sexta-feira, 17 de julho de 2020

Polícia apura suspeita de fraudes na construção de presídio mineiro


Mandados foram cumpridos em Belo Horizonte e Nova Lima

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A suspeita de irregularidades na contratação de um grupo de empresas privadas consorciadas pelo governo de Minas Gerais, em 2009, levou a Polícia Civil mineira a cumprir, hoje (16), a 13 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados a empresários, servidores e ex-gestores públicos. 

Os mandados judiciais foram cumpridos em duas cidades de Minas Gerais (Belo Horizonte e Nova Lima) e três municípios paulistas (São Paulo, Jaguariúna e Barueri). Batizada de Ergastulum, em alusão aos antigos edifícios romanos onde escravos considerados perigosos eram acorrentados e punidos, a operação é o resultado de investigações que apuram fraudes na licitação que resultou na contratação, em 2009, do consórcio Gestores Prisionais Associados (GPA) para a construção das cinco unidades do complexo penitenciário público-privado de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte - e das quais, até hoje, apenas três foram entregues.

Segundo o chefe da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária, delegado Domiciano Monteiro, os alvos da operação também são investigados por peculato (subtração ou desvio, mediante abuso de confiança, de dinheiro público), condescendência criminosa e organização criminosa. A suspeita é que a ação ilícita dos envolvidos tenha causado um prejuízo de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos estaduais.

Formado por cinco empresas, o consórcio foi criado para implantar e administrar a “primeira iniciativa brasileira em modelo de parceria público-privada (PPP) no sistema prisional” brasileiro. À época da assinatura do contrato, o estado era governado pelo hoje deputado federal Aécio Neves (PSDB). A primeira unidade, no entanto, foi inaugurada em 2014, durante a gestão do hoje senador Antonio Anastasia (PSDB).

Das cinco unidades previstas para serem entregues até 2013, apenas três estão em funcionamento - a última delas foi entregue em junho de 2014. De acordo com Monteiro, após sucessivos aditivos contratuais, o próprio governo estadual acabou por admitir, em 2018 (quando o estado era administrado por Fernando Pimentel (PT)) a inclusão de uma cláusula contratual que não só excluiu o prazo para conclusão das obras, como eximiu a empresa de quaisquer sanções por atrasos nos cronogramas anteriormente acordados.

“O contrato inicial foi celebrado em 2009, por aproximadamente R$ 2,1 bilhões [montante não corrigido para valores atuais], mas vários termos aditivos foram sendo assinados ao longo do tempo”, disse Monteiro a jornalistas, esta manhã. O delegado explicou que o último termo aditivo ao contrato inicial foi assinado em 2018, após o governo estadual e o GPA travarem uma disputa judicial.

“Quando surgiram os primeiros indícios de irregularidades nestes contratos, em 2015, o então secretário de Defesa Social determinou que os pagamentos ao consórcio fossem suspensos. Isto culminou em uma ação judicial [que resultou em] um acordo judicial, seguido pela assinatura de um novo termo aditivo”, detalhou o delegado, afirmando que “cláusulas extremamente lesivas ao estado” continuaram inclusas no novo termo aditivo, firmado perante à Justiça.

“Foi incluída, por exemplo, uma cláusula de prazo indeterminado para a entrega [pelo consórcio] das unidades 4 e 5 [do complexo prisional. E desde a assinatura do acordo, nada mais foi feito. Além disso, no acordo judicial e no termo aditivo, o estado inseriu uma cláusula vinculando que, a partir daí, a entrega das unidades restantes deveria ocorrer quando a concessionária obtivesse um financiamento. Mesmo o contrato inicial prevendo que, caso fosse necessário financiamento, a obrigação seria do consórcio”, acrescentou o delegado, afirmando que, ao longo das investigações, foram reunidos indícios que sugerem que os sucessivos termos aditivos beneficiaram o consórcio inclusive com a majoração de valores a serem pagos por serviços já previstos no contrato inicial.

“Dentre as possíveis irregularidades estão o pagamento, pelo estado, de itens que já eram contemplados no contrato inicial, de 2009, a exemplo de um circuito fechado de televisão, no valor de R$ 10 milhões. A obrigação do consórcio pela instalação, manutenção e modernização de todo o circuito já constava do contrato inicial, por toda a vigência deste primeiro contrato, de quase 30 anos. Mesmo assim, em virtude de um pedido de recomposição de equilíbrio econômico-financeiro, o estado acabou pagando [a mais] por estes itens”, sustenta o delegado.

Os nomes ou cargos dos principais investigados não foram divulgados. A Agência Brasil entrou em contato com a secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública, com o Departamento Penitenciário de Minas Gerais e com o consórcio GPA, mas ainda não recebeu nenhum retorno

Presos fogem do CPP de Jardinópolis

 

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Cerca de oito presos fugiram na tarde desta quinta-feira (16), do CPP (Centro de Progressão Penitenciária), localizado na rodovia Cândido Portinari, em Jardinópolis.

Segundo informações iniciais, os bandidos fugiram após cortar os alambrados do local.

Os presos conseguiram se evadir do local com o auxílio de um carro vermelho e uma motocicleta. Ele foram sentido Brodoswki. Buscas estão sendo feitas para capturar os fugitivos.


Fonte: https://xtudoribeirao.com.br/2020/07/16/presos-fogem-do-cpp-de-jardinopolis/

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Saiba como receber o saque de até R$1.045 do FGTS em 1 dia na sua conta


O trabalhador que desejar sacar o FGTS em espécie, ou transferir para uma outra conta de seu interesse, deve esperar até um mês para conseguir fazer esse procedimento

Caixa Econômica Federal segue liberando o valor de até R$1.045 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) referente ao saque emergencial. O recurso é liberado na poupança social digital aberta pelo banco, por meio do aplicativo Caixa Tem.

O trabalhador que desejar sacar o FGTS em espécie, ou transferir para uma outra conta de seu interesse, deve esperar até um mês para conseguir fazer esse procedimento, de acordo com o calendário que segue o mês de aniversário do trabalhador.

No entanto, há um jeito de resolver toda essa situação, de modo que o trabalhador não fique aguardando pelas datas de saque ou transferência, isso porque o Caixa Tem permite as função de pagar boletos. Saiba como fazer:

Saiba como receber o FGTS emergencial de até R$1.045 em sua conta

depósito do saque emergencial do FGTS vai ser feito de acordo com o mês de nascimento do trabalhador. O valor é liberado na poupança social digital, assim que o pagamento for creditado, o trabalhador pode usá-lo pelo aplicativo Caixa Tem.

  1. Para conseguir sacar o dinheiro do Caixa Tem, o trabalhador deve seguir:
  2. Baixe o aplicativo iti Itaú (disponível para Android ou iOS), e crie sua conta;
  3. Abra o iti Itaú e escolha a opção “Colocar dinheiro”;
  4. Digite o valor que quer resgatar via boleto;
  5. Após isso, clique em ” Clique boleto”;
  6. Copie o código de barras;
  7. No aplicativo Caixa Tem, selecione “Realizar pagamentos”;
  8. Selecione a opção “Digitar código de barras”
  9. Cole o código e finalize o pagamento;
  10. Concluído. O dinheiro estará disponível no saldo do aplicativo iti Itaú em até 1 dia útil.

O iti Itaú permite transferência do dinheiro para qualquer banco ou até mesmo realizar o saque no Banco24Horas. O trabalhador não paga por nada, nem mesmo taxa de saque.

Calendário de saques do FGTS de até R$1.045

Mês de nascimentoCrédito em contaSaque ou transferência
Janeiro29 de junho25 de julho
Fevereiro6 de julho8 de agosto
Março13 de julho22 de agosto
Abril20 de julho5 de setembro
Maio27 de julho19 de setembro
Junho3 de agosto3 de outubro
Julho10 de agosto17 de outubro
Agosto24 de agosto17 de outubro
Setembro31 de agosto31 de outubro
Outubro8 de setembro31 de outubro
Novembro14 de setembro14 de novembro
Dezembro21 de setembro14 de novembro

 

Saque de R$1.045: Tire suas dúvidas

  • Quem poderá sacar no FGTS?

Qualquer pessoa que tiver conta, ativa ou inativa.

  • Qual o valor de saque será liberado?

Até R$ 1.045 por trabalhador, o equivalente a 1 salário mínimo em 2020.

  • Já existe um calendário de saques? Quando posso sacar?

O calendário oficial do FGTS de R$1.045 ainda não foi divulgado. O cronograma ainda não foi liberado. Segundo o texto da medida provisória, caberá à Caixa Econômica Federal definir os critérios e o cronograma dos novos saques. Segundo o banco, a dinâmica vai ser a mesma das demais liberações do FGTS: os saques serão feitos de acordo com o mês de nascimento do trabalhador.

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  • Qual a quantidade de trabalhadores que poderão sacar todo seu recurso?

Segundo o governo, cerca 30,7 milhões de trabalhadores vão poder sacar todo seu recurso no FGTS (50,5% do total). Até 80% das contas serão zeradas com o saque; R$ 16 bilhões serão liberados para 45,5 milhões de trabalhadores que têm até 5 salários mínimos de saldo no FGTS.

  • Quem tiver mais de uma conta do FGTS poderá retirar mais?

A resposta é não. Essa modalidade de saques é diferente a do saque imediato, que se iniciou em 2019. O total liberado agora é pelo total de contas. Ninguém poderá tirar mais de R$ 1.045, ainda que tenha duas ou três contas com valores superiores a essa quantia.

Veja também: FGTS: Liberados saques de até R$ 2.900 de dinheiro extra para ESTES trabalhadores

Auxílio Emergencial: Dataprev conclui análise das contestações


O auxílio será liberado para 1,5 milhão de pessoas nos próximos dias; 42,5 milhões de pessoas não preencheram os requisitos e foram negadas

Brasil

Dataprev, empresa responsável pela análise do auxílio emergencial, concluiu fase de contestações de negativas
Foto: Divulgação
Dataprev, empresa responsável pela análise do auxílio emergencial, concluiu fase de contestações de negativas

O  auxílio emergencial de R$ 600 deve ser liberado para cerca de 1,5 milhão de pessoas nos próximos dias. Todas elas recorreram e passaram por nova análise da Dataprev, empresa responsável pelo processamento de dados, para receber as cinco parcelas da renda emergencial, paga pelo governo federal por causa da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Governo anuncia nova estimativa do SALÁRIO mínimo para 2021; veja o valor


Caso a previsão para o INPC se concretize, o salário minimo em 2021 será de R$ 1.066,84, valor R$ 12,15 menor que o estimado em abril deste ano, R$ 1.079,00.

Nesta quarta-feira, 15 de julho, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia confirmou que a estimativa da inflação de 2020 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sofreu uma queda de 2,09%. Caso se concretize, o reajuste salarial mínimo em 2021 poderá ser menor que o esperado.

Para 2021, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) previu um salário mínimo de R$ 1.079,00. O valor levou em conta uma variação para o INCP de 3,28% em 2020. Atualmente o valor é de R$1.045,00.

Caso a previsão para o INPC se concretize, o salário minimo em 2021 será de R$ 1.066,84, valor R$ 12,15 menor que o estimado em abril deste ano, R$ 1.079,00.

Em 2019, o governo acabou com a política de reajuste real do salário mínimo. Sendo assim, agora o valor salarial se limita a seguir a determinação da Constituição, que fala em preservação do poder aquisitivo do trabalhador.

O ganho real do salário mínimo foi implementado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) informalmente, em 1994, logo após a adoção do Plano Real. As gestões petistas oficializaram a medida.

Sem ganho real no salário mínimo, o governo consegue um alívio financeiro, uma vez que o aumento do salário mínimo reajusta automaticamente benefícios previdenciários e assistenciais. Para cada R$ 1 de aumento no valor do mínimo, o governo amplia em cerca de R$ 355 milhões as despesas por ano.

Poder de compra inalterado

Vale salientar que a possível diminuição não significa que o trabalhador vai ganhar menos. O reajuste do salário mínimo varia de acordo com o aumento dos preços, registrados a partir das taxas de inflação.

Ou seja, os trabalhadores receberão o poder de compra de reajustado conforme o índice de inflação (aumento geral no nível de preços). De acordo com o economista Clovis Scerer, supervisor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), concorda com o aumento do poder de compra causado pelo reajuste. No entanto, ele explica que pode haver uma “perpetuação da penúria”.

Os cálculos do Dieese demonstram que mais de 49 milhões de brasileiros vivem com um salário mínimo. Atualmente, a remuneração mensal deveria ser de mais de R$4 mil reais (R$ 4.694,57 no total) por mês e não R$ 1.045,00.

Para cálculo do salário mínimo, o governo considera o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação do ano anterior.

Veja também: FGTS: Liberados saques de até R$ 2.900 de dinheiro extra para ESTES trabalhadores