Bonificação será paga às escolas que alcançaram as metas do Idesp no estado; valor médio é duas vezes maior do que o pago no ano passado
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) pagará em julho R$ 208 milhões em bônus a aproximadamente 39,2 mil servidores de 767 escolas que atingiram as metas ouro (537) e diamante (230) no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo). O índice é formado a partir das notas de 2023 do Saresp, que avalia o rendimento das escolas.
O valor médio é mais do que o dobro pago na última edição do bônus, referente ao resultado de 2022. Na ocasião, os servidores receberam em média R$ 2.425. Agora, o montante será de R$ 5.328. O maior bônus pago a um funcionário da rede será de R$ 35,4 mil. Outras 1.363 pessoas receberão entre R$ 15 mil e R$ 30 mil.
As 767 unidades estão localizadas em 21 diretorias regionais de ensino. Para o pagamento de bônus, além dos resultados de aprendizagem, as unidades de ensino precisaram cumprir outros requisitos, como a frequência de estudantes e ainda a participação nas avaliações da rede, como o Saresp e o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), do governo federal. O bônus chamado diamante será pago para quem alcançou 100% das metas; quem chegou a 50%, receberá o bônus ouro.
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O pagamento deste ano ainda está atrelado ao desempenho dos estudantes nas disciplinas de língua portuguesa e matemática. A partir de 2025, com base nos resultados do próximo Saresp, a aferição das metas levará em consideração metas individuais de professores de todas as disciplinas avaliadas, além dos objetivos das escolas. O Saresp será aplicado no final do ano.
“O pagamento do bônus reflete os resultados das avaliações, ele corrobora com o diagnóstico que foi levantado dentro dos primeiros seis meses [de gestão]. Desde então, a Secretaria da Educação tem adotado uma série de medidas para melhorar o desempenho da rede”, afirma o secretário-executivo da Seduc-SP, Vinícius Neiva.
Neiva cita iniciativas como a nova matriz curricular, que aumentou a carga horária das disciplinas de língua portuguesa (60%) e matemática (70%); o programa de recuperação semestral e de professores tutores para recomposição da defasagem escolar; o Alfabetiza Juntos, que tem meta de 90% de alfabetização de crianças no 2º ano até 2026 em parceria com os municípios; o Provão Paulista Seriado, que garante vagas nas universidades públicas de São Paulo e incentiva os alunos da rede a se dedicarem mais aos estudos; além de outras ações implantadas com objetivo de tornar a escola mais atrativa, como o Ensino Técnico, as Olimpíadas de Matemática e de Redação.
“Esse conjunto de políticas é pensado não apenas na rede estadual. Ele é pensado na rede de todo o estado de São Paulo, inclusive com os municípios, desde a pré-escola até a entrada e permanência dos estudantes na universidade”, completa Neiva.
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