segunda-feira, 22 de julho de 2024

Presidente da Fundação CASA visita centros socioeducativos da Grande São Paulo, Itapetininga e Sorocaba

 


Visitas reforçam o compromisso de estreitar o relacionamento com servidores e jovens atendidos, com agenda programada para alcançar todas as regiões do estado nos próximos meses

A presidente da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), Claudia Carletto, realizou visitas nas unidades da Instituição localizadas na Grande São Paulo, Itapetininga e Sorocaba nesta quarta (17) e quinta-feira (18). O objetivo das visitas é estreitar o relacionamento com os servidores e jovens atendidos, visando aprimorar ainda mais o atendimento.

Na quarta-feira, Carletto visitou os CASAs Mauá, Santo André II, São Bernardo I e Diadema. Já na quinta-feira, esteve nos CASAs Esperança, Sorocaba I, Sorocaba II, Sorocaba III e Sorocaba IV. Nas visitas, a presidente foi acompanhada pela diretora de Gestão e Articulação (DGAR) da FCASA, Ivanete Gonçalves; o assessor da DGAR, Fernando Garcia; o diretor da Divisão Regional do Litoral (DRL), Osmar Pereira Barreto, responsável pelas unidades do ABC; o diretor da Divisão Regional Sudoeste (DRS), Oswaldo Junior, que integra os centros de Itapetininga e Sorocaba; além das equipes dos CASAs, incluindo diretores, chefes de seção, coordenadores, entre outros.

Em cada centro, as equipes apresentaram seus funcionários e jovens atendidos, mostraram as instalações, detalharam as atividades socioeducativas desenvolvidas, incluindo oficinas, programas de reintegração social, atividades esportivas e culturais. Além disso, foram apresentadas as programações diárias de atividades e aulas, projetos futuros e sugestões de melhoria. As visitas também permitiram que a presidente ouvisse diretamente os relatos e feedbacks dos jovens e servidores, reforçando o compromisso da Instituição com a transparência e a evolução contínua dos serviços prestados.

“Essas visitas são fundamentais para que possamos entender de perto as necessidades e desafios enfrentados por nossos servidores e pelos jovens atendidos. Só assim podemos promover um atendimento cada vez mais humanizado e eficiente, alinhado com a realidade de cada unidade da Fundação CASA”, alega a presidente Claudia Carletto.

Jornada do conhecimento nos centros
A presidente iniciou sua jornada do conhecimento nos centros da Fundação CASA em maio, quando assumiu a presidência da Instituição, visitando as unidades Osasco I e II, Rio Tocantins, Rio Turiassú, da Divisão Regional da Capital (DRCAP).

Em junho, foram visitados o CASA Marília, da Divisão Regional Oeste (DRO), e o CASA Três Rios, em Iaras, da Divisão Regional Sudoeste (DRS).

Na segunda quinzena de julho, a presidente visitou os CASAs Mauá, Santo André II, São Bernardo I e Diadema, da Divisão Regional do Litoral (DRL), e os CASAs Sorocaba I, II, III e IV, também da DRS.

No final de julho, a jornada chegará aos centros socioeducativos de Bauru, Botucatu e Cerqueira César, também da DRS.

Nos próximos meses, outras regiões serão visitadas, dando continuidade ao compromisso de Claudia Carletto com a melhoria contínua do atendimento socioeducativo da Fundação CASA.

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domingo, 21 de julho de 2024

Justiça afasta conselheiro tutelar acusado de tentar manter contato íntimo com adolescente

 

Fato foi denunciado pela mãe da vítima. Segundo o MPCE, a família vinha se sentindo acuada e constrangida após o fato se tornar público

17:38 | JUL. 20, 2024

  
Foto de apoio ilustrativo. Conselheiro tutelar estava tentando contato íntimo com adolescente, segundo MPCE (foto: Reprodução/TJCE)

Acatando um pedido do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), a 2ª Vara Cível da Comarca de Baturité determinou o afastamento imediato de conselheiro tutelar acusado de tentar manter contato íntimo com um adolescente, segundo ação civil.

A liminar foi expedida na última quarta-feira, 17. O fato foi denunciado pela mãe da vítima. A ação destacou que a conduta do agente não corresponde ao cargo.

Além dele violar os direitos fundamentais do adolescente, o MPCE argumenta que a família vinha se sentindo acuada e constrangida após o fato se tornar público.

Na decisão liminar, a 2ª Vara Cível explica ainda que o afastamento tem como objetivo evitar o contato direto entre o conselheiro e outros adolescentes, que poderiam se tornar novas vítimas.

Sistema Socioeducativo em luto


 

Lamentamos o falecimento do servidor Alexandre Rodrigues 

Diretor do CASA U.I Ribeirão Preto 

Velório municipal de jardinópolis

as 13:30 horas

Sepultamento as 16:30 horas


Dez unidades do Degase são escaneadas para prevenir e investigar casos de violência cometidos contra jovens internos

 


Tecnologia revela existência de pontos cegos, onde é necessária a instalação de câmeras de segurança. Mapeamento em 360 graus permite a reconstituição de crimes cometidos dentro das unidades.

Por Marcelo Gomes, GloboNews

 


degase, educandário santo expedito, jaime gold — Foto: Tribunal de Justiça/Divulgação
degase, educandário santo expedito, jaime gold — Foto: Tribunal de Justiça/Divulgação

Nove unidades do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) já foram escaneadas pelo Ministério Público do Rio. O objetivo do projeto, inédito no país, é prevenir novas ocorrências e investigar casos de violência contra jovens internos dentro dos centros socioeducativos. Nesta quarta-feira, o MPRJ e o Degase assinaram um acordo de cooperação técnica para garantir a integridade física dos adolescentes internos nas unidades socioeducativas.

A Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia do MPRJ está realizando o escaneamento da 10ª unidade, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Estado. Já foram escaneadas todas as nove unidades localizadas na Capital, Volta Redonda, Belford Roxo e Campos dos Goytacazes.

Com a tecnologia, é possível recriar em detalhes qualquer ambiente dessas unidades em planta tridimensional, com mapeamento em 360 graus. Isso permite a reconstituição de cenas de crimes ou acidentes nessas unidades. O escaneamento também revela existência de pontos cegos, onde é necessária a instalação de câmeras de segurança para prevenir casos de maus-tratos, tortura e estupro contra os adolescentes internos.

"O escaneamento é uma ferramenta tecnológica que possibilita apresentar ao gestor um levantamento de todos os pontos cegos ainda existentes nas unidades e a indicação de locais para instalação de novas câmeras, sempre na busca pela melhoria do sistema de monitoramento do Degase e, especialmente, no combate à violência institucional", afirmou em entrevista ao g1 o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

Além do escaneamento das unidades socioeducativas, o acordo entre o MPRJ e o Degase prevê uma série de providências. Entre as que deverão ser adotadas pelo Degase, estão a proibição de todas as medidas disciplinares que resultem em tratamento cruel, desumano ou degradante, e a capacitação dos servidores em atuação nas unidades em até três meses.

Já ao MPRJ caberá comunicar à Corregedoria do Degase denúncias recebidas pela Ouvidoria sobre episódios de violência nas unidades socioeducativas, promover palestras de conscientização dos agentes de segurança e demais trabalhadores em atendimento socioeducativo sobre a prevenção e combate à violência, além de fornecer ao Degase os resultados obtidos com os escaneamentos dos centros socioeducativos.

Estão voltando as rebeliões e fugas no Sistema Prisional

 

Depois de sete fugas, SAP manda esvaziar ‘cadeia de papel’ do Butantã

Ao saber da transferência, presos fizeram motim na noite de quinta: unidade tem deficit de 39% e graves problemas estruturais e de segurança

  • Data: 19/07/2024 18:07
  • Alterado: 19/07/2024 18:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: SIFUSPESP
cpp-butanta

CPP Butantã enfrenta problemas estruturais, de segurança e deficit funcional

Crédito:Reprodução/Google Street View

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Segundo informações apuradas pelo Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) iniciou a desocupação do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do Butantã nesta sexta-feira (19/7) para evitar novas fugas. Em 48 horas, sete presos fugiram da unidade, que comporta 1.600 detentos. Os episódios decorrem de fragilidades na segurança e estrutura da unidade, do deficit de 39% de servidores e da superlotação. 

Na noite de quinta (18/7), o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) foi destacado para o local para dar apoio ao processo de transferência. A segurança foi reforçada, mas, ainda assim, os detentos fizeram um motim ao descobrir os planos de transferência. Segundo informações extraoficiais, dois presos teriam ficado feridos durante o motim.

No sábado (13/07), dois presos conseguiram fugir após renderem os agentes penitenciários. Na madrugada de segunda-feira (15/07), outros cinco detentos escaparam. Apesar da superlotação, da falta de servidores e de a unidade ser conhecida no sistema prisional como “cadeia de papel”, a SAP chegou a informar que as fugas ocorreram por causa de falha de procedimento. A secretaria, no entanto, não revelou qual seria o erro e, depois de uma vistoria do chefe da Pasta, determinou a desocupação da unidade. 

Segundo informações extraoficiais apuradas pelo SIFUSPESP, serão transferidos 200 presos por dia. Parte deles será levada para o CPP de Franco da Rocha, que tem capacidade para comportar 1.738 detentos, mas atualmente abriga 548 e deveria ser esvaziado para passar por reforma.

Falhas graves

Segundo apuração do Sindicato, na quarta-feira (17/7), o comando da SAP esteve no Butantã e teria constatado muitas falhas estruturais na reforma recente, como grades chumbadas com apenas 1 cm de profundidade. Na avaliação do sindicato, essas deficiências estruturais, somadas à falta de profissionais, foram determinantes para as recentes fugas e destacam a necessidade urgente de melhorias na segurança da unidade.

Defasagem e superlotação

Segundo dados do Diário Oficial, dos 152 servidores necessários para o bom funcionamento do CPP, apenas 92 estão lotados na unidade. Sem contar os servidores de férias, folga e afastados por motivos de saúde, a defasagem chega a 39,4%, acima da média estadual de 33,3%. Ao mesmo tempo, a unidade tem uma superlotação de 14%. A capacidade máxima é de 1.412 detentos, mas, no dia 15 de julho, abrigava 1.616 presos. O excesso de presos não só dificulta a gestão interna, como também aumenta as chances de incidentes e fugas, uma vez que complica a já deficiente vigilância.

Má fama antiga

Quando abrigava apenas mulheres, o CPP do Butatã já era considerado frágil, por causa da sua estrutura e localização. A mudança para unidade masculina veio após uma reforma inadequada, que não instalou câmeras de segurança, nem reforço nos alambrados e ainda teve grades mal fixadas na alvenaria. Além disso, tem um layout inadequado, conta com apenas três torres de vigilância guarnecidas por policiais penais desarmados em uma área cercada de mata.

Denúncias recebidas pelo SIFUSPESP dão conta de que o arremesso de ilícitos por meio de drones e a presença dos “ninjas do PCC” (criminosos especializados em arremessar ilícitos para dentro das unidades) são comuns no perímetro externo do CPP.