetros legais como único limite imposto”.

Por fim, o texto diz que "aqueles que, porventura, infringirem as regras, a conduta será apurada com todo rigor e, caso constatada a violação das leis, as medidas disciplinares serão aplicadas”.

Alex Nicolau do Nascimento Vasconcellos, delegado demitido da Polícia Civil de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Alex Nicolau do Nascimento Vasconcellos, delegado demitido da Polícia Civil de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Demissão

O caso foi apurado pela Corregedoria da Polícia Civil. Conforme publicação no DOE, Alex foi demitido como punição por crime contra a administração pública.

O documento também determina que ele “permaneça inabilitado para a sua promoção ou nova investidura em cargo, função, mandato ou emprego público estadual, pelo prazo de 10 (dez) anos”.

Uma escrivã e um agente, que também eram investigados, foram absolvidos.

Há um processo relacionado à mesma investigação que tramita no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) contra o ex-delegado. No entanto, ele está em curso, ainda sem decisão.

Investigação

O automóvel foi apreendido durante uma operação policial que buscava cumprir mandado de prisão contra um suspeito de roubo a carros fortes e bancos em Goiás. A operação que resultou na morte do investigado, acusado de triplo homicídio, foi liderada pelo Grupo Antirroubo a Banco da Polícia Civil, cujo chefe era Alex.

Segundo a acusação do MP, Alex Nicolau não lavrou nenhum termo de apreensão de bens após o recolhimento do carro, em 5 de julho de 2017, nem instaurou qualquer procedimento a respeito do veículo.

O delegado teria, então, utilizado o veículo em benefício próprio. Meses depois, segundo a acusação, Alex deu o carro de presente para a namorada.

Ainda de acordo com o MP, policiais da unidade de Alex sabiam da situação e alertaram a Gerência de Inteligência da polícia, que iniciou uma investigação interna.

A denúncia diz que, "para se esquivar de responsabilidade penal e administrativa, Alex teria falsificado um termo de exibição e apreensão com data retroativa ao dia da operação, na qual assinou sozinho, como autoridade policial, exibidor e escrivão. Ele, também, teria deixado o carro no pátio de apreensões, para simular que o bem não havia sido retirado do local".

Veja outras notícias da região no G1 Goiás.

Três policiais militares morrem em abordagem a falso policial civil em SP


Por Kleber Tomaz, Isabela Leite e Robinson Cerântula, TV Globo — São Paulo

 


Três policiais militares morreram após serem atingidos por tiros disparados por um homem que se identificou falsamente como policial civil na madrugada de sábado (8). O suspeito também foi atingido e morreu.

De acordo com polícia, os suspeitos tinham saído de uma festa e abordaram uma moto na Avenida Politécnica, no Butantã, Zona Oeste de São Paulo, por volta das 5h. Os PMs viram a cena e abordaram a moto e o carro com dois ocupantes. Um deles disse que era policial civil. Os PMs solicitaram a arma e a carteira funcional do suspeito, que as entregou para os PMs.

Enquanto os PMs checavam se o homem era mesmo policial civil, ele sacou uma segunda arma, baleou um PM na cabeça, baleou o segundo e correu atirando.

Ele fugiu, mas um terceiro PM conseguiu atingi-lo. Ele foi socorrido ao Pronto Socorro do Hospital Regional de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O falso policial civil também conseguiu atingir esse terceiro PM, que foi ferido, passou por cirurgia no Hospital Universitário, mas não resistiu e morreu por volta de 7h40. O outro ocupante do carro foi detido. Foram quatro mortes no total, três policiais militares e o falso policial civil.

Um dos PMs mortos era sargento e a esposa está grávida de gêmeos. A ocorrência foi encaminhada ao 91º. DP. O caso vai ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Seguro-desemprego prorrogado anima trabalhadores do Brasil

 

Atualmente, o seguro-desemprego pode ser pago em três a cinco parcelas mensais

Projeto de Lei 3674/20 acrescenta uma parcela de seguro-desemprego durante estado de calamidade pública. A proposta, do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), altera a lei do benefício e tramita na Câmara dos Deputados.

Atualmente, o seguro-desemprego pode ser pago em três a cinco parcelas mensais, dependendo do tempo que o trabalhador permaneceu no emprego.


arreras afirmou que o benefício garante ao trabalhador buscar “sem a faca no pescoço” uma nova colocação profissional. “Em casos de estado de calamidade, a concessão de mais um mês de auxílio permite um alento importante aos trabalhadores do Brasil.”

CALAMIDADE PÚBLICA E DESEMPREGO

O Congresso Nacional reconheceu estado de calamidade pública no País até dezembro, devido à pandemia da Covid-19.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil subiu 1,2 ponto percentual e ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio último.

Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2012, a parcela de ocupados (49,5%) foi menor do que a de desocupados, entre as pessoas em idade de trabalhar