quinta-feira, 30 de julho de 2020

Agente penitenciário é flagrado tentando entrar com maconha em penitenciária de segurança máxima

Por G1 PE

 


Penitenciária Professor Barreto Campelo fica em Itamaracá, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

Penitenciária Professor Barreto Campelo fica em Itamaracá, no Grande Recife — Foto: Reprodução/TV Globo

Um agente penitenciário foi flagrado, na tarde desta quinta-feira (30), tentando entrar com maconha na Penitenciária de Segurança Máxima Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife. Segundo a Polícia Civil, ele estava com quatro quilos da droga.

Além do agente penitenciário, três homens seguiram para a Delegacia de Paulista, na mesma região. Ainda de acordo com a polícia, o caso foi designado para o delegado Thiago Uchoa.

Até a última atualização desta reportagem, a corporação não tinha informado os nomes dos envolvidos nem o resultado da autuação. Os suspeitos devem ser encaminhados para a audiência de custódia.

O Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (Sindasp-PE), que defende os direitos dos agentes penitenciários, informou que os outros três homens são detentos da Barreto Campelo.

Informações repassadas pela Delegacia de Paulista dão conta de que o agente teria entregue um jaleco com a droga a um dos presos, que também seguiu para a delegacia. Os outros dois seriam testemunhas do caso.

O presidente do Sindasp-PE João Carvalho, destacou que o flagrante foi feito em um trabalho de parceria entre polícias penais, serviço de inteligência da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), e seguranças da penitenciária.

Carvalho disse, ainda, que participaram da ação policiais civis da delegacia de Itamaracá e da Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social (SDS).

O agente penitenciário, segundo João Carvalho, tem cerca de oito anos de profissão. “O flagrante mostra a importância do trabalho dos policias penais. Quando é preciso, cortamos na carne”, declarou. Ainda segundo João Carvalho, o agente deve passar por procedimentos criminais e administrativos.

Governo estuda desonerar salários em até 25% em troca de imposto digital


Equipe econômica espera conter o desemprego ao reduzir custo das contratações

  

O Ministério da Economia estuda propor uma desoneração de até 25% da folha de pagamento das empresas para todas as faixas salariais. A proposta amplia a ideia mencionada anteriormente, que previa corte de impostos apenas para rendimentos equivalentes a até um salário mínimo.

O assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, afirma que os técnicos avaliam os impactos da medida.

— (Estudamos) Até a desoneração para todos, reduzindo em 25% a contribuição. Estamos fazendo o cálculo dentro disso — disse.

O corte de impostos pagos pelas empresas à União sobre os salários é um objetivo antigo de Paulo Guedes, que vê na tributação sobre a folha uma arma de destruição de empregos. Com isso, o ministro espera conter o desemprego ao reduzir o custo de uma contratação.

Para abrir mão dessa receita, no entanto, a equipe econômica considera que será necessária a criação de um novo imposto, a ser aplicado sobre pagamentos

— Tudo custa dinheiro — disse Afif.

OUÇA | Afif Domingos fala sobre novo imposto à Rádio Gaúcha:

Os técnicos fazem as contas com uma alíquota mínima de 0,2%. Eles estimam que ela renderia anualmente R$ 120 bilhões aos cofres públicos.

Nos cálculos usados por Guedes, esse montante seria suficiente para desonerar empresas a pagar impostos aplicados até um salário mínimo (hoje, em R$ 1.045). Cortar tributos para essa faixa e estender ao menos parte da medida para as demais demandaria uma alíquota maior.

O ministério já vem mencionando a possibilidade de o novo imposto ter uma alíquota de 0,4%, o que, em tese, dobraria a arrecadação para R$ 240 bilhões. Os membros da pasta veem como ideal a desoneração total sobre salários no país, mas reconhecem que o plano teria dificuldades. 

— Gostaria de desonerar tudo, mas aí seria uma alíquota inviável — afirmou Afif.

Além de bancar a desoneração, o novo imposto deve servir para bancar o Renda Brasil. O programa social está em formulação e substituiria o Bolsa Família (criado na era Lula), com mais pessoas e um valor mais alto.

Afif disse que a proposta do novo imposto deverá ser enviada em agosto ao Congresso. Ele rebateu contestações à ideia. 

— A resposta a quem critica é: me dê uma alternativa melhor que essa. Ainda não vi. O que faz sentido acaba acontecendo — disse.

Para o assessor especial, a cobrança tem mais chance de ser aprovada se estiver absolutamente ligada à geração de emprego e renda.

O imposto é planejado por Guedes desde o começo do governo, mas até hoje nunca foi apresentado oficialmente. A ideia recebe críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e já foi contestada publicamente até pelo presidente Jair Bolsonaro.

No ano passado, as discussões sobre o novo imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) ajudaram a derrubar o então secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra.

Na época, o plano era que até saques e depósitos em dinheiro fossem taxados, com uma alíquota inicial de 0,4%. Já pagamentos no débito e no crédito teriam cobrança de 0,2% (para cada lado da operação, pagador e recebedor).

Depois, Paulo Guedes colocou o novo imposto na geladeira, mas não o eliminou dos planos. Recentemente, reforçou o argumento de que não se trata de uma CPMF.

Além disso, passou a chamar o tributo de digital, principalmente por pegar em cheio o crescimento do e-commerce. As compras pela internet têm acelerado no Brasil e no mundo com a pandemia.

Nos planos da equipe econômica, até traficantes e políticos corruptos pagariam o imposto ao fazer uma transação, um pagamento, uma compra eletrônica e até pagar a fatura de serviços de streaming. Transações em dinheiro também estariam sujeitas à tributação quando houvesse o registro digital da operação.

Os membros do ministério dizem que os estudos sobre a proposta levam tempo pela necessidade de várias instâncias no governo fazerem avaliações e pelo fato de um componente da reforma estar ligado a outro.

Mesmo assim, o governo trabalha com urgência nos estudos. Até porque as propostas precisam ser consideradas no projeto de Orçamento do ano que vem, a ser enviado até 31 de agosto ao Congresso.

Perguntas e respostas

Por que criar um novo imposto?

O governo afirma que não tem de onde tirar dinheiro para financiar o Renda Brasil, programa social que será ampliado para contemplar mais pessoas e um valor mais alto. Além disso, quer desonerar a folha de pagamento das empresas, considerada nocivas por Guedes para a geração de emprego

Há consenso?

Não. A tentativa mais recente de recriar um imposto similar à extinta CPMF levou à queda do secretário da Receita Federal. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), costuma se opor

De quanto seria a alíquota?

Inicialmente, o plano é que todos os pagamentos sejam taxados em 0,2%. Caso seja necessário, haveria aumento dessa alíquota

A que seria aplicado?

A pagamentos em geral, principalmente no comércio eletrônico. Transações em dinheiro também poderiam ser taxadas quando houvesse o registro digital da operação

Esse dinheiro é suficiente para desonerar completamente a folha salarial?

Não. A estimativa inicial é que a alíquota renderia R$ 120 bilhões, o suficiente para desonerar até um salário mínimo, já considerando que uma parte da arrecadação deve sustentar o Renda Brasil

Ex-policial penal é reconhecido e atacado por 'bonde' de criminosos


Homem de 54 anos saía do supermercado quando foi avistado pelo grupo


30/07/2020 07:58 - atualizado 30/07/2020 08:13

Ex-agente fugiu em direção à Praça Rio Branco(foto: Reprodução/Google Street View)
Ex-agente fugiu em direção à Praça Rio Branco(foto: Reprodução/Google Street View)
Um ex-agente penitenciário policial civil de 54 anos foi vítima de ataques na noite dessa quarta-feira na Região Central de Belo Horizonte, ao sair de um supermercado. Ele deixava o estabelecimento quando foi reconhecido por um grupo de, segundo ele, sete a oito pessoas com antecedentes criminais, que o perseguiu.

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O homem tentou correr e fugir para próximo da Praça Rio Branco e do Terminal Rodoviário de BH, mas chegou a entrar em luta corporal com alguns dos homens. A Polícia Militar (PM) foi acionada e conseguiu impedir o avanço das agressões, além de recuperar celular e carteira da vítima, itens que haviam sido roubados.

Do “bonde” que se juntou contra o ex-policial penal, que não teve maiores ferimentos além de um corte na boca, três homens foram presos em flagrante. Os demais conseguiram fugir dos militares.

Os detidos, de 23, 25 e 28 anos, foram encaminhados para a Central de Flagrantes (Ceflan) 2 da Polícia Civil, no Bairro Floresta, na Região Leste da capital mineira. À Rádio Itatiaia, o ex-carcereiro disse que identificou alguns dos agressores e que já chegou a ser ameaçado de morte.
 
"Três do que estão aqui eu identifico. Já prendi eles, não lembro a data certa. Já fui ameaçado de morte outras vezes. Tenho receio, claro", afirmou.

Suspensão de contrato supera corte de salários após ampliação de prazo


Interrupção foi tipo de acordo mais comum nas últimas semanas, revertendo tendência. Para especialistas, números indicam retomada lenta

  • Márcio Pinho, do R7
     
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  • 30/07/2020 - 02h00
Programa para formais teve 14,8 milhões de acordos

Programa para formais teve 14,8 milhões de acordos

LIDIANNE ANDRADE/MYPHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A suspensão de contratos de trabalhadores formais voltou a crescer e superou a redução de jornadas e salários após o governo federal prorrogar o prazo do programa emergencial, no último dia 14.

A lei aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro ampliou o prazo total de acordos entre empresas e trabalhadores para 120 dias. Antes, a Medida Provisória que criou o programa havia limitado a concessão do benefício emergencial a um prazo de três meses, sendo que se a modalidade escolhida fosse a suspensão, o limite era de 60 dias.

Os acordos começaram a ser firmados em abril, e muitas empresas já haviam utilizado todo o período disponibilizado pelo governo, o que contribuiu para uma queda na procura pelo programa. Com a ampliação dos prazos agora em julho, os acordos ganharam novo impulso e cresceram 10% em duas semanas, chegando a 14,8 milhões.

As suspensões de contratos de trabalho não eram a modalidade mais escolhida desde maio. Diversas empresas que haviam suspendido seus trabalhadores no início de abril, quando o programa entrou em vigor, e depois migraram para a redução de contrato e jornada entre o final de maio e o começo de junho, para conseguir usar os 90 dias totais oferecidos pelo governo. A migração permite uma redução de 25%, 50% ou 70% da jornada e do salário do trabalhador.

O novo salto das suspensões começou na semana entre 12 de julho e 18 de julho, quando a lei ampliando os prazos foi sancionada. Nesse intervalo, o governo contabilizou 609 mil suspensões de contratos, mais que as 539 mil reduções de salário e jornadas, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.

Suspensões superam reduções a partir de julho

Suspensões superam reduções a partir de julho

Arte/R7

Cálculo

O benefício emergencial não tem relação com o auxílio emergencial de R$ 600 pago a trabalhadores informais. Voltado a pessoas com carteira assinada, o benefício é calculado com base no seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito caso fosse demitido. No caso de pequenas empresas, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, o governo arca com todo o valor repassado ao trabalhador, e que vai variar de R$ 1.045 a R$ 1.813,03. A empresa não paga nada, o que também ajuda a explicar a preferência dos empresários.

Migração de contrato suspenso para jornada reduzida aumentará renda

Para especialistas ouvidos pelo R7, o novo pico de suspensões de contrato se deve ao fato de as empresas ainda sofrerem com a crise. A avaliação é que ou ainda estão fechadas ou funcionando parcialmente, em razão das quarentenas, ou então trabalham com menos pessoas em razão do desaquecimento da demanda em grande parte dos setores da economia.

Segundo Antonio Everton, economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) a mudança nos números explicita o período de ajustes pelo qual as empresas passam nesse momento de retomada e de flexibilização de quarentenas em diversas partes do país. 

"As empresas estão fazendo ajustes de custos e nas expectativas de receita. Como a economia ainda desaquecida e uma recuperação que se dá numa velocidade lenta, as companhias tentam fazer seus ajustes utilizando as políticas públicas disponíveis", diz. Segundo o economista, trata-se de uma "restruturação" para acompanhar o desenrolar da pandemia e os efeitos na economia e tentar sobreviver nesse cenário. "Muitas empresas estão fechando e outras ainda fecharão", afirma.

De acordo com Renato Fonseca, gerente de pesquisa e competitividade da CNI (Confederação Nacional da Indústria), a expectativa inicial do governo era que a economia já estivesse funcionando plenamente em junho, mas isso não se confirmou, e foi necessário dar novos prazos ao programa emergencial. A indústria também dá passos no sentido da retomada, mas sem voltar à capacidade de produção que tinha antes da pandemia, explica. Isso se reflete em um número de funcionários menor nas fábricas neste momento.

"Não há a mesma demanda. E o consumidor ainda volta ressabiado, com medo de contrair o vírus. Há também o fato de as empresas precisarem cumprir medidas sanitárias, como ter menos pessoas num mesmo ambiente e mais espaçadas. Assim, as empresas acabaram aproveitando esse novo prazo de suspensão porque não estão com uma necessidade de voltar integralmente ao trabalho", diz.