sábado, 4 de fevereiro de 2017

Agente dá Fundação Casa é baleado, e está internado






Agente penitenciário é baleado em Lorena, SP

Suspeita que o autor dos disparos seja um ex-interno da Fundação Casa. Vítima está internada; Polícia Civil investiga o crime.
Do G1 Vale do Paraíba e Região
Um agente penitenciário de 33 anos foi baleado na noite desta sexta-feira (3) no Cecap em Lorenax (SP). A polícia suspeita que o autor dos disparoso seja um ex-interno da Fundação Casa, de 18 anos. Ninguém foi preso.
De acordo com a Polícia Militar, o crime foi por volta das 21h30 na rua Nelson Vitor Basso. A vítima estava na rua quando um homem disparou três vezes contra ele - os tiros atingiram rosto, pescoço e de raspão a cabeça.
A vítima foi socorrida e levada para o Pronto Socorro, onde permanecia internado neste sábado. Não há informação sobre o estado de saúde do agente penitenciário. O caso é investigado pela Polícia Civil.

ORDEM PARA ATAQUES CONTRA AGENTES DO SISTEMA DE SEGURANÇA VIERAM DE DENTRO DA PENITENCIÁRIA



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017


ORDEM PARA ATAQUES CONTRA AGENTES DO SISTEMA DE SEGURANÇA VIERAM DE DENTRO DA PENITENCIÁRIA DE PEDRINHAS





As execuções do agente penitenciário Viterbo Nunes Silva e da investigadora da Policia Civil Iran Cerqueira Santos, teriam sido ordenadas de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Um áudio gravado pelos criminosos foi interceptado pelo Serviço de Inteligência do Sistema Penitenciário e o delegado Roberto Larart responsável pelas "escutas" acabou repassando um alerta geral para todos os servidores do sistema penitenciário e de segurança. O agente penitenciário Viterbo, foi encontrado morto na tarde desta quinta-feira, (2). no interior de sua residência localizada no condomínio Parque das Rosas, município de São José de Ribamar. Ele apresentava sinais de violência pelo corpo e os criminosos levaram a pistola do agente e os três carregadores. O veiculo da vitima também foi levado pelos criminosos e em seguida abandonado na região do Olho D`Água. Na noite de quinta-feira a policial civil Iran Cerqueira Santos, foi atacada por dois homens em uma moto quando chegava em sua residência na rua 9 Farol do Araçagy. Os bandidos disparam vários tiros contra o veiculo da policial. Um dos tiros atingiu o coração da policial que morreu ao dar entrada no Unidade de Pronto Atendimento, (UPA-Araçagy). Um dos bandidos identificado como Leandro Pimenta Silva, foi morto em confronto com policiais e já durante a madrugada um outro homem identificado como Charles que também estaria envolvido no crime, foi morto em um confronto com policiais civis. Os ataques seria uma resposta a declarações feitas pelo secretario de Administração Penitenciária Murilo Andrade, que durante uma entrevista teria afirmado que o Estado tem todo o domínio e controle do sistema prisional.

Áudio interceptado da Penitenciária de Pedrinhas:


Áudio de auxiliar penitenciário confirmando a existência da gravação e fazendo alerta:


Áudio onde agente penitenciário diz que os ataques seriam uma resposta as declarações do secretario de Administração Penitenciária Murilo Andrade:

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Agente penitenciário é preso suspeito de sumir com mais de 20 armas doadas ao Depen





Agente penitenciário é preso suspeito de sumir com mais de 20 armas doadas ao Depen

Da Redação

O agente penitenciário Sebastião Batista Ramos Neto, de 40 anos, foi preso nesta quinta-feira (2) suspeito de desviar 22 armas do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). De acordo com a Polícia Civil, o servidor foi preso por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) em uma autoescola do bairro Xaxim, em Curitiba. A ação contou com o apoio da Corregedoria do Depen, que informou que já vinha investigando desvios de conduta anteriores de Neto.
Foto ilustrativa (EBC)
Segundo o delegado Emmanoel David, várias testemunhas afirmaram que viram Ramos Neto com as armas fora da instituição. “Foram três meses de investigações deste suspeito. Recebemos informações do Depen que ele já passava por um processo administrativo por faltas funcionais e chegou a ser afastado do cargo. Neto era o responsável por armazenar e distribuir as armas para outros servidores para treinamento e deveria armazenar as armas em paiol específico. Em auditoria foi constatado o sumiço”, explicou.
As armas foram doadas ao Depen pela Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (Deam) em junho de 2015, mas o desvio aconteceu no ano seguinte, 2016. A Polícia Civil acredita que os desvios tenham acontecido entre junho e setembro.
Entre as armas doadas estavam 30 revólveres; 61 espingardas calibre 12 e 69 carabinas. Porém, 22 armas foram desviadas da instituição – dois revólveres; oito espingardas calibre 12 e 12 carabinas. Na época da doação, o agente penitenciário foi pessoalmente até a Deam para buscar as armas doadas, porém, elas não foram localizadas nas dependências da instituição.
“Não resta dúvida da autoria. Não resta dúvida da condição que ele tinha de guardar esses objetos e que tenha desviado para vender e assim aumentar o patrimônio. Hoje ele está custodiado dentro de uma penitenciária, juntamente com outros presos, mas, evidentemente, com todas as cautelas por ele ser um servidor público. O procedimento dentro da corregedoria do Depen está instaurado e ele já está enfrentando o processo disciplinar que vai ao Conselho Disciplinar e Administrativo do Depen. Certamente sofrerá as reprimendas próprias dessa conduta, ou seja, ele é sujeito a aplicação da pena de demissão”, disse o diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura.
Neto agora está preso em Piraquara, onde permanece à disposição da Justiça. Ele responderá pelo crime de peculato, a pena do crime varia de 2 a 12 anos por cada arma. As investigações continuam com o objetivo de localizar as armas desviadas.

DIREITOS DOS "MANOS" GANHA MAIS UMA VEZ DOS CIDADÃOS DE BEM






*DIREITOS DOS "MANOS" GANHA MAIS UMA VEZ DOS CIDADÃOS DE BEM*

Numa manobra política, o Ministro "Aparecido" Alexandre Morais conseguiu evitar a criação do Ministério da Segurança, num tremendo engodo mudou o nome de seu próprio ministério da Justiça, trocando 6 por meia dúzia, vai continuar do mesmo jeito a segurança pública em plano secundário/terciário em seu feudo.

Para completar o tapa na cara da sociedade e dos policiais de todo Brasil, o governo cria o Ministério dos Direitos Humanos, por aí dá para ver que dinheiro só faltava para criação do Ministério da Segurança. Optaram por privilegiar a defesa de marginais aos cidadãos de bem.

Faço aqui minhas apostas, a segurança pública vai continuar de mal a pior no Brasil, o crime organizado crescendo, sensação de impunidade aumentando, número de crimes batendo recordes, esse é o quadro é infelizmente o governo federal optou por lavar as mãos.

http://m.folha.uol.com.br/poder/2017/02/1855364-temer-da-status-de-ministro-a-moreira-franco-citado-na-lava-jato.shtml

Audiência cívil pública sindicato x Fundação Casa


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Venham todos participar da assembléia geral dia 11 de fevereiro campanha salarial 2017 da fundação casa

Convidamos a todos pra participar da
 Assembléia geral
Primeira chamada as 08:00 horas da manhã
Segunda chamada as 09:00 horas
Dia 11 de fevereiro , ENDEREÇO: RUA TAMANDARÉ, 348 - LIBERDADE,
Venham todos participem, da nossa campanha salarial 2017

                No dia 11 de fevereiro, às 9 horas, teremos a primeira Assembleia Geral dos Trabalhadores da Fundação CASA para Campanha Salarial de 2017. 
           E como vem ocorrendo nos anos anteriores a direção do SITSESP/SITRAEMFA continuará com o dinamismo e inovações que se tornou uma marca constante nesta desta gestão.
               Em função das reuniões regionais, que ocorreram no mês de janeiro nas várias localidades do Estado de São Paulo, onde há Centros da Fundação, muitas sugestões vieram dos trabalhadores, que participaram das reuniões.
Essas sugestões serão analisadas por todos os trabalhadores presentes na Assembleia.
                Os destaques que ocorrerem deverão ser inclusos no debate no final da assembleia. Existem algumas clausulas que permanecem na pauta de reivindicações, essas clausulas serão lidas e havendo destaques também passarão pelo crivo dos trabalhadores, ao final da assembleia

FUNDAÇÃO CASA DE BATATAIS RECEBE JOGOS REGIONAIS DA COPA CASA




FUNDAÇÃO CASA DE BATATAIS RECEBE JOGOS REGIONAIS DA COPA CASA

A 13ª edição da Copa Casa de Futebol, o campeonato de futebol de campo da Fundação CASA, tem os primeiros jogos da fase local da região da Alta Mogiana nos dias 01, 03, 08 e 10 de fevereiro, no Ginásio Municipal de Esportes, em Batatais.
Em campo estarão adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação nos Casas Batatais, Candido Portinari (Ribeirão Preto), São Carlos, Araraquara, Sertãozinho e Franca. O vencedor do torneio regional segue para a fase estadual da Copa, que acontece em parceria com a Federação Paulista de Futebol (FPF).
Em todo o Estado de São Paulo, cerca de 1.350 adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação em 90 centros competem na Copa Casa.
“Os adolescentes se empenham muito na Copa Casa. Embora não formemos jogadores profissionais, alguns encaram como uma oportunidade para mostrar o que sabem e tentar se diferenciar”, explica o tricampeão mundial da Seleção Brasileira e ex-jogador do Corinthians, Zé Maria, assistente de direção na Fundação.
Em 2017, o jovem Jadson da Silva, de 18 anos, que cumpriu medida socioeducativa na Instituição, foi contratado pelo Rio Ave Futebol Clube, uma equipe portuguesa, depois de participar da Copa São Paulo de Futebol Júnior defendendo o time do União Barbarense. Foi durante os jogos da edição 2016 da Copa Casa que Zé Maria e funcionários perceberam o talento do jogador e procuraram auxiliá-lo na profissionalização.

ATA de audiência de periculosidade, FUNDAÇÃO CASA, e sindicato realizada ontem dia 01/02/2017



ATA de audiência de periculosidade, FUNDAÇÃO CASA, e sindicato realizada ontem dia 01/02/2017

Ministro do STF defende legalização de drogas para reduzir número de presos

Ministro do STF defende legalização de drogas para reduzir número de presos

Luís Roberto Barroso afirmou que medida pode aliviar crise no sistema penitenciário

POR 
 
Luís Roberto Barroso durante sessão do STF - Jorge William / Agência O Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso defendeu ontem a legalização da maconha como forma de aliviar a crise no sistema penitenciário. Segundo ele, a medida desmontaria o tráfico de drogas e, com isso, o número de presos diminuiria. Barroso afirmou que, se a experiência desse certo com a maconha, seria o caso de legalizar também a cocaína.
— A gente deve legalizar a maconha. Produção, distribuição e consumo. Tratar como se trata o cigarro, uma atividade comercial. Ou seja: paga imposto, tem regulação, não pode fazer publicidade, tem contrapropaganda, tem controle. Isso quebra o poder do tráfico. Porque o que dá poder ao tráfico é a ilegalidade. E, se der certo com a maconha, aí eu acho que deve passar para a cocaína e quebrar o tráfico mesmo — disse.
Barroso ressaltou que a posição não é ideológica a favor das drogas, mas pelo combate ao tráfico:
— Não acho que droga seja bom. Não sou a favor de droga. Eu sou contra a criminalização como ela é feita no Brasil, porque as consequências são piores do que os benefícios. Eu educo meus filhos numa cultura de não consumir droga. Mas acho que a melhor forma de combater a droga é legalizando.
Em 2015, o plenário do STF começou a julgar ação que chegou ao tribunal por recurso da Defensoria Pública em processo que envolvia o caso de um presidiário flagrado na prisão com três gramas de maconha em julho de 2009. Ele foi condenado a prestar serviço comunitário por dois meses. A Defensoria Pública contestou a constitucionalidade da Lei de Drogas. Em sessão em setembro de 2015, três dos 11 ministros do STF votaram pela liberação do porte de maconha para uso pessoal. O julgamento começara no mês anterior, quando o relator, ministro Gilmar Mendes, defendeu a descriminalização do porte para uso de todo tipo de droga. Edson Fachin e Luís Roberto Barroso também votaram pela descriminalização, mas só para o porte de maconha. Os três declararam inconstitucional o artigo 28 da Lei de Drogas, que considera criminoso quem adquire, guarda, transporta ou leva consigo drogas para consumo pessoal.
O julgamento, porém, foi interrompido por pedido de vista de Teori Zavascki. Com a morte do ministro, o sucessor dele, ainda não escolhido pelo presidente Michel Temer, herdará o processo. A expectativa é de que o caso demore a ser devolvido ao plenário, porque o novato ainda teria que estudá-lo caso antes de elaborar o voto. A decisão do STF quanto à questão será aplicada em processos semelhantes. Existem hoje ao menos 315 ações desse tipo paralisadas em todo o país aguardando posição do Supremo. Barroso, no entanto, explicou que não cabe ao Judiciário decidir sobre a legalização ou não das drogas. Essa seria uma tarefa para o Congresso Nacional — que, segundo ele, precisa abandonar os preconceitos antes de analisar o tema:
— Isso depende de legislação. É preciso superar preconceitos e lidar com o fato de que a guerra às drogas fracassou e agora temos dois problemas: a droga e as penitenciárias entupidas de gente que entra não sendo perigosa e sai perigosa. Eu sei que há muito preconceito, mas a questão vai ser ou fazer logo, ou fazer ali na frente, porque não tem alternativa — opinou o ministro.
MUDANÇA DE POSIÇÃO É ELOGIADA
Delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro e secretário-geral da LEAP Brasil (Agentes da Lei Contra a Proibição), Orlando Zaccone recebeu com surpresa e otimismo as declarações de Barroso, já que anteriormente o ministro havia apenas declarado apoio à descriminalização da maconha:
— É um sinal muito bom o avanço da posição do ministro quanto a este assunto. A legalização é a única forma racional para enfrentar o problema das drogas hoje. Precisamos regular este mercado.
Pegando emprestada expressão muito usada pelos partidários do proibicionismo, o delegado acredita que a legalização da maconha por ser “a porta de entrada” para a de outras substâncias que foram alvo do que chamou de “processo de demonização” enquanto o consumo de álcool e tabaco, por exemplo, é permitido e chegou a ser até estimulado.
— Defendemos a legalização como caminho para enfrentar a violência, que é resultante da proibição, e não do consumo — diz. — O proibicionismo produz uma violência que as drogas por si só não são capazes de produzir. Ele gera violência entre grupos que disputam o mercado proibido e destes grupos com a polícia em enfrentamentos que acabam atingindo pessoas, crianças, que nunca tiveram contato com este mundo. Mas não adianta legalizar só a maconha se o mercado da cocaína vai continuar violento, assim como do crack etc.
A diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, também destacou a mudança de posição do ministro. Segundo ela, é positivo que a mais alta corte brasileira esteja atenta aos estudos e práticas internacionais de países que estão indo na direção oposta à guerra às drogas.
— No recurso que está suspenso, o ministro deu um voto a favor só da descriminalização do consumo da maconha, então claramente ele mudou de posição, o que indica que mudaria seu próprio voto quando o processo voltar a andar — disse. — Ter um juiz da Suprema Corte que consegue mudar de opinião é um excelente sinal de que as posições ideológicas são passíveis de serem abandonadas em favor de posições técnicas. Um dos caminhos de alternativa a guerra às drogas é experimentar com modelos de regulação. Para o Brasil, descriminalizar já é tarde, isso tem que ser para ontem.
Nem todos, porém, acham que a legalização é a solução. Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) afirma ser “uma lorota” dizer que a legalização vai acabar com o tráfico:
— Quem trafica vai continuar traficando. Trata-se de ir na contramão do que se pode fazer sobre a saúde pública brasileira. A maconha é uma das grandes causadoras de transtornos mentais. Provoca um quadro psiquiátrico irreversível. A legalização só vai aumentar o acesso de milhões de adolescentes à maconha, sendo que estes jovens ainda estão com o cérebro em formação. Não se pode trocar a diminuição de presidiários por um aumento de doentes mentais.

Homem é baleado e preso após assaltar agente


Homem é baleado e preso após assaltar agente penitenciário

01 / 02 / 2017 | 21h40
BRUNO LIMA

Bandido foi detido após sair do hospital

Michel David Franco Reis, de 20 anos, provavelmente vai se arrepender de ter saído de casa na noite de segunda-feira (30) para realizar um assalto. Ao lado de dois comparsas, ele roubou um agente penitenciário que saía de uma casa noturna da Vila Santa Rosa, em Guarujá. Entretanto, durante a fuga, acabou atingido por cinco disparos efetuados pela vítima. Por conta dos ferimentos, Reis foi levado ao Hospital Santo Amaro, onde acabou preso. 
A ação do acusado ocorreu na Avenida Manuel Albino, por volta das 3 horas, enquanto o agente penitenciário, depois de sair da balada, parou para urinar antes de entrar no carro. Reis e os comparsas, armados, anunciaram o assalto. 
A corrente de ouro e o relógio de pulso do agente foram roubados. Então o agente penitenciário sacou a pistola e reagiu à abordagem. Foram sete disparos que fizeram o trio fugir a pé com os objetos pessoais da vítima. 
Assim que os três correram, o agente acionou a PM, que o orientou a registrar o crime na Delegacia da Cidade. Enquanto conversava com o delegado Josias Teixeira de Souza, a vítima foi avisada pelos próprios PMs de que o Samu havia socorrido um homem com cinco ferimentos de tiros. 
Na foto
Ao verificar a fotografia do suspeito, o agente penitenciário não teve dúvida em reconhecê-lo como um dos autores do assalto. Diante do reconhecimento, os PMs foram ao hospital e questionaram Reis sobre a participação no assalto.
O acusado, que no passado fugiu da Fundação Casa, negou envolvimento no crime e disse que foi baleado enquanto também urinava. A justificativa não convenceu e Reis permaneceu internado sob escolta policial. Assim que receber alta ele será indiciado e recolhido à cadeia pública.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Por que ação que soltou 45 mil presos com pena cumprida foi suspensa

Por que ação que soltou 45 mil presos com pena cumprida foi suspensa em 2014?

BBC
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  • Marcos Limonti/Estadão Conteúdo
    Rebelião em presídio no interior de SP
    Rebelião em presídio no interior de SP
A lentidão da Justiça brasileira é conhecida, mas o que muita gente não sabe é que até as pessoas que já estão presas são prejudicadas por isso. Entre elas, estão os detentos que já acertaram suas contas com a sociedade e demoram para serem soltos, contribuindo para a superlotação das penitenciárias, um dos grandes problemas do país na atualidade.
Em meio à crise no sistema prisional, que voltou à tona com os massacres ocorridos no Amazonas e em Roraima recentemente, uma das iniciativas utilizadas para desafogar as prisões não é realizada desde 2014: o mutirão carcerário do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que concedeu mais de 80 mil benefícios a presos desde a sua criação, em 2008 - 45 mil acabaram libertados.
Desde então, ações do tipo, que levam juízes e defensores para dentro das cadeias e fazem uma varredura nos processos para ver quais presos podem, por exemplo, migrar de regime ou ganhar a liberdade, passaram a ser quase sempre organizadas no nível estadual, mas não são todos os Estados as colocam em prática.
Em âmbito nacional, só o Condege (Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais) - cooperação entre as defensorias dos Estados, do Distrito Federal e da União - faz trabalho semelhante, mas age apenas em situações que considera emergenciais no âmbito de um programa chamado Defensoria Sem Fronteiras. Nenhum foi realizado no ano passado.
O CNJ informou à BBC Brasil que não realizou nenhum mutirão em 2015 e 2016 - anos em que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, presidiu a instituição. A atual presidente, Cármen Lúcia, que tomou posse em setembro, também não deu continuidade ao projeto.
Mas por que o programa ficou de lado, se é bem avaliado e custa pouco?
A resposta está nas mudanças de gestão do CNJ.

Quer saber mais? Envie sua pergunta:

O mutirão carcerário do órgão foi criado quando seu presidente era o ministro do STF Gilmar Mendes. Seus sucessores, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa, hoje aposentados do Supremo, mantiveram a iniciativa.
Lewandowski, por sua vez, resolveu criar e priorizar outro programa de combate à superlotação. Ele implantou o projeto Audiência de Custódia, ação permanente em que presos em flagrante são rapidamente levados a um juiz, que decide sobre a legalidade daquela detenção, evitando que pessoas passem meses dentro da cadeia sem que seus casos sejam devidamente analisados.
Desde outubro de 2015, a prisão foi relaxada em 46,2% das 174.242 audiências realizadas. Nos casos restantes, a detenção em flagrante foi transformada em prisão preventiva.
Questionada pela BBC Brasil, a assessoria do ministro afirmou que esse programa substituiu os mutirões pelo custo baixo e "por ser uma ação permanente, movimentada pelo próprio Judiciário local e por dar efetividade a um direito constitucional e previsto em tratado internacional".
A BBC Brasil apurou que Cármen Lúcia, atual presidente do STF e do CNJ, solicitou aos tribunais uma reunião especial de juízes criminais para acelerar o julgamento dos processos de presos provisórios - ou seja, que ainda aguardam julgamento. Eles representam cerca de 41% das pessoas detidas, de acordo com dados de 2014 do Ministério da Justiça.
Desde que assumiu a presidência do órgão, em setembro, a ministra não se manifestou formalmente sobre a realização de mutirões.

Vítimas da lentidão

Enquanto as iniciativas de Lewandowski e Cármen Lúcia focam em presos que ainda não foram condenados, os mutirões beneficiam detentos em várias situações.
Entre eles, os condenados que podem já ter direito a trabalhar fora do presídio durante o dia (ou seja, migrar para o regime semiaberto), a abatimento da pena, a cumprir prisão em regime domiciliar ou a simplesmente serem soltos, seja em liberdade condicional ou de forma definitiva, mas que estão com seus processos parados devido à lentidão da Justiça.
"Há no Brasil centenas de milhares de presos nessa situação", diz Taiguara Souza, o professor de direito penal da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor executivo do Instituto de Defensores de Direitos Humanos (DDH). "Contribui de maneira decisiva para a superlotação."
Os últimos dados oficiais disponíveis, de 2014, apontavam uma população carcerária de 607 mil pessoas no Brasil - especialistas estimam que esse número já tenha ultrapassado os 700 mil, fazendo com que o Brasil passe do quarto para o terceiro lugar em população carcerária, atrás apenas dos EUA e da China.
Até abril de 2010, quando Gilmar entregou o cargo a Peluso, 108.048 processos foram examinados em 20 Estados e 33.925 benefícios, sendo 20.358 alvarás de soltura, foram concedidos. Entre 2010 e 2014, foram realizados outros 38 mutirões - 27 na gestão de Peluso (um em cada um dos 26 Estados e um no Distrito Federal) e outros 11 sob a direção de Barbosa.
"Os mutirões foram um instrumento muito válido para ajudar com o problema da com a crise no sistema prisional", disse Peluso à BBC Brasil. "Nós achávamos, como ficou depois comprovado, que havia muitos casos de não observância de direitos e de possibilidade de dar vantagens aos presos", completou.

Defensores

Na próxima segunda, um raro mutirão organizado por órgãos federais começará a atuar em Manaus, palco no início do ano da pior matança ocorrida em cadeias do país desde o Massacre do Carandiru, em 1992.
Para que o trabalho ocorra, foi assinado nesta terça-feira um acordo de cooperação entre Condege, Ministério da Justiça e Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos).
O programa Defensoria Sem Fronteiras, do Condege, fez outros mutirões em 2014, em quatro cidades do interior do Paraná (Foz do Iguaçu, Londrina, Francisco Beltrão e Cascavel), e em 2015, em Recife e Fortaleza.
Outras iniciativas apoiadas pela Defensoria Pública da União realizaram mutirões carcerários em 2009 (Ribeirão das Neves, Minas Gerais), 2010 (São Pedro Alcântara, em Santa Catarina), 2013 (em oito cidades catarinenses) e em 2014 (no Maranhão). Os trabalhos foram coordenados pela Força Nacional da Defensoria Pública em Execução Penal, com participação da DPU.
O desembargador Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região conta que a Força foi criada em 2009 para ajudar nos Estados mais precários. Segundo ele, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça na época, a pasta só pagava o deslocamento e a hospedagem dos funcionários cedidos pelas defensorias dos Estados.
"Era um custo baixíssimo", afirmou à BBC Brasil.
A economia feita, no entanto, era alta. O relatório final do primeiro mutirão da Força, feito em Ribeirão das Neves, estipulou que Minas Gerais iria deixar de gastar R$ 200 mil já no mês seguinte só com a soltura de 89 presos.