TRANSMITIDO AO VIVO EM 07/11/2019 22H52

Por 6 votos a 5, STF muda de posição e decide contra prisão após condenação em 2ª instância

Tribunal decidiu que réus condenados só poderão ser presos após o trânsito em julgado, isto é, depois de esgotados todos os recursos.

Resumo

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Fachin: 'Nenhuma liberação automática de quem quer que esteja preso'
Fachin: 'Nenhuma liberação automática de quem quer que esteja preso'
Toffoli vota e desempata na derrubada de prisão após condenação na 2ª instância
Toffoli vota e desempata na derrubada de prisão após condenação na 2ª instância
Ministro Celso de Mello vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Celso de Mello vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Gilmar Mendes vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Gilmar Mendes vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministra Cármen Lúcia vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministra Cármen Lúcia vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Ricardo Lewandowski vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Ricardo Lewandowski vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Luiz Fux vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Luiz Fux vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministra Rosa Weber vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministra Rosa Weber vota contra a prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Luís Roberto Barroso vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Luís Roberto Barroso vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Edson Fachin vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância
Ministro Edson Fachin vota a favor da prisão de condenados em 2ª instância

Destaques

Voto de Toffoli
Voto de Celso de Mello
Voto de Gilmar Mendes
Voto de Cármen Lúcia
Voto de Lewandowski

Últimas atualizações

Os procuradores da Lava Jato afirmaram em nota que a decisão do Supremo impactará nos resultados da força-tarefa. O comunicado afirma que o novo entendimento "está em dissonância com o sentimento de repúdio à impunidade e com o combate à corrupção".
O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, também por meio de nota, afirmou que a decisão reforça que o petista está preso injustamente e que entrará com um pedido para que haja a "imediata soltura" do ex-presidente.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o relator da Operação Lava Jato, Luiz Edson Fachin, afirmaram que não haverá liberação automática de presos em segunda instância.
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Fachin: 'Nenhuma liberação automática de quem quer que esteja preso'
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"Eu deixei bem claro no meu voto que o Parlamento pode alterar esse dispositivo", disse Toffoli.
Questionado pelos jornalistas, o presidente do STF, negou que a aplicação seja automática, ou seja, as varas de execução penal vão analisar caso a caso.
Ministros falam após julgamento.
Por 6 votos a 5, o STF decidiu derrubar a possibilidade de prisão de condenados em segunda instância, alterando um entendimento adotado desde 2016.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode obter liberdade, já que ainda cabem recursos da condenação dele no caso do triplex em Guarujá (SP). Essa decisão caberá à Justiça Federal do Paraná. Nos casos do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, entretanto, a mudança de entendimento do STF não os tira da cadeia.
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Julgamento termina e sessão é encerrada. Leia a reportagem completa
DESTAQUE

Voto de Toffoli

Toffoli vota contra prisão após a 2ª instância.
Dias Toffoli afirmou que a Corte discute a validade do artigo 283 do Código de Processo Penal (CPP), segundo o qual uma pessoa só será presa após o trânsito em julgado do processo, quando não couber mais recurso. O ministro destacou que a decisão do Supremo é abstrata, ou seja, não visa beneficiar alguém especificamente. "Se está analisando se o texto do artigo é compatível com a Constituição."
Segundo Toffoli, o texto da lei representa a vontade do Congresso. "O Parlamento decidiu a necessidade do trânsito em julgado. Não é um desejo do juiz, não é um desejo de outrem, que não os representantes do povo brasileiro."
O ministro, no entanto, defendeu a execução imediata da pena de condenados por Tribunal do Júri. Segundo ele, esses casos não ferem o CPP. "O júri tem competência para decidir sobre crimes dolosos contra a vida e é soberano."
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Toffoli vota e desempata na derrubada de prisão após condenação na 2ª instância