Em período de campanha salarial, Sinpolsan busca benefícios para a classe
Uma manifestação em frente ao Bom Prato do Mercado Municipal, em Santos, e Operação Padrão em feriados e vésperas. Essas foram as deliberações da assembleia realizada pelo Sindicato dos Policiais Civis de Santos e Região (Sinpolsan) na noite desta quinta-feira (1), na Câmara Municipal de Santos.
O encontro foi liderado pelo presidente da entidade, Marcio Pino, que observa as medidas como necessárias diante do descaso do governo em negociar com a categoria. Após muitas tentativas frustradas de conversa com a administração pública, que culminaram com pedido de intercessão da justiça, e diante do cenário caótico vivido pelo setor de segurança na Baixada Santista, a única opção é mostrar a realidade para a população e pressionar as autoridades.
Em período de campanha salarial, o Sinpolsan busca reposição dos salários - a categoria está sem aumento há três anos –, contratação de aprovados em concursos – não há processo seletivo desde 2013 -, reestruturação da Polícia Civil, entre outros benefícios. O auxílio alimentação é um dos itens reivindicados pelo Sinpolsan, já que atualmente os trabalhadores recebem R$120,00 por mês.
“A população só sabe que a gente ganha licença prêmio, mas não sabe que trabalhamos de 68 a 70 horas semanais com computador que não funciona. Não sabem que não temos auxílio alimentação digno, que não temos Fundo de Garantia, adicional noturno, hora extra. Recebemos R$ 120 mensais, o equivalente a R$ 3 por dia e com isso só dá pra comer no Bom Prato. Não dá nem para uma coxinha com refrigerante”, afirmou Marcio Pino, mostrando o motivo de mobilizar os trabalhadores em frente ao Bom Prato do Mercado Municipal para conscientizar as pessoas.
O Sinpolsan pretende distribuir tickets de refeição para o público que estiver no local durante a manifestação. A data do ato será definida nos próximos dias. Mas, para Pino, isso não é suficiente. Ele também pretende organizar Operação Padrão em feriados e suas vésperas. “Podemos abrir um canal para saber o que pode ser feito, ao invés de copiar cartilha de outros estados. Se queremos melhores condições de vida e uma aposentadoria digna não vejo outro caminho. A hora é de estar unido”. Ele pretende ouvir os trabalhadores e montar uma cartilha específica para a região. Logo após, será realizada uma nova assembleia para definir as ações em relação a essa questão.
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