Fundação Casa apura ferimento de autor de ataque em escola: 'Caiu da cama'

 

Com a cabeça coberta, adolescente que atacou escola estadual Thomazia Montoro deixou 34º DP e foi para unidade da Fundação CasaImagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Fabíola Perez

Do UOL, em São Paulo

04/04/2023 18h36Atualizada em 04/04/2023 18h59

A Corregedoria Geral da Fundação Casa abriu uma investigação interna após o adolescente que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas em uma escola estadual de São Paulo aparecer com ferimentos no rosto — ele levou pontos no supercílio. Segundo a instituição, o menino disse que caiu da cama enquanto dormia. Aos pais, ele relatou estar sofrendo ameaças de outros adolescente no local.

O que se sabe

• O adolescente disse que à Corregedoria da Fundação Casa que caiu do beliche durante o sono na quarta-feira passada (29). Ele está internado em uma unidade que cumpre medida socioeducativa de internação provisória no Brás, em São Paulo.
• "Ele foi prontamente atendido e encaminhado para o atendimento médico", disse a Fundação Casa.
• Um agente socioeducativo que atua na unidade também afirmou à reportagem que o adolescente caiu da cama.
• De acordo com a instituição, a sindicância é um "procedimento padrão" da Corregedoria para apurar qualquer acontecimento nas unidades.

O que diz a defesa da família do adolescente

• A advogada que representa a família do menino, Rafaela Dantas, afirmou ao UOL que, após a internação provisória, os pais foram chamados à unidade para informar sobre o ferimento.
• A informação dada aos pais, segundo a advogada, foi a de que o jovem estava acomodado no beliche e teria caído enquanto dormia. Após o incidente, ele levou pontos nos supercílios.
• A advogada disse ainda que os pais conversaram com o filho nesta terça-feira e o jovem relatou ter tido tremedeira, sentido frio e tontura.
• Segundo Dantas, os pais do estudante acionaram a equipe de enfermaria da Fundação Casa.
• O menino disse aos pais, segundo a defensora que está sofrendo ameaças de outros adolescentes dentro da unidade. "Ele está extremamente amedrontado", disse ela.
• A defesa informou que vai levar todos os fatos à Justiça, para que eventuais negligências sejam apuradas. "O Estado tem que garantir a segurança, a integridade física e psicológica do adolescente", disse Dantas.

Após a informação de que ele teria caído, ele teria sido colocado em uma outra ala com crianças um pouco menores de estatura. Ele relata ameaças sofridas dentro da Fundação Casa no sentido de que estariam falando: Olha ali o menino de 13 anos."Rafaela Dantas, advogada de defesa da família