É de perder as contas a quantidade de denúncias que o SITSESP recebe e repassa para a gestão executiva da Fundação CASA e órgãos como o MPT sobre falta de efetivo nos Centros, pressão e acumulo de funções no local de trabalho, perseguição aos trabalhadores, fugas rotineiras e, o pior, agressões e mortes dentro e fora do ambiente socioeducativo.
Mas, segundo a gestão patronal, como está a socioeducação no estado de São Paulo? “Muito bem, obrigada”.
Nos últimos dias tivemos um aumento significativo no número de agressões a servidores que trabalham na segurança dos adolescentes e dos demais trabalhadores.
O último servidor agredido foi no Centro CASA Osasco II e teve seu rosto e orelha perfurados por um objeto contundente por quatro adolescentes problemáticos que tentaram estrangular o servidor e tomar as chaves dos acessos no setor denominado P3.
Essa não foi a primeira tentativa ocorrida contra o mesmo servidor, já tentaram outras vezes.
O servidor fez o Boletim de Ocorrência e passou pelo IML e, pasmem, na delegacia os adolescentes agressores ainda tentaram fuga enquanto era lavrado o BO.
Chegou também uma denúncia que no Complexo Ribeirão Preto, no Casa Rio Pardo, ao saírem de um curso, dois adolescentes tentaram fugir na chegada ao Centro, nossos diretores estão verificando e a imprensa sindical está aguardando resposta da regional sobre os fatos.
Denúncias diversas estão chegando do interior, grande São Paulo, Baixada Santista e Litoral envolvendo agressões, fugas, perseguições aos trabalhadores e por aí vai. Mas para a gestão executiva da Fundação CASA “está tudo bem, obrigada”.
Quando questionados pela grande mídia sobre os acontecimentos dentro dos Centros, a resposta é automática: “Será aberta uma sindicância para verificar a responsabilidade”.
No caso, sempre afirmam que a responsabilidade é dos servidores que sofrem penosas sanções administrativas.
O fechamento de Complexos, Centros e transferências de servidores também vem adoecendo o trabalhador, além da pressão que estes sofrem por uma corregedoria parcial, que olha apenas para o adolescente, à prejuízo do trabalhador.
Mas para a gestão executiva da Fundação CASA, “está tudo bem, obrigada”.
Estamos em vista de um movimento paredista que poderá ser deflagrado no próximo dia 29 em assembleia, com indicativo de greve para o dia 03 de maio, reivindicando melhores condições e segurança nos Centros, reposição salarial, valorização dos trabalhadores e muito mais.
Movimentação de LUTO pelas mortes dos nossos trabalhadores no local de trabalho e fora dele.
Mas para a gestão executiva da Fundação CASA e para o governo do mais rico estado brasileiro, “ESTÁ TUDO BEM, OBRIGADA”.
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