sábado, 10 de dezembro de 2016

Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários no Distrito Federal Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários


Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários no Distrito Federal

Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários

Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários no Distrito Federal

Leitura de livros poderá reduzir pena de presidiários no Distrito Federal

Interno terá que ler e resenhar obras literárias, que serão indicadas pelo próprio sistema penitenciário. Cada livro abate quatro dias de condenação e pode ser lido em até 30 dias, diz portaria.

Presos dos regimes fechado e semiaberto do Distrito Federal poderão usar a literatura para reduzir o tempo de cumprimento das penas. Atualmente, eles já podem abater parte da condenação com dias de trabalho e com cursos, presenciais e à distância. Para cada obra literária lida, a pena será reduzida em quatro dias.
A medida foi autorizada no mês de novembro pela Vara de Execuções Penais do DF e divulgada nesta sexta-feira (9). Para que o projeto entre em vigor, é preciso que o Centro de Ensino Penitenciário do DF elabore uma lista de livros autorizados e a Subsecretaria do Sistema Penitenciário compre os exemplares, o que ainda não tem data prevista para acontecer.
O presidiário que decidir participar do projeto terá prazo de 30 dias para ler cada livro, e precisará fazer uma resenha ao final desse prazo. Se fizer isso todo mês, ao fim de um ano, ele pode ser beneficiado com 48 dias a menos de prisão – uma redução de cerca de 13%.
O benefício é cumulativo, e os presidiários que já fazem a remição da pena com cursos e trabalho também podem aderir ao projeto. A lista de obras disponíveis deverá incluir livros para diferentes níveis de formação – dos presidiários alfabetizados àqueles com pós-graduação.
"Não se deve olvidar (...) que a leitura é, sem sombra de dúvidas, uma das formas de libertação silenciosa no íntimo do ser humano, é fonte de saber, de transformação, de enriquecimento e, por via de consequência, pode e deve ser implementada como mais um dos critérios de remição de pena, visando especialmente à ressocialização enquanto fim da execução penal", diz a juíza da Vara de Execuções Penais, Leila Cury, em material divulgado pelo Tribunal de Justiça.
Cursos e trabalhoAtualmente, os presidiários já podem fazer cursos acadêmicos e de formação profissional, presencialmente e à distância. Os que estão em regime semiaberto também podem ter um emprego de meio período, desde que retornem no horário indicado pelo governo.
Entre os cursos à distância disponíveis, há aulas de inglês, espanhol e informática básica, várias áreas do direito – consumidor, família, penal, constitucional –, matemática financeira e vigilância sanitária, além de formação profissional em áreas como auxiliar de cozinha e de oficina mecânica, eletricista e vendedor.

No caso dos cursos, um dia de pena é abatido para cada 12 horas de curso, que precisam ser divididas em pelo menos três dias de aula. Não existe um limite para o abatimento – o preso pode fazer vários cursos em sequência e trabalhar no contraturno, ou participar do projeto de leitura. no Distrito Federal

Interno terá que ler e resenhar obras literárias, que serão indicadas pelo próprio sistema penitenciário. Cada livro abate quatro dias de condenação e pode ser lido em até 30 dias, diz portaria.

Presos dos regimes fechado e semiaberto do Distrito Federal poderão usar a literatura para reduzir o tempo de cumprimento das penas. Atualmente, eles já podem abater parte da condenação com dias de trabalho e com cursos, presenciais e à distância. Para cada obra literária lida, a pena será reduzida em quatro dias.
A medida foi autorizada no mês de novembro pela Vara de Execuções Penais do DF e divulgada nesta sexta-feira (9). Para que o projeto entre em vigor, é preciso que o Centro de Ensino Penitenciário do DF elabore uma lista de livros autorizados e a Subsecretaria do Sistema Penitenciário compre os exemplares, o que ainda não tem data prevista para acontecer.
O presidiário que decidir participar do projeto terá prazo de 30 dias para ler cada livro, e precisará fazer uma resenha ao final desse prazo. Se fizer isso todo mês, ao fim de um ano, ele pode ser beneficiado com 48 dias a menos de prisão – uma redução de cerca de 13%.
O benefício é cumulativo, e os presidiários que já fazem a remição da pena com cursos e trabalho também podem aderir ao projeto. A lista de obras disponíveis deverá incluir livros para diferentes níveis de formação – dos presidiários alfabetizados àqueles com pós-graduação.
"Não se deve olvidar (...) que a leitura é, sem sombra de dúvidas, uma das formas de libertação silenciosa no íntimo do ser humano, é fonte de saber, de transformação, de enriquecimento e, por via de consequência, pode e deve ser implementada como mais um dos critérios de remição de pena, visando especialmente à ressocialização enquanto fim da execução penal", diz a juíza da Vara de Execuções Penais, Leila Cury, em material divulgado pelo Tribunal de Justiça.
Cursos e trabalhoAtualmente, os presidiários já podem fazer cursos acadêmicos e de formação profissional, presencialmente e à distância. Os que estão em regime semiaberto também podem ter um emprego de meio período, desde que retornem no horário indicado pelo governo.
Entre os cursos à distância disponíveis, há aulas de inglês, espanhol e informática básica, várias áreas do direito – consumidor, família, penal, constitucional –, matemática financeira e vigilância sanitária, além de formação profissional em áreas como auxiliar de cozinha e de oficina mecânica, eletricista e vendedor.
No caso dos cursos, um dia de pena é abatido para cada 12 horas de curso, que precisam ser divididas em pelo menos três dias de aula. Não existe um limite para o abatimento – o preso pode fazer vários cursos em sequência e trabalhar no contraturno, ou participar do projeto de leitura.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Odebrecht delata caixa 2 em dinheiro vivo para Alckmin

Odebrecht delata caixa 2 em dinheiro vivo para Alckmin

BELA MEGALE
DE BRASILIA

09/12/2016 02h00

Bruno Poletti - 17.out.2016/Folhapress
Para Alckmin, não há motivo para que o Senado não vote segundo turno da PEC do Teto
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), citado em delação da Odebrecht
A Odebrecht afirmou no acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato que realizou pagamento de caixa dois, em dinheiro vivo, para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
Executivos da empreiteira mencionam duas pessoas próximas ao governador como intermediárias dos repasses e afirmam que não chegaram a discutir o assunto diretamente com Alckmin.
Segundo a delação, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista.
Em 2010, o tucano foi eleito no primeiro turno com 50,63% dos votos válidos –o segundo colocado na disputa foi o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT).
Em 2014, o caixa dois para a campanha de reeleição de Alckmin teve como um dos operadores, segundo a empreiteira, o hoje secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, político de confiança do governador.
Na época das negociações dos recursos, ele seria chamado de "MM" pelos funcionários da Odebrecht. A Folha não obteve os valores que teriam sido pagos na campanha para a reeleição.
Alckmin foi reconduzido ao cargo com 57% dos votos, ficando à frente de Paulo Skaf (PMDB), segundo colocado.
Um dos executivos que delataram o caixa dois é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo e um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos.
Ele faz parte do grupo de 77 funcionários da empreiteira que assinaram há duas semanas um acordo de delação premiada com investigadores da Lava Jato.
CAP, como é conhecido, também fez afirmações sobre o suposto repasse, revelado pela Folha, de R$ 23 milhões via caixa dois para a campanha presidencial de 2010 do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).
Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicam que não há doações diretas da Odebrecht à conta da candidatura de Alckmin em 2010 e 2014.
O tribunal registra, em 2010, apenas uma doação oficial de R$ 100 mil da Braskem, braço petroquímico da empreiteira, à direção do PSDB em São Paulo.
No ano de 2014, foi informada uma doação de R$ 200 mil da mesma empresa ao comitê financeiro da campanha a governador. Esse recurso foi repassado pelo comitê à conta da candidatura do tucano.
O codinome de Alckmin nas listas de propina e caixa dois da empreiteira era "santo", segundo informação publicada pela revista "Veja" recentemente.
O apelido aparecia associado nas planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal à duplicação da rodovia Mogi-Dutra, uma obra do governo Alckmin de 2002. A palavra "apóstolo", escrita originalmente na página, foi rasurada e trocada por "santo".
O mesmo codinome é citado em e-mail de 2004, enviado por Marcio Pelegrino, executivo da Odebrecht que gerenciou a construção da linha 4-Amarela do Metrô, na capital paulista.
Na mensagem, Pelegrino diz que era preciso fazer um repasse de R$ 500 mil para a campanha "com vistas a nossos interesses locais". O executivo afirma que o beneficiário do suposto suborno era o "santo".
DEPOIMENTOS
Duas semanas depois de assinar os acordos de leniência e de delação premiada, a Odebrecht está agora na fase de depoimento dos executivos que firmaram compromisso com o Ministério Público Federal.
Os depoimentos começaram nesta semana, mas a maioria está prevista para a próxima, incluindo o do herdeiro e ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht.
Segundo investigadores, as oitivas de Marcelo devem durar mais de três dias na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde junho de 2015. A expectativa é que todos os depoimentos terminem até o fim deste ano.
Pessoas envolvidas na negociação relatam uma preocupação em dar celeridade à homologação dos acordos, ato que valida as tratativas e que precisa ser feito pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavaski. Apenas a partir dessa etapa, os executivos passarão a cumprir suas penas.
OUTRO LADO
Procurado pela Folha para se manifestar sobre a delação da Odebrecht, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) afirmou, por meio de sua assessoria, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas".
"Apenas os tesoureiros das campanhas, todos oficiais, foram autorizados pelo governador Geraldo Alckmin a arrecadar fundos dentro do que determina a legislação eleitoral", diz nota.
Sobre o codinome "santo" que aparece em planilha da Odebrecht, a nota afirmou que o apelido "aparece em outros documentos oficiais apreendidos na Operação Lava Jato referentes aos anos de 2002 e 2004, sem qualquer relação com eleições disputadas pelo governador Geraldo Alckmin".
A assessoria do governo informou que Marcos Monteiro, citado pela Odebrecht como intermediário de caixa dois na campanha de 2014, foi o tesoureiro daquela campanha.
Em nota, a assessoria de Monteiro disse que ele é o tesoureiro do diretório estadual do PSDB há dois anos e "presta contas do fundo partidário à Justiça Eleitoral com regularidade".
Folha entrou em contato com a empresa de Adhemar Ribeiro, cunhado de Alckmin citado pela empreiteira como operador do caixa dois em 2010, e deixou recado sobre o teor da reportagem. Ele não atendeu ao telefonema e nem retornou o contato até a conclusão deste texto.
Procurada, a Odebrecht diz que não se manifesta sobre negociação com a Justiça. Sua assessoria afirmou que a empreiteira "reforça seu compromisso com uma atuação ética, íntegra e transparente, expresso por meio das medidas concretas já adotadas para reforçar e ampliar o sistema de conformidade nas empresas do grupo".
O acordo de delação da Odebrecht era um dos mais aguardados na Lava Jato. Entre os mencionados nas conversas preliminares estão o presidente Michel Temer (PMDB), os ex-presidentes Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), o ministro das Relações Exteriores José Serra (PSDB), governadores, deputados e senadores.
Detido desde junho do ano passado, Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo, firmou um acordo de pena de dez anos, sendo que cumprirá mais um em regime fechado, até o fim de 2017.
Além da delação dos executivos, a empresa fechou um acordo de leniência para garantir o direito de continuar sendo contratada pelo poder público. Com isso, retira ainda um entrave à contratação de empréstimos junto a instituições financeiras.
A empreiteira Odebrecht se comprometeu a pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões em 20 anos. O dinheiro será dividido entre o Brasil, que ficará com pelo menos 70% dos recursos, Estados Unidos e Suíça.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Sitsesp/Sitraemfa participará da audiência pública em prol dos servidores socioeducativos


Presidente do Sitsesp/Sitraemfa, Aldo Damião está na câmara dos deputados em Brasília  (08/12), onde irá participar de uma audiência pública em prol do servidores socieoducativos!!!

A audiência será transmitida ao vivo no site da câmara!!!
http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/ao-vivo/transmissoes-do-dia/aoVivoSinais?codReuniao=45837

 sabemos que grande parte das demandas da categoria necessitam de legislações federais para serem resolvidas. Neste contexto entra a grande importância do CONASSE que é a maior entidade de defesa do Profissional Socioeducativo. Recentemente, durante a segunda Mobilização Nacional do CONASSE, conquistamos a criação da Frente Parlamentar em favor do Profissional do Socioeducativo.

É principalmente por meio dessa frente parlamentar que teremos apoio político para a aprovação do porte de arma para os Agentes de Segurança Socioeducativos, aposentadoria especial, inclusão no Art. 144 da Constituição Federal, dentre outros PL’s em tramitação.

Já com a articulação da Frente Parlamentar, haverá uma audiência pública no dia 8 de dezembro, ás 9 horas, no plenário 8, Anexo II, na Câmaras Federal, convocada pelo Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, Vice Presidente da Frente Parlamentar, para tratar sobre o Dia Nacional do Agente de Segurança Socioeducativo. Infelizmente não será possível a participação de um número maior de servidores de outros estados como ocorreu nas duas últimas mobilizações nacionais.

Essa Audiência Pública será importante principalmente para a categoria conquistar força política que irá ajudar na aprovação do porte de arma para os Agentes de Segurança Socioeducativo, aposentadoria especial dentre outros PL’s.

SINDICATO FORTE SE FAZ COM MOBILIZAÇÃO DA CATEGORIA!”

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Fundação Casa e MPT não chegam a acordo sobre medidas de segurança

Fundação Casa e MPT não chegam a acordo sobre medidas de segurança
MPT pediu ações depois de morte de agente socioeducativo em Marília. Instituição diz que não tem dinheiro para cumprir todas as medidas.
07/12/2016 16h05 - Atualizado em 07/12/2016 19h34
Do G1 Bauru e Marília
Mais uma audiência entre procuradores do trabalho e representantes da Fundação Casa de Marília (SP) terminou sem um acordo definitivo. O Ministério Público do Trabalho pede na Justiça que a Fundação Casa cumpra uma série de medidas, mas a instituição afirma que não tem dinheiro para atender a todas elas. O impasse começou depois de uma rebelião em outubro que terminou na morte de um agente socioeducativo.
Agentes pediram mais segurança (Foto: Reprodução/TV TEM)Agentes pediram mais segurança
(Foto: Reprodução/TV TEM)
Funcionários da Fundação Casa se reuniram na frente do Fórum Trabalhista e pediram por mais segurança depois da morte de Francisco Calixto, de 51 anos, durante a rebelião, que deixou mais oito agentes feridos.
Foi a segunda audiência entre o MPT e a Fundação Casa. No primeiro encontro, representantes da fundação casa recusaram um acordo. Mas nesta quarta-feira (7), diante do juiz trabalhista, eles se comprometeram a atender um dos sete pedidos: encapar conduítes e fiações elétricas que poderiam servir na fuga dos internos. O prazo da Fundação é de seis meses.
Outros dois pedidos serão atendidos parcialmente pela instituição: a implantação de uma cerca de arame cortante em um dos blocos para evitar fugas. A Fundação Casa também se comprometeu a não ultrapassar a capacidade de internos em mais de 15% e a fazer um estudo pra melhorar o trabalho do vigilante.
Mesmo assim a audiência de conciliação terminou sem um acordo porque o Ministério Público do Trabalho quer que todas as medidas sejam atendidas. “O que ela se dispõe a realizar está bem aquém dos pedidos mínimos que o Ministério Público entende como indispensáveis para a segurança dos trabalhadores e dos menores”, diz o procurador Marcus Vinícius Gonçalves.
Agente socioeducativo foi assasinado por internos da Fundação Casa (Foto: Reprodução/TV TEM)Agente socioeducativo foi assasinado por internos
da Fundação Casa (Foto: Reprodução/TV TEM)
O vice-diretor da Fundação Cláudio Piteri disse que não é possível atender as outras medidas propostas pelo Ministério Público do Trabalho por falta de dinheiro. “Nós passamos por uma contenção de recursos que não atinge só o governo do estado de São Paulo, mas o país. Dentro desta situação, o que foi possível, nós apresentamos e vamos aguardar a decisão do juiz.”
O procurador do MPT entrou com um pedido de liminar na justiça do trabalho. A decisão está prevista para sair na próxima semana.
Rebelião na Fundação Casa deixou um agente morto (Foto: Reprodução/TV TEM)Rebelião na Fundação Casa deixou um agente morto (Foto: Reprodução/TV TEM)

PM reprime manifestação de servidores contra pacote de austeridade

 PM reprime manifestação de servidores contra pacote de austeridade

por Pedro Marin | Revista Opera
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(Foto: Mídia Ninja)
APolícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) reprimiu violentamente, na tarde desta terça-feira (6), uma manifestação de servidores públicos contra o pacote de austeridade proposto pelo Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Homens da cavalaria, da tropa de choque e da Força Nacional, que reforçam o efetivo policial, atiraram dezenas de bombas de gás e efeito moral contra centenas de manifestantes que protestavam contra as medidas, que estão em votação, e que exigiam a entrada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Eles também dispararam tiros de bala de borracha contra os manifestantes, que formaram barricadas e revidaram com pedras e fogos de artifício. Alguns policiais chegaram a ocupar o segundo andar da Igreja Matriz de São José, que fica ao lado da Alerj, para disparar contra os manifestantes.
A Alerj vota, nesta tarde, os projetos que reduzem o salário do Governador e do vice-governador e a extinção de pastas da administração estadual.
Na próxima quinta-feira, os deputados estaduais devem votar dois PLs que limitam o subsídio do Bilhete Único Intermunicipal e acabam com a isenção de tarifa das barcas dos moradores de Ilha Grande e Paquetá.
Já para os dias 13, 14 e 15, está prevista a votação de projetos que extinguem os programas Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, que visam combater a pobreza extrema no Estado, além de projetos que aumentam o pagamento de servidores para a previdência e que adiam para 2020 os aumentos salariais aprovados em 2014 para algumas categorias, que começariam a valer em 2017.
No caso do pacote de cortes avançar, o Movimento Unificado dos Servidores Estaduais (MUSPE) planeja organizar uma greve geral para os dias 14 e 15.

Conheça as propostas do governo para mudar sua aposentadoria

Conheça as propostas do governo para mudar sua aposentadoria

Do R7
Novas regras ainda precisam passar pelo CongressoDivulgação INSS
O governo do presidente MichelTemer apresentou nesta terça-feira (6) um projeto que pretende alterar a Constituição e mudar as regras de aposentadoria do trabalhador brasileiro. A chamada Reforma da Previdência ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, em votação dupla tanto na Câmara quanto no Senado, o que deve acontecer só no ano que vem. A seguir, conheça as principais mudanças propostas pela Presidência e que vão impactar diretamente a vida de milhões de brasileiros.
Com uma população economicamente ativa que passa dos 100 milhões de pessoas, o Brasil tem hoje cerca de 54 milhões de contribuintes regulares do INSS — se forem considerados os trabalhadores que fazem ao menos uma contribuição por ano, esse número chega a 71 milhões. Já o número de aposentados, pensionistas e outros beneficiários chega a 30 milhões.
O principal ponto da reforma é a relação entre o tempo de contribuição e o valor do benefícioque será recebido. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) determina a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e um tempo mínimo de 25 anos de contribuição.
O cálculo do benefício será feito da seguinte forma. O valor da aposentadoria parte de 51% da média de contribuição do trabalhador, acrescido de 1 ponto porcentual por ano de contribuição. Como o tempo mínimo de contribuição é de 25 anos, na prática, o piso será de 76% da média do que foi contribuído.
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Por essa regra, um trabalhador só irá receber 100% do benefício que contribuiu se ele contribuir por 49 anos.
O valor também continuará limitado ao teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), hoje em R$ 5.189,82. Com a nova regra, tanto o fator previdenciário quanto a fórmula 85/95 deixarão de existir. E o benefício mínimo será o valor do salário mínimo, mesmo que os cálculos apontem para um valor mais baixo.
Regras diferentes para homens com mais de 50 e mulheres com mais de 45
A proposta de reforma prevê uma regra de transição que impacta boa parte dos atuais segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
De acordo com Marcelo Caetano, secretário-executivo da Secretária de Previdência Social, órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, as mudanças nas regras de acesso à aposentadoria valem para homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos que já são contribuintes do INSS e para todos os novos segurados. Quem está acima dessa idade, tem que observar regras distintas.
Para quem tem mais de 50 anos (homem) ou 45 anos (mulher), as regras da aposentadoria continuam as mesmas, mas terá a implantação de um "pedágio".
São dois cenários possíveis para a aposentadoria: fator previdenciário e a regra 85/95 (entenda aqui). No entanto, será pago um pedágio de tempo: o trabalhador terá de contribuir 50% a mais de tempo. Ou seja, para quem falta dois anos para se aposentar, terá de cumprir três, caso a reforma seja aprovada. Quem tiver dez anos para se aposentar, terá de cumprir 15, e assim por diante.
Trabalhadores rurais
O secretário de Previdência afirmou ainda que os trabalhadores em áreas rurais e pescadores artesanais também terão que seguir as novas regras da Previdência, caso a PEC seja aprovada, e só poderão se aposentar com 65 anos de idade e 25 anos de contribuição.
Atualmente, a idade mínima para se aposentar nessa categoria é de 55/60 anos (mulheres/homens) e 15 anos de contribuição. As novas regras para a aposentadoria dos trabalhadores em áreas rurais e dos pescadores artesanais também valerá para aqueles com menos de 50 anos. Para os mais velhos, será cobrado um pedágio de 50% no tempo que falta para se aposentar.
Pensões
A concessão de pensões também seguirá regras mais rígidas. As mudanças alcançam trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos da União, Estados e municípios. A proposta volta a tentar emplacar a redução no cálculo do benefício. Pelo texto, a pensão por morte vai deixar de ser integral e passará a ser de 50% e mais 10% por dependente, incluindo o conjugue, até o limite de 100%.
As mudanças desvinculam a pensão do salário mínimo. Ou seja, poderá haver a concessão de pensões inferiores ao valor do salário mínimo.
Não poderá também haver acúmulo de aposentadoria e pensão. O beneficiário terá que escolher entre aquele que for maior, a pensão ou a sua aposentadoria. Para quem já acumula a aposentadoria com pensão, nada muda. As alterações só entram em vigor depois de a Proposta de Emenda Constitucional da Reforma da Previdência ter sido promulgada. O órfão de pai e mãe poderá acumular as duas pensões, de acordo com as novas regras