quarta-feira, 3 de julho de 2019

Relator tira menção a servidor municipal e estadual da reforma da previdência

Por Fernanda Calgaro, Gustavo Garcia e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — Brasília
 

O relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), entregou na noite desta quarta-feira (3) uma terceira versão do seu parecer com pequenos ajustes em alguns pontos do texto para atender a uma demanda de partidos e, assim, tentar um acordo para a votação da matéria.
As mudanças, que não alteram significativamente o conteúdo, foram negociadas nesta quarta entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; e líderes partidários.
O principal ponto negociado, uma regra de transição mais branda para agentes de segurança pública, não foi aceito pelas categorias e ficou de fora do novo parecer (leia mais abaixo sobre o assunto).
Antes da votação do parecer, porém, os parlamentares ainda terão de votar requerimentos que pedem o adiamento da análise.
Parlamentares da oposição decidiram recorrer a manobras prevista no regimento para obstruir a votação. Eles alegam que não houve um “tempo mínimo” para a leitura da nova versão do texto e, portanto, pedem mais tempo para analisar o parecer antes de votarem o texto.
A expectativa do presidente da Câmara é votar o parecer na comissão especial até esta quinta-feira (4).

Estados e municípios

Segundo o presidente da comissão, Marcelo Ramos (PL-AM), uma das principais mudanças exigidas por parlamentares era a retirada do texto de menções a servidores estaduais e municipais.
De outro lado, houve uma articulação intensa, capitaneada por Maia, para que as mudanças nas regras de aposentadoria previstas na reforma da Previdência já valessem também para estados e municípios. Ele chegou a promover uma reunião na última terça-feira (2) entre governadores e líderes partidários, mas a negociação não avançou.
A reforma da Previdência é considerada polêmica por endurecer critérios para a concessão de aposentadoria tanto de funcionários públicos federais quanto de trabalhadores da iniciativa privada.
Por essa razão, deputados críticos à inclusão de estados e municípios não querem arcar sozinhos com o desgaste político diante de seus eleitores e exigem que os governadores defendam publicamente a reforma.
Moreira entregou o seu primeiro parecer no dia 13 de junho, cujo teor foi debatido pelos parlamentares ao longo de quatro reuniões, que somaram mais de 30 horas.
A votação, no entanto, acabou adiada à espera de um acordo sobre os servidores estaduais e municipais.

Contribuição extraordinária

Uma das modificações feitas por Samuel Moreira na terceira versão do parecer diz respeito à possibilidade da cobrança de contribuições extraordinárias de servidores da ativa, aposentados e pensionistas dos estados e municípios.
Na nova versão, o tucano deixou apenas a possibilidade de cobrança dessa contribuição extraordinária para servidores da União, excluindo as menções a estados e municípios. Esse era um dos principais entraves ao avanço da proposta na Câmara.

Segurança pública

Segundo o presidente da Câmara, não houve acordo para a mudança nas regras para as categorias da segurança pública que estão na proposta - policiais federais, rodoviários federais e ferroviários federais.
Estas categorias querem a mudança em suas regras de aposentadoria previstas inicialmente no texto do relator. Querem se equiparar, em parte, à regras previstas para os militares das Forças Armadas, estabelecidas em um projeto de lei separado, enviado pelo governo, que também tramita na Câmara.
A proposta apresentada pelo governo nesta quarta aos agentes de segurança foi a mudança da idade mínima: 53 anos (homens) e 52 anos (mulheres), além de um pedágio (regra de transição) de 100%. As categorias não aceitaram a proposta e, por isso, não houve acordo.
Com isso, foi mantido no relatório a previsão de idade mínima de aposentadoria de 55 anos para homens e mulheres dessas categorias, mesmo com o presidente Jair Bolsonaro tendo se empenhado pessoalmente para atender às demandas dos agentes de segurança.

Outras mudanças

No novo parecer, Moreira decidiu restringir o alcance da nova alíquota da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) aos bancos. No texto anterior, o relator mencionava instituições financeiras, ressalvando a bolsa de valores. Agora, com a menção a bancos, ficam de fora dessa alíquota, por exemplo, corretoras de câmbio e sociedades de crédito.
"No tocante às alíquotas de CSLL alteradas pelo art. 33 do substitutivo anterior, concordamos com os argumentos de que a alteração era excessivamente ampla ao visar instituições que não possuem as mesmas características dos bancos. A capacidade contributiva deste tipo de instituição financeira é maior que a das demais, razão pela qual decidimos por restringir o alcance da nova alíquota", diz na nova versão do parecer.
O relator também desistiu de promover, na PEC, alterações na competência da Justiça Federal no que diz respeito à análise de causas sobre acidentes de trabalho. Segundo ele, a mudança veio após ter enfrentado "muita controvérsia" com relação ao tema.
"Enfrentamos muita controvérsia em relação à oportunidade e à conveniência da medida, razão pela qual decidimos preservar o texto atual do art. 109 da Constituição Federal em sua integralidade", afirma Moreira.
A última mudança foi feita no trecho que trata do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de se sustentar, e nem de ter auxílio da família.
Pela nova versão, fica incluída na Constituição o critério de miserabilidade – já previsto em lei – de 25% do salário mínimo de renda familiar per capita para que se tenha acesso ao programa.
"Fica ressalvado, no entanto, que poderão ser adotados critérios de vulnerabilidade social, nos termos da lei", ressalta Moreira no relatório

A Evolução da Segurança Privada


O Mercado e a realidade do Setor – parte 1.
Muito tenho escrito sobre a valorização e o aprimoramento dos profissionais da segurança privada no Brasil, incentivando e demonstrando que a evolução constante e periódica do profissional não é só um beneficio ao individuo no que se refere a carreira, mas também uma   necessidade para a empresa.
Do ponto de vista do profissional, a evolução da carreira pode propiciar melhorias reais no tocante a cargos e salários, levando o profissional a uma melhoria não só na área, mas também na vida pessoal. Do ponto de vista das empresas, mão de obra em constante evolução, propicia um ganho real na qualidade, técnica e desenvoltura ética e interpessoal do profissional e consequentemente da empresa na execução dos contratos.
Sabendo que a evolução deve ser uma constante, fica a pergunta: Como aprimorar em tempos de corte de custos, diminuição de pessoal, perda de contratos e diante de uma cultura onde aprimorar gera custos e não benefícios?
Por mais simples que a resposta possa parecer: “vamos esperar melhorar e dai vemos no que dá”, e outras do tipo. Existe uma parcela pequena de empresas e profissionais que não enxergam assim. A pergunta que se deve fazer é como num mercado em expansão constante mediante a necessidade constante de segurança para a população, empresas e afins, existam empresas que estão cortando pessoal e ate fechando, o que está errado?
É sabido que o contratante; seja ele quem for, procura infelizmente preço e depois qualidade, ou procura o preço e exige qualidade porem não remunera o contrato de acordo com a exigência e às vezes ate com a necessidade do mesmo. Diante disto abre-se um sub-mercado de empresas de temporada e muitas fora dos parâmetros legais e ate na informalidade.
A evolução custa caro e não deve ser vista como um custo a mais e sim como uma ferramenta de evolução. O mercado deve olhar para segurança privada não como um custo e sim como uma forma de evitar custos. Mas como realizar este milagre em tempos de crise?
O profissional da segurança na forma atual faz sua evolução mínima durante as reciclagens obrigatórias que pouco agregam ao já comum e pouco valorizado currículo do mesmo, muitas vezes este tendo que arcar com os custos destes treinamentos na forma de desconto de dias parados quando não pela própria reciclagem e pelos dias parados. Informação este coletada de profissionais a área. O que não me surpreenderia se fosse comprovada a realidade dos fatos em algum contrato ou empresa.
As empresas; salvo raríssimas exceções, não proporcionam cursos ou apoio aos mesmos para seus profissionais, mesmo que um grupos seletos deles. E quando o fazem fornecem a própria reciclagem aos profissionais e usa este obrigatoriedade como um investimento constante na qualidade quando na realidade esta meramente atendendo as regras legais sem prejuízos aos seus quadros e horários que por muitas vezes a tal melhoria e fornecida com a condição de ser realizada em horário de folga e banco de horas.
Mas existe um porque nestas atitudes das empresas, contenção de custos e controle de perdas. O grande numero e tipos de empresas levam muitas a controlar o RH e o operacional de forma incorreta. pois disputar mercado com empresas que não tem custos similares é o que chamamos de concorrência desleal, empresas de segmentos diversos e diferentes ao da segurança por vezes disposnibilizam a outras empresas e condomínios, segurança patrimonial agregada aos seus contratos, visando unificar e baratear os custos para si mesma e ao contratante deixando sua proposta por vezes mais vantajosa e atrativa ao cliente que em contra partida enxerga nesta manobra uma forma de economia.
Os riscos e irregularidades destas formas de economia vão ser observada e cobrada quando de um fato atípico que surja no decorrer deste contrato e que venha a expor ambas as partes e deixar o elemento humano da equação totalmente a mercê da sorte e da bondade dos marginais. Após o fato quem paga o custo real da economia gerada?
Por meio desta visão é lógico e claro como água que o custo inicial de uma boa estrutura operacional, treinada, capacitada e motivada, faria a total diferença para ambas a partes. Pois é como um seguro de vida, contratamos para nunca precisar usar, estamos certos que estamos respaldados e a nossos entes queridos que existe um apoio real e não uma falsa sensação de segurança que cai por terra ao menor tremor de perigo.
O que tudo isto tem a ver com segurança e evolução? Tudo. Como obrigar o mercado a ser mais correto e se adequar a legalidade? Fiscalizando, denunciando aos órgãos competentes, obrigando as empresas a enxergar que segurança não é custo e sim investimento.
Coluna – Segurança em Foco.
Fiquem bem e seguros, Sou Alexandre Martins e nos falamos em breve.
SP, 03/07/2019 – 15:50hs
Fontes:
Fotos – Internet

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