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sábado, 2 de fevereiro de 2019
Preso morre em tentativa de tirar arma de agente penitenciário
Preso morre em tentativa de tirar arma de agente penitenciário em Goiás
Otávio Artur de Brito levou um disparo e não resistiu aos ferimentos. Outros quatro presos se feriram e foram levados ao hospital, em Santo Antônio do Descoberto. Polícia Civil trata o caso como legítima defesa
Por Cézar Feitoza - Especial para o Correio
31/01/2019 21:31 - Atualizado em 31/01/2019 21:36
Um interno do presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO) morreu, na tarde desta quinta-feira (31/1), após tentar pegar a arma de um agente penitenciário. Otávio Artur de Brito levou um tiro do vigilante. Outros quatro internos se feriram por outro disparo, mas não correm risco de morte. O agente teve de prestar esclarecimentos na 1ª Delegacia de Polícia de Águas Lindas (GO).
O caso aconteceu durante uma visita a internos na Unidade Prisional de Santo Antônio do Descoberto. Ao fim do encontro, enquanto os agentes penitenciários retiravam as visitas da carceragem, cinco internos tentaram tirar a arma de um dos vigilantes.
Segundo a Polícia Civil, Otávio Artur de Brito foi o primeiro a tentar tirar a arma das mãos do agente, que disparou pela primeira vez. Os outros quatro detentos que estavam com Otávio avançaram na direção do vigilante, que disparou mais uma vez em direção a eles.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fez o atendimento aos detentos feridos e constatou a morte de Otávio. Os demais internos feridos foram encaminhados para o hospital da cidade. Eles se encontram em situação estável e fora de risco.
Legítima defesa
A Polícia Civil de Goiás trata o caso como um tentativa de rebelião.
Segundo o órgão, o agente penitenciário se viu encurralado quando os internos tentaram roubar-lhe a arma e deu dois disparos em legítima defesa.
"Foi logo depois da visita. Alguns internos pareciam ter usado uma droga, estavam com a boca roxa, e avançaram contra o agente. Ele deu o primeiro disparo contra um interno, que morreu, e depois atirou novamente, ferindo os quatro detentos. Entendemos que foi legítima defesa", afirmou o delegado Felipe Socha, responsável pela investigação do caso na DP de Águas Lindas.
Após os disparos, a 11ª Companhia da Polícia Militar de Goiás, de Santo Antônio do Descoberto, enviou uma viatura para a auxiliar os agentes penitenciários. Os militares realizaram apoio e tentaram garantir a ordem no presídio.
A perícia foi encaminhada ao local para apurar a situação em que os disparos foram efetuados e, a depender da análise, o agente penitenciário responsável pelos tiros poderá responder criminalmente. A Diretoria Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o caso
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