Por mais que membros do governo Bolsonaro afirmem que há interessados na compra dos Correios e que a estatal está sendo preparada para a privatização, tudo indica que isso não deve acontecer em 2020.
De acordo com fontes da área econômica ouvidas pelo Estadão, o governo já começa a admitir que "o máximo que será possível" de fazer com privatizações em 2020 será a quebra do monopólio dos Correios no serviço postal.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a prometer quatro grandes privatizações para o início de outubro. Contudo, o cenário político no Congresso Nacional mudou e a avaliação da área econômica é de que não há clima para venda dos Correios ou Eletrobrás.
Nós vamos fazer quatro grandes privatizações nos próximos 30, 60, 90 dias - disse Guedes em julho deste ano.
Mesmo assim, o time de Guedes garante que há um acordo prévio com membros do Congresso para a privatização de até quatro estatais. Uma delas pode ser os Correios, uma vez que a empresa já "está na fila" desde o início do mandato de Bolsonaro.
Em agosto deste ano, membros do governo chegaram a prometer que iriam enviar ao Congresso um projeto de lei para rever o monopólio dos Correios no serviço postal. Contudo, a proposta não ganhou corpo e ainda não chegou ao parlamento.
Cabe ressaltar que os Correios tem o monopólio sobre o serviço postal (cartas e afins), mas o mercado de entrega de encomendas e outros produtos não é exclusivo da estatal. Como resultado, muitas varejistas tem apostado em logística própria para contornar possíveis problemas com o serviço dos Correios.
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