segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Servidores públicos poderão ter salário reduzido com aval do STF


Ministros da Corte vão julgar ação que trata da redução de jornada mediante adequação dos vencimentos

POR PALOMA SAVEDRA
Medida vem sendo apontada como solução por vários estados
Medida vem sendo apontada como solução por vários estados
A dificuldade enfrentada por diversos estados em suas finanças ainda é pauta levada por governadores ao Supremo Tribunal Federal (STF). E em meio à essa crise no país, os ministros da Corte vão julgar, na próxima quarta-feira, ação que trata da possibilidade de redução de salários de servidores públicos de qualquer ente da federação mediante a diminuição de jornada de trabalho. O tema já foi pautado para ir ao plenário por três vezes, mas não houve julgamento.
Ainda que a Corte libere a medida, isso não está nos planos do governo fluminense, como já declarou à Coluna o secretário de Fazenda do Estado do Rio, Luiz Cláudio Carvalho. "O estado não precisa tomar nenhuma iniciativa dessa natureza", afirmou ele, em edição publicada no dia 14 de abril.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 2238 foi proposta em 2001 pelo PT, PCdoB e PSB e questiona alguns itens da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), como o parágrafo 2º do Artigo 23. O dispositivo possibilita a redução de jornada com a adequação salarial, quando as despesas com a folha de pessoal ultrapassam o limite previsto na LRF, sendo uma medida opcional ao governo, e ao Poder (como Legislativo e Judiciário).
Esse dispositivo foi suspenso por liminar do Supremo, concedida em pedido feito nesta ação. Mas no julgamento de quarta-feira é que o colegiado vai bater o martelo e decidir o mérito.
Ainda que não seja uma medida obrigatória, se for autorizada, municípios, estados e governo federal, além dos Poderes Judiciário e Legislativo poderão lançar mão dessa iniciativa para voltar aos índices determinados pela LRF.
E quando os gastos com pessoal estouram, também são previstas outras ações, como o enxugamento em pelo menos 20% dos gastos com comissionados e cargos de confiança.
Vale lembrar que há uma pressão para o STF dar aval à redução de vencimentos. Em fevereiro, secretários de Fazenda de sete estados enviaram carta ao Supremo para que os ministros restabeleçam o dispositivo. Assinaram o documento os de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Paraná, Alagoas e Mato Grosso do Sul.
O que diz a lei
A Lei de Responsabilidade Fiscal detalha os limites para gastos com pessoal. Na União, essas despesas não podem ultrapassar 50% da receita corrente líquida (RCL) — que é o somatório das receitas tributárias e contribuições, exceto as provenientes de repasses constitucionais.
Nos estados, os gastos com pessoal não podem ultrapassar 60% da RCL, e o mesmo índice se aplica aos municípios. Em âmbito federal, o limite é 2,5% para o Legislativo (incluído o TCU); 6% para o Judiciário; 40,9% para o Executivo e 0,6% para o Ministério Público da União.
Na esfera estadual, o teto para o Poder Executivo é de 49%, para o Legislativo é de 3%, e para o Judiciário, de 6%.
Rio dentro da lei

No que diz respeito aos gastos com pessoal, o Estado do Rio voltou a respeitar os índices previstos na LRF. Até por isso o secretário de Fazenda descarta a possibilidade de lançar mão da medida, pelo menos, por ora.
"O Estado do Rio não precisa, neste momento, tomar nenhuma medida desta natureza, e não precisaria mesmo que houvesse autorização do Supremo e fosse entendido como possível", afirmou Carvalho.
Menos verbas aos Poderes

A mesma ação também discute outro artigo da LRF: o que dá possibilidade do governo (federal, estadual ou municipal) reduzir os valores dos repasses orçamentários — os chamados duodécimos — aos Poderes Legislativo e Judiciário e órgãos independentes (Ministério Público, Defensoria e Tribunal de Contas) em períodos de crise. Esse dispositivo também está na LRF e foi suspenso por liminar.

domingo, 18 de agosto de 2019

Projeto sobre porte de armas pode ser votado esta semana

Projeto sobre porte de armas pode ser votado esta semana

Projeto do governo permite a concessão de porte de armas de fogo para novas categorias

18 AGO2019
17h56
Oplenário da Câmara dos Deputados pode votar, esta semana, o Projeto de Lei 3.723/19, do Poder Executivo, que permite a concessão, por decreto presidencial, de porte de armas de fogo para novas categorias, além das previstas no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03). Na semana passada, o plenário da Casa aprovou o regime de urgência para votação da proposta.
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Atualmente, o porte só é permitido para as categorias descritas no Estatuto do Desarmamento, como militares das Forças Armadas, policiais e guardas prisionais. O porte de armas consiste na autorização para que o indivíduo ande armado fora de sua casa ou local de trabalho. Já a posse só permite manter a arma dentro de casa ou no trabalho.
Arma e as balas de pistola 9 mm
Arma e as balas de pistola 9 mm
Foto: Jirkaejc / iStock
O relator do projeto, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), acatou três das 20 emendas apresentadas à proposta, como estender o porte de arma para os oficiais de Justiça e para os oficiais do Ministério Público.
Outra emenda quer incluir os integrantes dos órgãos policiais da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das assembleias legislativas dos estados na lista dos autorizados a ter porte de arma e permitir os órgãos a comprar armas de fogo de uso restrito sem autorização do Comando do Exército.
Reforma tributária
A comissão especial da Câmara que analisa a proposta de emenda à Constituição (PEC 45/19) da reforma tributária vai ouvir na terça-feira (20) o autor da matéria, deputado Baleia Rossi (MDB-SP). Também será ouvido o economista Bernardo Appy, que preparou a proposta da Câmara, que unifica tributos sobre a produção e o consumo arrecadados pela União, pelos estados e pelos municípios, e cria outro imposto sobre bens e serviços específicos, cujas receitas ficarão apenas com o governo federal.
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Na semana passada, a comissão aprovou o plano de trabalho do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Ele propôs oito audiências públicas na Câmara sempre às terças-feiras, e seminários em cada uma das cinco regiões do país, em datas ainda serem definidas. O relator espera apresentar o parecer a partir de 8 de outubro.
Aposentadoria dos militares
A comissão especial da Câmara que vai debater a aposentadoria dos militares das Forças Armadas se reúne na terça-feira (20) para eleger os três vice-presidentes e para definir o roteiro de trabalho do colegiado.
Na semana passada, a comissão elegeu como presidente o deputado José Priante (MDB-PA) e como relator o deputado Vinicius Carvalho (PRB-SP). A instalação do colegiado, composto de 34 membros titulares e igual número de suplentes, foi feita na quarta-feira (14).
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Segundo o Projeto de Lei 1645/19, enviado pelo governo em março deste ano, os militares passarão a contribuir mais para a previdência especial e a trabalhar mais para terem direito a aposentadorias e pensões.

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sábado, 17 de agosto de 2019

Menor de 13 anos e outros adolescentes comparsas são flagrados furtando veículo


No plantão policial, delegado mandou liberar os cinco adolescentes para irem para casa

 Da Redação |  17/08/2019 |  15:56


Grupo com adolescentes entre 13 e 16 anos foi apreendido pela PM e liberado pelo delegado para irem para casa (imagem ilustrativa) | Foto: Pixabay

Um menino de 13 anos foi flagrado pela Polícia Militar após furtar, em companhia de outro adolescente de 15, uma moto na noite de quinta-feira (15) em Batatais.
Quando os policiais abordaram os dois , descobriram que eles faziam parte de um grupo que praticou furtos anteriores na cidade e que contava com mais três jovens, todos com idades entre 15 e 16 anos.
A Polícia Militar foi acionada no fim da noite de quinta porque uma motocicleta Honda Twister havia sido furtada da rua Sete de Setembro, no Centro. Testemunhas viram pelo menos três jovens praticando o ato.
Na mesma noite, ainda na região central, os policias conseguiram localizar dois adolescentes --o de 13 e um de 15 anos-- e, de imediato, eles disseram que o terceiro garoto, também de 15 anos, estava em frente à Câmara.
Os três confessaram o furto, indicaram o local onde já tinham escondido a moto e disseram que pretendiam desmontá-la para vender as peças.
Depois de serem questionados, admitiram que participaram de furtos anteriores de veículos em Batatais e disseram que outros dois adolescentes, um de 15 e outro de 16 anos, também participaram das ações.
Além da moto furtada na quinta, na lista de objetos apreendidos na ação estão mais cinco carenagens de motos diversas, uma chave micha, chaves de boca, “saca vela”, o documento de um carro furtado em julho e o mais surpreendente: uma folha com anotações sobre um plano de furto de caixa eletrônico.
Conforme registrado no boletim da Polícia Militar, o delegado plantonista deliberou (à distância) que fosse registrado apenas um boletim de ocorrência constando o ato infracional e um termo de responsabilidade de furto e os adolescentes foram imediatamente entregues para as famílias para que fossem para casa.
A moto apreendida foi devolvida à vítima, uma mulher de 29 anos, moradora no bairro São José, em Batatais