Policiais explicam em entrevista coletiva como será a Operação “Impacto – Proteção a Coletivos”
A Polícia Militar de São Paulo deu início nesta quinta-feira (3) à operação “Impacto – Proteção a Coletivos”, uma força-tarefa que pretende conter os ataques a ônibus registrados na capital, na Grande São Paulo e no litoral do estado. As ações seguem até 31 de julho e contam com o apoio da Polícia Civil e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Mais de 7.800 policiais e 3.600 viaturas estão mobilizados, com reforço em terminais, corredores e garagens de ônibus.
A operação também realiza bloqueios viários e patrulhamentos em áreas consideradas de risco. A Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) participa com 673 motos, que partiram nesta tarde do Anhembi em direção a 12 pontos estratégicos da capital. O objetivo é ampliar a segurança de passageiros e trabalhadores do transporte coletivo, diante de uma onda de depredações que já soma mais de 235 casos desde junho (acima de 400 no total), segundo a SPTrans. A maioria dos ataques foi feita com o arremesso de pedras, especialmente na zona sul da cidade. Só nesta quarta-feira (2), 35 ônibus foram danificados.
A Polícia Civil conduz a investigação e trabalha com a hipótese de que os atos tenham relação com desafios virtuais promovidos pela internet. Segundo o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, ainda não há evidências de que os crimes tenham ligação com facções criminosas. “Os ataques não seguem um padrão definido nem têm reivindicações claras. A princípio, afastamos o envolvimento de organizações como o PCC”, afirmou. Adolescentes estariam entre os autores dos ataques, segundo relatos de empresas à polícia. Duas pessoas foram presas até o momento — uma em flagrante, após danificar seis veículos em Diadema, e outra em crise psicológica, sem aparente relação com os demais casos.
Até agora, 60% das ocorrências se concentram na zona sul da capital, com destaque para bairros como Capão Redondo e Campo Belo. O Deic, em conjunto com a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber), monitora redes sociais e mantém contato direto com empresas de ônibus para cruzar informações e avançar nas investigações. A população pode colaborar com denúncias por meio do Disque-Denúncia, pelo telefone 181. As autoridades reforçam que as forças de segurança seguirão atuando de forma integrada para identificar os responsáveis e interromper os ataques.
Publicada por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Nenhum comentário:
Postar um comentário