Uma das entidades envolvidas na pauta de reivindicações prevê que 800 mil motoristas devem cruzar os braços em todo o país
Duas entidades representativas de caminhoneiros confirmaram a paralisação da categoria prevista para esta segunda-feira (1º) em todo o país. O movimento é em protesto contra o alto preço do diesel, segundo os organizadores.
O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) diz ter encaminhado a vários órgãos da administração pública ofícios informando sobre os protestos em rodovias.
O presidente do CNTRC, Plínio Dias, afirmou ontem em vídeo nas redes sociais que não haverá fechamento total de rodovias e que o trânsito de caminhões de serviços essenciais será liberado, assim como ônibus e carros de passeio.
A CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) também integra o movimento e prevê que cerca de 800 mil caminhoneiros devem participar dos atos na segunda-feira.
Concessionárias de rodovias foram à Justiça nos últimos dias e garantiram liminares que proíbem qualquer tipo de ato nos trechos administrados por ela.
Na sexta-feira (29), uma juíza da 2ª Vara do Fórum de Santa Isabel (SP), atendeu a um pedido da concessionária Nova Dutra e determinou multa para quem organizar atos na BR-116 entre São Paulo e Rio de Janeiro.
A autuação pode ser de R$ 10 mil em caso de pessoa física e de até R$ 100 mil se envolver pessoa jurídica.
Já na Regis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, a multa diária é de R$ 2.000,00 em caso de paralisação, "de cada um dos adeptos do movimento e dos organizadores que forem identificados como responsáveis pelo evento", de acordo com decisão judicial.
O presidente Jair Bolsonaro chegou a pedir aos caminhoneiros para que não fizessem o ato.
"Fiz apelo aos caminhoneiros. Sabemos dos problemas deles. Se tivesse condições, zeraria PIS/Cofins óleo diesel, que está em R$ 0,33, mas vamos tentar zerar pelo menos, mas não é fácil", disse no sábado (30), após passear de moto em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário