Evaldo Gomes de Souza tinha 45 anos e trabalhava como agente de segurança na Fundação Casa. Evaldo foi estrangulado por adolescentes e morreu no chão da unidade.
Por g1 Santos
José Gomes era irmão de Evaldo, morto por adolescentes da Fundação Casa, em Guarujá — Foto: Rinaldo Rori/TV Tribuna
O corpo do servidor público, que foi estrangulado por jovens durante uma fuga na Fundação Casa, foi velado e enterrado nesta terça-feira (13) em Miracatu, no interior de São Paulo. O caso ocorreu dentro da unidade localizada em Guarujá, no litoral paulista. Ao g1, o irmão da vítima disse que, além da tristeza, o sentimento que fica é de revolta.
Evaldo Gomes de Souza tinha 45 anos e trabalhava como agente de segurança na Fundação Casa. No domingo (11), por volta das 22h, um dos agentes escutou um barulho vindo do andar de cima da unidade e foi averiguar. No corredor do primeiro andar, ele viu Evaldo caído no chão. Ao entrar no quarto, um dos menores aplicou um mata-leão nele. Os dois agentes foram amarrados pelos pés e mãos, com lençóis. Evaldo foi estrangulado, não resistiu a agressão e morreu no chão da unidade.
Os adolescentes pegaram as chaves de acesso as portas, tiveram acesso a quadra de esportes, quebraram os alambrados e fugiram. Eles teriam roubado carros na avenida Adhemar de Barros e na Rodovia Cônego Domênico Rangoni. Quatro, dos sete menores que fugiram da Fundação Casa, já foram apreendidos.
Velório e enterro de Evaldo, que foi morto na Fundação Casa, aconteceu em Miracatu — Foto: Dione Aguiar
O corpo de Evaldo foi velado no Centro Comunitário de Miracatu e o enterro ocorreu no Cemitério da Paz, às 10h. José Gomes era irmão de Evaldo e conta que o agente de segurança trabalha há pouco mais de cinco anos na unidade.
"Ele era 1000%. Bom pai, bom irmão, gente boa, responsável, honesto, trabalhador. Um cara bom. Sem palavras. Um moleque bom, trabalhador. Um cara que não tem defeitos. Não tinha inimizade com ninguém", disse ele, em entrevista à repórter Dione Aguiar, da TV Tribuna, afiliada a Globo.
Gomes diz que a família está abalada com a situação. Evaldo tinha esposa e uma filha. "Sentimento de revolta. Não é fdacil não. Deixou a filha, a mulher, mãe idosa gente boa, que ta mal pra caramba", disse.
Evaldo foi morto por jovens da Fundação Casa, em Guarujá — Foto: Arquivo Pessoal
Polícia
O caso foi registrado como ato infracional mediante violência contra pessoa, lesão corporal e homicídio. De acordo com o delegado responsável, Rubens Barazal, as equipes estão empenhadas para localizar e apreender os outros três menores.
Fundação Casa
Em nota, a Corregedoria Geral da Fundação Casa disse que instaurou sindicância para apuração e que presta solidariedade aos familiares do servidor. Sobre a fuga, a Instituição informou o Judiciário e os familiares dos adolescentes.
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