'No geral, confirmaram agressões e ameaças partidas do diretor, de um coordenador e de um agente de apoio socioeducativo. Além disso, documentos obtidos confirmaram essas violências', disse o promotor.
Franca4 horas atrás
Kaique Castro da Redação
O promotor de Justiça da Infância e Juventude de Franca, Anderson de Castro Ogrizi, pediu na tarde desta terça-feira, 12, o afastamento provisório do diretor, do coordenador e de um agente socioeducativo da Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente).
Um inquérito foi instaurado pelo Ministério Público nessa segunda-feira, 11, para apurar as denúncias publicadas com exclusividade pelo GCN, que apontam que dentro da instituição adolescentes seriam vítimas de agressões.
De acordo com o promotor, a partir dos fatos relatados por agentes e familiares na reportagem, o MP realizou uma inspeção na Fundação Casa de Franca. Ao todo foram ouvidos oito funcionários e quatro adolescentes, que confirmaram as agressões.
“No geral, confirmaram agressões e ameaças partidas do diretor, de um coordenador e de um agente de apoio socioeducativo. Além disso, documentos obtidos confirmaram essas violências. Os funcionários também se referiram à pressão e constrangimentos para que notícias de abusos não fossem lançadas em sistema próprio da Fundação Casa para evitar que fossem encaminhadas à Corregedoria”, afirmou o promotor.
Ainda segundo Ogrizi, diante de todos os elementos e provas reunidas, a promotoria pede o afastamento provisório do diretor Marcelo Viana Barense, do coordenador Erivan de Melo e de um agente socioeducativo que não teve seu nome divulgado.
“Foi pedido o afastamento provisório dos apontados agressores para que seja possível o aprofundamento das investigações e conclusão definitiva sobre todo o ocorrido”, finalizou o promotor.
Além do Ministério Público, a Corregedoria da Fundação Casa segue no caso e informou que tem até 90 dias para encerrar as investigações.
Denúncias
As denúncias feitas por agentes e familiares de internos apontam que "práticas criminosas" acontecem na Fundação Casa. Acusações de agressão contra adolescentes, assédio moral contra os servidores e até estupro foram obtidas com exclusividade pelo GCN.
Num termo circunstanciado, dez agentes de apoio que atuam na unidade apontam o que classificam como “inúmeras práticas criminosas”. Boletins de ocorrência também foram registrados na Polícia Civil.
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