"Tô querendo um revólver .38 porém com bala e tudo dá uns 7k a 9k, aí acho que vou ter que usar um .32, vou ver ainda", disse o ad...
"Tô querendo um revólver .38 porém com bala e tudo dá uns 7k a 9k, aí acho que vou ter que usar um .32, vou ver ainda", disse o adolescente
A operação deflagrada em três estados para desarticular o plano arquitetado por adolescentes que promoveriam massacres em escolas e áreas públicas, revelou o que motivou um dos jovens. O garoto de 13 anos pretendia matar colegas e professores a tiros após sofrer queda no rendimento escolar e ter tirado notas baixas.
Durante dias, o aluno conversou com outros adolescentes que moram em Minas Gerais e no Pará e também foram alvos de mandado de busca e apreensão, cumpridos no decorrer da ação batizada de Escola Segura. A coluna teve acesso ao conteúdo envolvendo parte da troca de mensagens entre os menores.
Em um dos trechos, o garoto capixaba conversa com outro sobre o tipo de arma que pretendia usar para matar alunos e professores da escola. “Tô querendo um revólver .38 porém com bala e tudo dá uns 7k a 9k, aí acho que vou ter que usar um .32, vou ver ainda (sic)”, disse o jovem, que sofreu busca da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos do Espírito Santo.
Plano arquitetado
De acordo com o delegado da DRCC da Polícia Civil do Espírito Santo, Brenno Andrade, o menino confessou que planejava cometer o atentado contra a escola em um prazo de até dois anos. “Parece um rapaz com algum tipo de problema psicológico. Vamos conversar com os pais dele e seguir com as investigações”, disse.
Na casa do garoto, as equipes da Polícia Civil localizaram simulacro de arma de fogo que supostamente seria usado para o aluno “treinar” para o dia do massacre. “O menor ainda disse que se não cometesse o atentado se mataria. De fato, o plano estava muito bem arquitetado na cabeça dele. O adolescente segue investigado por incitação e apologia ao crime. O caso vai ser encaminhado para a Vara da Infância e Juventude”, afirmou.
A operação foi coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Seopi) por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab). As investigações também contaram com o compartilhamento de informações e colaboração da Agência de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI) e do Serviço Secreto, ambos da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília, como parte da cooperação policial entre autoridades norte-americanas e brasileiras.
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