15 de março de 2024, 9h43
O Conselho Nacional de Justiça vai investigar denúncias contra um juiz do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) acusado de favorecimento de réus em ações judiciais em troca de benefícios financeiros. Por maioria de votos, o Plenário decidiu pela abertura de processo administrativo disciplinar (PAD), com o afastamento das funções.
A revisão disciplinar contra o juiz foi julgada durante a 1ª Sessão Extraordinária de 2024 do CNJ. O magistrado foi acusado de envolvimento com organizações criminosas do estado.
Entre as ações investigadas pelo tribunal de origem, estava a autorização de liberação de fiança em dinheiro e sem prévia intimação do Ministério Público. A decisão do juiz foi tomada enquanto ele atuava como substituto em outra vara, em tempo recorde. Os fatos ocorreram no último dia de sua substituição, atendendo a pedido de advogados que não eram os responsáveis oficiais pelo caso.
Também havia indícios de pedidos de liberdade provisória formuladas em ação penal por advogado sem procuração específica e com proposta de pagamento em dinheiro para que o réu fosse liberado.
Em 2021, durante investigação das condutas no TJ-ES, o juiz chegou a ser afastado do cargo, obrigado a manter uma distância de pelo menos 500 metros do Fórum da Serra, onde atuava, e teve a prisão decretada pelo tribunal. Para a corte, ele estava atrapalhando o processo.
O PAD vai averiguar os fatos incluídos no processo, que apontam indícios de diversas condutas ilícitas, entre as quais a participação do juiz em suposta venda de sentenças. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ.
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