Menino de 14 anos está na unidade de Araraquara, SP, desde quarta-feira (29), segundo delegada. Polícia ainda investiga como ele adquiriu os explosivos.
Por g1 Ribeirão Preto e Franca
O adolescente de 14 anos que foi flagrado jogando uma bomba dentro de uma casa em Barretos (SP) e matar a menina Aylla Manuella Ribeiro da Piedade, de 4 anos, foi encaminhado à Fundação Casa de Araraquara (SP) na tarde de quarta-feira (29), segundo a delegada Juliana Paiva, responsável pelo caso.
O menino foi apreendido na terça-feira (28) em Jaú (SP). Ele estava na casa de familiares e se apresentou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú (SP). Em depoimento, o adolescente falou que brincava de jogar bomba em terreno baldio e não queria acertar a residência de Aylla.
"O adolescente foi transferido para a Fundação Casa ontem (29) e agora o procedimento gira em torno do âmbito do Ministério Público e do Judiciário. A Polícia Civil já concluiu as investigações [desse crime]", disse a delegada.
Ainda segundo a delegada, o menino, que não tem passagens policiais, ficará internado provisoriamente por pelo menos 45 dias, conforme mandado expedido pela Justiça. Ele vai responder por ato infracional análogo a homicídio.
Agora, a polícia apura qual o tipo de explosivo arremessado por ele e quer saber como o menino comprou a bomba mesmo sendo menor de idade, o que é proibido.
Ferimento no pescoço e na nuca
Aylla morreu na madrugada de domingo (26), horas depois de ser atingida por um explosivo que caiu dentro do quarto em que dormia, na residência da família, na Vila Gomes, no sábado (25). O corpo dela foi velado na segunda-feira (27) e levado a Primavera (PA), onde foi sepultado.
Imagens de uma câmera de segurança (veja abaixo) mostram o jovem arremessando o explosivo em direção à casa da família, momentos antes da menina ser socorrida pelos pais e levada para a Santa Casa da cidade, onde chegou a ser internada, mas não resistiu. Segundo a polícia, a bomba atingiu a nuca e o peito da menina.
Vídeo mostra adolescente jogando objeto em casa onde criança foi atingida por bomba
Em depoimento à polícia, vizinhos e familiares de Aylla disseram que pediram para o grupo que o adolescente fazia parte parar de jogar bombas nas ruas. No entanto, as solicitações foram ignoradas pelos meninos, que continuaram a brincadeira até o momento do acidente.
De acordo com testemunhas, desde sexta-feira (24) os garotos estavam brincando com os explosivos.
Após ser identificado, o adolescente se escondeu com medo de represálias e foi para a casa de familiares em Jaú, onde foi encontrado pela polícia. Após a bomba atingir a menina, a residência dele em Barretos foi invadida e incendiada por um grupo de 30 pessoas.
A Polícia Civil investiga se o ataque foi motivado por vingança.
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