quarta-feira, 5 de abril de 2017

Supremo Tribunal Federal proíbe greves para todas as carreiras policiais


Supremo Tribunal Federal proíbe greves para todas as carreiras policiais

Ao julgarem direito de greve para policiais civis, ministros declararam inconstitucionais paralisações de todos servidores de órgãos de segurança. Caso terá repercussão geral no Judiciário


Por 7 votos a 3, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) declararam nesta quarta-feira (5) inconstitucional o direito de greve de servidores públicos de órgãos de segurança e decidiram proibir qualquer forma de paralisação nas carreiras policiais.
Embora tenha proibido as greves nas polícias, a Suprema Corte também decidiu, por maioria, que o poder público terá, a partir de agora, a obrigação de participar de mediações criadas por entidades que representam servidores das carreiras de segurança pública para negociar interesses da categoria.
A decisão do STF terá a chamada repercussão geral, ou seja, deverá ser seguida por todas as instâncias da Justiça.
A inconstitucionalidade das greves de policiais foi declarada no julgamento de um recurso apresentado pelo governo de Goiás contra uma decisão do Tribunal de Justiça do estado que havia considerado legal uma paralisação feita, em 2012, por policiais civis goianos.
No processo, diversas entidades se manifestaram contra a possibilidade de greve por agentes de segurança, com base no artigo 142 da Constituição, que proíbe sindicalização e greve de integrantes das Forças Armadas.
Desde 2009, diversas decisões de ministros do STF consideraram ilegais as greves de policiais militares, civis e federais, sob o argumento de que representam risco para a segurança pública e para a manutenção da ordem.
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, defendeu no julgamento desta quarta-feira o recurso que pedia a inconstitucionalidade das greves de policiais civis.
“A paralisação de policiais civis atinge na essência a própria razão de ser do Estado, que é assegurar efetivamente à população a segurança. E mais, segurança essa que a Constituição Federal preserva e insere como valor mais elevado”, defendeu na tribuna do STF a chefe da Advocacia-Geral da União.
Representante do Ministério Público na sessão, o vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, também se manifestou contra as paralisações de policiais civis.
"Não é cabível, compatível algum tipo de paralisação nessa atividade, como também não é admissível paralisação nos serviços do Judiciário, do Ministério Público. Algumas atividades do Estado não podem parar de forma alguma. E a atividade policial é uma delas", ponderou Bonifácio de Andrada.
No julgamento desta quarta-feira, votaram para proibir as greves de policiais os ministros Alexandre de Moraes, Luis Roberto Barroso, Luiz Fux, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
Por outro lado, o relator do caso, ministro Edson Fachin, e os ministros Rosa Weber e Marco Aurélio Mello se manifestaram pela constitucionalidade das paralisações de policiais, desde que fossem impostos limites às greves. O ministro Celso de Mello não participou do julgamento.

Votos dos ministros

Relator do recurso, o ministro Edson Fachin foi o primeiro magistrado a se manifestar no julgamento desta quarta. Ressaltando que o direito de greve estava diretamente relacionado à “liberdade de reunião e de expressão” prevista na Constituição, ele se posicionou favorável à legalidade dos movimentos grevistas de policiais civis, mas sugeriu que o tribunal determinasse limites às paralisações.
Entre as regras defendidas por Fachin para que os policiais tivessem assegurado o direito à greve estavam a prévia comunicação do movimento ao Judiciário, a definição de um percentual mínimo de servidores que deveriam ser mantidos em suas funções e o corte de ponto, desde que a motivação da greve não fosse o atraso no pagamento dos vencimentos.
“Com o devida vênia do entendimento esboçado nesses precedentes, em meu modo de ver, a solução para o presente caso pode e deve ser diversa. Embora a restrição do direito de greve a policiais civis possa ser medida necessária adequada à proteção do devido interesse público, na garantia da segurança pública, a proibição completa do exercício do direito de greve acaba por inviabilizar o gozo de um direito fundamental”, defendeu o relator.
Ao votar na sequência de Fachin, o ministro Alexandre de Moraes - que já atuou como ministro da Justiça e secretário de Segurança Pública de São Paulo - discordou da recomendação do relator pela legalidade dos movimentos de policiais civis e abriu uma divergência.
O mais novo magistrado do Supremo defendeu que o tribunal declarasse a inconstitucionalidade de todas as paralisações de servidores públicos de órgãos de segurança, conforme está previsto no artigo 144 da Constituição.
A carta constitucional classifica como integrantes dessas carreiras, além dos policiais civis e militares, os policiais federais, policiais rodoviários federais e bombeiros militares.
Em meio a sua fala, Moraes comparou um Estado em que a polícia está em greve a um Estado anárquico.
“Não é possível que braço armado do Estado queira fazer greve. Ninguém obriga alguém a entrar no serviço público. Ninguém obriga a ficar”, ressaltou o ministro.
“É o braço armado do Estado. E o Estado não faz greve. O Estado em greve é um Estado anárquico. A Constituição não permite”, complementou Moraes.

'Homem lobo do homem'

Luis Roberto Barroso foi o primeiro ministro a acompanhar a divergência aberta por Alexandre de Moraes. Ao votar, Barroso afirmou aos colegas do tribunal que seu voto a favor da proibição das greves de policiais foi influenciado pela recente paralisação de PMs no Espírito Santo.
Em fevereiro, o estado ficou sem policiais militares nas ruas por sete dias por causa do protesto de familiares na porta dos quartéis. Nas ocupações, as mulheres dos policiais alegavam que eram elas que estavam no comando da paralisação. Para as autoridades, entretanto, essa era uma tentativa de encobrir o que, supostamente, seria um motim dos PMs.
Durante a paralisação dos policiais capixabas, aumentaram os índices de mortes violentas no estado e houve dias em que o comércio deixou de funcionar com medo da insegurança.
Também em fevereiro, parentes de policiais militares no Rio de Janeiro iniciaram um movimento como o do Espírito Santo. A Polícia Civil e os bombeiros do estado também fizeram paralisações no período.
Segundo Barroso, esses recentes episódios demonstram que não é possível garantir um “caráter absoluto” do direito de greve para policiais. Ele, então, afirmou que acompanharia o voto de Moraes, que proibia irrestritamente as paralisações de servidores diretamente ligados à segurança pública, mas sugeriu que o poder público passasse a ser obrigado a participar de eventuais negociações com representantes da categoria policial.
“Nós testemunhamos os fatos ocorridos no Espírito Santo, em que, em última análise, para forçar uma negociação com o governador, se produziu um quadro hobbesiano, estado da natureza, com homicídios, saques. O homem lobo do homem. Vida breve, curta e violenta para quem estava passando pelo caminho”, enfatizou.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Psicólog@s da Fundação CASA se reúnem no SinPsi para definir enfrentamento de problemas com a instituição

Psicólog@s da Fundação CASA se reúnem no SinPsi para definir enfrentamento de problemas com a instituição

0

Escrito por SinPsi



Na manhã do último sábado, 1/4, psicólog@s da Fundação CASA se reuniram na sede do SinPsi, com o propósito de pedir apoio do sindicato para intervir na situação do trabalho cotidiano nos Centros de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em cumprimento de medida de internação.

O grupo vem, reiteradamente, solicitando atenção às normativas que regem psicólogos e psicólogas na atuação IntraMuros, através do Caderno de Diretrizes do Psicólogo na Fundação CASA (instrumental interno da instituição). No entanto, psicólog@s relatam que não existe empenho da instituição em melhorar as condições de trabalho para a implementação e execução das diretrizes do caderno. No atendimento psicológico semanal aos adolescentes, os transtornos aparecem na ausência de salas adequadas de atendimento, fazendo com que muitas vezes os adolescentes sejam atendidos em refeitórios ou em “cantos improvisados”, como salas de revista, por exemplo, o que prejudica a garantia do sigilo ao atendido.

Outra situação apontada pel@s psicólog@s da Fundação CASA é que, com a nova metodologia tecnológica, a elaboração de relatórios e de outras notificações fica prejudicada pela falta de computadores para a realização da tarefa.

Segundo as psicólogas Maria Helena Machado e Ângela Aparecida dos Santos, dirigentes sindicais, as demandas não são novidades na instituição, com exceção de um indicativo:

“Existe uma perversa novidade, a de ataques aos trabalhadores cuja forma de transferência é conhecida como 'empréstimo'. Como a Fundação CASA normatizou a transferência de servidores, alguns gestores estão fazendo ‘empréstimo compulsório’ de psicólog@s para outros centros, considerados desafetos da gestão”, explicou Maria Helena, pontuando que, apesar da mudança de horários de psicólogos e psicólogas ser normatizada pela Portaria 227/2012, a categoria tem sofrido mudança compulsória de horário de trabalho como forma de sanção a algum questionamento considerado indesejado. “Tanto esse ‘empréstimo compulsório’ como a mudança de horários, sem prévio diálogo com @s psicólog@s, tem trazido transtornos infindáveis à categoria, pois, sem condições de negar uma determinação da chefia imediata, @s colegas têm a vida familiar e social transformada e desorganizada de um dia para o outro”, disse a dirigente sindical.

Outra situação apontada na reunião foi a falta de conhecimento da gestão em relação à prática da Psicologia, a ponto de gestores (as) quererem determinar qual a técnica que o psicólogo ou a psicóloga terá de adotar em suas intervenções, quer seja no atendimento individual ou em grupo.

Neste sentido, Maria Helena acrescenta que, por vezes, o poder judiciário determina a inserção de adolescentes em psicoterapia individual, como se a psicoterapia fosse ferramenta de prevenção compulsória, outra interpretação inadequada feita pelos operadores do Direito.

Outras demandas apresentadas na reunião deverão ser encaminhadas ao Conselho Regional de Psicologia (CRP) e ao Sistema de Garantia de Direitos, pois é necessário que outros espaços de articulação sejam ocupados pela categoria, a fim de avanços da Psicologia na Fundação CASA.

As dirigentes sindicais finalizaram a reunião agradecendo a confiança dos presentes na entidade sindical, avaliando que a atitude corajosa dest@s psicólog@s presentes só qualifica a Psicologia como ciência e profissão.

“O SinPsi, junto ao sindicato majoritário da categoria, o Sitraemfa/SITSESP, entregará um ofício à instituição, por meio da presidente Berenice Maria Giannella. Vamos tentar abrir para comunicação e diálogo e, assim, solucionar as demandas aqui apresentadas”, apontou a dirigente Ângela Aparecida dos Santos.

Alckmin sanciona lei que mantém cargos de confiança na Assembleia

Alckmin sanciona lei que mantém cargos de confiança na Assembleia


GABRIELA SÁ PESSOA
DE SÃO PAULO

03/04/2017 10h21

Fabio Braga/FolhapressFachada da Assembleia Legislativa de São Paulo

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou na sexta-feira (31) a lei que altera a denominação para "especiais" de servidores comissionados na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Proposto pela antiga Mesa Diretora da Casa, o texto é uma tentativa de contornar a exoneração de 251 servidores em cargos de confiança que deveriam ser concursados, objeto de uma ação judicial.

Em resumo, extingue os cargos de assessores e assistentes técnicos e os transforma em secretários e assistentes "especiais". A nomenclatura confere a eles status e responsabilidades de coordenação. Na prática, limita-se a renomear cinco tipos de cargos, que ganharam atribuições genéricas, descritas com verbos como "coordenar" e "orientar".

A lei, como a Folha noticiou, dribla uma ação do Ministério Público de São Paulo, que considerou inconstitucional a livre nomeação de servidores para exercer funções técnicas na Casa —esses servidores em cargos de confiança frequentemente são apadrinhados políticos de deputados.

O número total de comissionados (2.927) é quase quatro vezes maior que o de efetivos (759) na Assembleia. Antes da sanção, o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, informou que analisaria o projeto dos deputados em juízo.

Em dezembro, o Ministério Público propôs uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ao Tribunal de Justiça sobre o caso, em que considerava inconstitucional a contratação sem concurso de assessores, assistentes e auxiliares técnicos.

O argumento: são cargos que não têm "atribuições de assessoramento, chefia e direção, pois desempenham funções técnicas" e deveriam ser preenchidos por efetivos, "por não exigirem para seu bom desempenho especial relação de confiança", escreveu Smanio na ação.

Mais de 120 concursos abertos reúnem 6,4 mil vagas no país



Mais de 120 concursos abertos reúnem 6,4 mil vagas no país

Salários chegam a R$ 24.818,90 no Ministério Público do Paraná. Cargos são em todos os níveis de escolaridade.

Concurso público atrai candidatos por causa da estabilidade (Foto: Reprodução/TV Liberal)Concurso público atrai candidatos por causa da estabilidade (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Concurso público atrai candidatos por causa da estabilidade (Foto: Reprodução/TV Liberal)
Pelo menos 122 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (3) e reúnem 6,4 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 24.818,90 no Ministério Público do Paraná.
Veja abaixo a lista de concursos abertos:
Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, Neos candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Entre os órgãos com inscrições abertas estão a Aeronáutica com concurso para 86 vagas de nível médio, a Marinha com concurso para 36 vagas de sargentos músicos, o Tribunal de Justiça de São Paulo com 206 vagas e salário de até R$ 6 mil, e a Polícia Militar do Piauí com 480 vagas e salário de até R$ 3,1 mil.
Nesta segunda-feira, 8 órgãos abrem inscrições para 939 vagas. Veja abaixo:
Conselho Federal de Odontologia
O Conselho Federal de Odontologia divulgou edital de concurso público para 340 vagas em cargos de níveis médio e superior, sendo 34 imediatas e 306 para formação de cadastro de reserva. As remunerações vão de R$ 2 mil a R$ 4,5 mil. As oportunidades são para o Distrito Federal. Os candidatos podem se inscrever pelo site www.quadrix.org.br no período de 3 de abril a 8 de maio. A prova será aplicada em 28 de maio para nível superior e em 4 de junho para nível médio (veja o edital no site da organizadora).
Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp)
A Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) vai abrir nove processos seletivos para um total de 9 vagas em cargos de nível superior. As oportunidades são para Tupã e Bauru, no estado de São Paulo. Os salários chegam a R$ 7.171,85. As inscrições podem ser feitas pelo site www.famesp.org.br entre os dias 3 e 17 de abril. A seleção será feita por meio de análise de currículos (veja os editais no site da Famesp).
Marinha
O Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) da Marinha abriu concurso para 36 vagas para admissão no Curso de Formação de Sargentos Músicos do Corpo de Fuzileiros Navais (C-FSG-MU-CFN) para 2017. Do total das oportunidades, 20% serão reservadas para negros. As inscrições poderão ser feitas de 3 a 28 de abril pelo site www.mar.mil.br/cgcfn, no link "Concursos" ou nos locais listados no edital. O exame de escolaridade será no dia 1º de julho. O início do curso está previsto para 15 de fevereiro de 2018 e o término para 1º de junho de 2018 (veja a matéria completa).
Polícia Militar do Piauí
A Polícia Militar do Piauí vai abrir concurso para 480 vagas no Curso de Formação de Soldados. O salário é de R$ 3.100. Os candidatos devem ter nível médio. Do total de vagas, 10% serão destinadas às candidatas do sexo feminino. As inscrições devem ser feitas de 3 a 17 de abril pelo site http://nucepe.uespi.br. A prova objetiva será aplicada em 21 de maio (veja a matéria completa).
Prefeitura de Ibirá (SP)
A Prefeitura de Ibirá (SP) divulgou edital de processo seletivo para cadastro de reserva em cargos de níveis médio e superior. Os salários vão de R$ 12,28 por hora/aula a R$ 1.909,50. As inscrições podem ser feitas de 3 a 7 de abril na sede da secretaria de educação, localizada na Avenida Adriano Pinho Maia, 509, das 9h às 15h. A prova está prevista para o dia 16 de abril (veja o edital no site da prefeitura).
Prefeitura de Ibitirama (ES)
A Prefeitura de Ibitirama (ES) fará processo seletivo para 60 vagas em cargos de níveis fundamental, médio e superior. As remunerações vão de R$ 937 a R$ 5.030,94. As inscrições devem ser feitas na secretaria de educação e cultura, localizada na Rua Anízio Ferreira Silva, s/nº. As contratações serão temporárias. A seleção terá validade de 1 ano e poderá ser prorrogado pelo mesmo período (veja o edital no site da prefeitura).
Prefeitura de Nova Olímpia (MT)
A Prefeitura de Nova Olímpia (MT) vai abrir as inscrições de processo seletivo para 7 vagas de motorista (nível fundamental). O salário é de R$ 1.008,88. As inscrições podem ser feitas de 3 a 7 de abril no departamento de pessoal da prefeitura, localizada na Rua Rio de Janeiro s/nº, das 7h às 11h e das 13h às 17h. A prova objetiva está prevista para o dia 19 de abril (veja o edital no site da prefeitura).
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) divulgou edital de concurso público para 7 vagas de professor. O salário chega a R$ 9.570,41. As inscrições podem ser feitas pelo site www.progep.ufs.br entre os dias 3 de abril a 2 de maio. As provas serão aplicadas entre os dias 30 de maio e 29 de julho. O concurso terá validade de 1 ano e poderá ser prorrogado por igual período (veja o edital no site do Diário Oficial da União – edição de 31 de março, seção 3, a partir da página 38).
http://especiais.g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/lista-de-concursos-publicos-e-vagas-de-emprego/