08/05/2023 11:58 | Atividade Parlamentar | Da Assessoria do deputado Carlos Giannazi
Tendo em vista a proposta da Fundação Casa de conceder aos seus servidores um reajuste salarial de apenas 6%, muito inferior às perdas inflacionárias, Carlos Giannazi (PSOL) apresentou à Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho um requerimento de convocação do presidente da entidade, João Veríssimo Fernandes, para que ele explique os motivos de seu posicionamento. O pedido foi protocolado em 2/5, um dia antes de a categoria decidir entrar em greve.
A paralisação, iniciada à 0h de quarta-feira, 4/5, tem como base a pauta de reivindicações do Sindicato da Socioeducação (Sitsesp), que, além do reajuste de 15%, pleiteia o pagamento das perdas acumuladas desde 2000 - que equivalem ao percentual de 40,09% -, a instituição da bonificação por resultado, o cumprimento do plano de cargos e salários, além de vale-refeição de R$ 1.050 e vale-alimentação de R$ 750.
Conforme relatou a presidente do Sitsesp, Claudia Maria, em audiência pública realizada na Alesp no primeiro dia da paralisação, o sindicato só foi recebido pelo governo em 3/5, horas antes da assembleia que deliberou pela greve. E, segundo o secretário da Casa Civil,
Arthur Lima, e da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, o governo anterior não havia deixado nenhuma provisão para reajuste, e os 5,75% oferecidos na semana anterior poderiam chegar no máximo a 6%, e seria "pegar ou largar".
Presente à audiência, Giannazi disse que em 2/5, em reunião com os líderes partidários da Alesp, Tarcísio de Freitas havia dito que daria reajuste acima da inflação a todos os servidores públicos. "Ele apresentou uma reposição de 20%, em média, para as polícias Civil e Militar, mas deixou a Polícia Penal de fora. Agora oferece aos servidores da Fundação Casa um reajuste abaixo da inflação", disse o deputado, apontando a falsidade nas palavras do governador.
Conforme o depoimento de vários trabalhadores da fundação, mais importante que o reajuste é a questão da falta de segurança no ambiente de trabalho, causada pelo escasso número de funcionários e pela superlotação de algumas unidades, cuja causa é o fechamento de outras. Essa política de enxugamento da instituição - como se os adolescentes tivessem simplesmente deixado de cometer atos infracionais - tem causado um verdadeiro drama na vida familiar de muitos servidores, que estão sendo transferidos para bairros distantes e mesmo para outras cidades
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