Adolescente autor do atentado que matou professora em escola estadual de SP, em março, teria sofrido um acidente na Fundação Casa
São Paulo – A Justiça de São Paulo realiza na tarde desta quinta-feira (27/4) a primeira audiência sobre um acidente que teria ocorrido na Fundação Casa com o estudante de 13 anos que matou uma professora esfaqueada em uma escola estadual da capital paulista, há exatamente um mês.
Em 27 de março, o menor invadiu a Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, e desferiu mais de 10 facadas na professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Quatro pessoas ficaram feridas. Ele era aluno do colégio, foi apreendido pela polícia no local e internado na Fundação Casa.
Dois dias depois, em 29 de março, o menor apareceu com um corte no supercílio e relatou que havia caído da cama. Em apuração interna conduzida pela Corregedoria Geral da Fundação Casa, o adolescente confirmou a versão, e o caso foi arquivado.
1/20Agora, o caso será analisado pelo Departamento de Execuções da Vara Especial da Infância e Juventude. Participam da audiência desta quinta-feira o adolescente infrator, os pais dele, a advogada de defesa e o juiz corregedor da Fundação Casa.
“Muito arrependido”
Em entrevista concedida ao Metrópoles em 8 de abril, a advogada da família, Rafaela Dantas, afirmou que o adolescente está muito arrependido do atentado, e os pais dele estão “sofrendo muito”.
“Lá dentro é complicado, é complexo. Ele está, querendo ou não, muito arrependido de tudo aquilo que está acontecendo na vida dele. É uma criança, né, que está vivendo ali em um mundo que ele até então desconhecia”, afirmou.
Na ocasião, a advogada disse ter conversado com o menor sobre o acidente. Rafaela afirma que o adolescente não deu detalhes sobre o ocorrido e pode não ter “passado a realidade” dos fatos.
“Ele não chegou a falar comigo sobre isso. O que acontece ali dentro? Como ele é uma criança, um adolescente, a gente sente que ele está muito amedrontado com isso tudo. Então, às vezes ele pode se reservar e acabar não passando a realidade para a gente. Por isso, eu aguardo o laudo do corpo de delito para a gente poder verificar com exatidão o que aconteceu