Fala da segurança pública, concursos e sócio educação em geral
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domingo, 16 de dezembro de 2018
Superministro irá controlar 40% dos gastos do governo
Superministro irá controlar 40% dos gastos do governo
Orçamento engessado fará Paulo Guedes procurar êxito na agenda liberal para garantir superpoderes
Agora16 dez. 2018Mariana carneiro érica fraga (FSP)
Ao ser empossado em janeiro como ministro da Economia, Paulo Guedes assumirá uma equipe de pelo menos 33 mil funcionários, responsável por liberar cerca de 40% das despesas do governo federal —equivalente a R$ 676 bilhões neste ano.
Ao ser empossado em janeiro como ministro da Economia, Paulo Guedes assumirá uma equipe de pelo menos 33 mil funcionários, responsável por liberar cerca de 40% das despesas do governo federal —equivalente a R$ 676 bilhões neste ano.
Estarão sob seu domínio as atuais pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior.
A essas cifras ainda deverá ser adicionada boa parte dos 6.806 funcionários do Ministério do Trabalho, espalhados por delegacias regionais nos estados.
A essas cifras ainda deverá ser adicionada boa parte dos 6.806 funcionários do Ministério do Trabalho, espalhados por delegacias regionais nos estados.
A previsão da equipe de transição é que 80% das atribuições da pasta passem aos domínios de Guedes. O restante irá para a Justiça, de Sergio Moro.
A influência de Guedes avançará sobre órgãos como IBGE, CVM (Comissão de Valores Imobiliários), Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Para o último, já indicou para a presidência o economista e amigo Carlos Von Doellinger.
A influência de Guedes avançará sobre órgãos como IBGE, CVM (Comissão de Valores Imobiliários), Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Para o último, já indicou para a presidência o economista e amigo Carlos Von Doellinger.
Guedes também indicou os presidentes dos três bancos estatais —Caixa, Banco do Brasil e BNDES—, responsáveis por mais da metade da concessão de crédito no país, e o da Petrobras.
Não é a estrutura agigantada, porém, que fará de Guedes um ministro com superpoderes. Cerca de 75% de seu orçamento é de gastos obrigatórios, o que faz com que a pasta seja, na verdade, uma das mais engessadas.
Não é a estrutura agigantada, porém, que fará de Guedes um ministro com superpoderes. Cerca de 75% de seu orçamento é de gastos obrigatórios, o que faz com que a pasta seja, na verdade, uma das mais engessadas.
Sua influência, afirmam especialistas, virá da agenda de prioridades que conduzirá no Congresso Nacional, além da regulação para destravar o investimento do setor privado e a direção da política econômica.
Economistas com experiência na condução da máquina pública veem aspectos positivos e negativos no superministério, mas não há consenso sobre qual prato da balança pesará mais.
Economistas com experiência na condução da máquina pública veem aspectos positivos e negativos no superministério, mas não há consenso sobre qual prato da balança pesará mais.
“É uma estrutura geradora de ineficiências. Já foi tentada no passado e não deu certo”, afirma o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que comandou a economia entre 1987 e 1990.
“A Zélia [Cardoso de Mello] tentou e foi um inferno administrar essa estrutura.”
A economista foi alçada a ministra da Economia por Fernando Collor de Mello assim que ele assumiu. Como Guedes, ela reuniu Fazenda, Planejamento e Indústria.
Maílson observa que a Fazenda é “um ministério gigante” para administrar.
Marcos Lisboa, presidente do Insper, acrescenta que a complexidade institucional aumenta o risco de paralisia do superministério. “Cada intervenção requer uma decisão”, afirma Lisboa. Orçamento do Ministério da Economia*, em R$ bilhões Total:
Marcos Lisboa, presidente do Insper, acrescenta que a complexidade institucional aumenta o risco de paralisia do superministério. “Cada intervenção requer uma decisão”, afirma Lisboa. Orçamento do Ministério da Economia*, em R$ bilhões Total:
Important (Brasil)
Cadê o Fabrício Queiroz?
Desde que o Coaf acendeu o sinal amarelo, Bolsonaro está dois lances atrasado
Folha de S.Paulo16 dez. 2018Elio Gaspari Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles “A Ditadura Encurralada”
Jair Bolsonaro lidou com a primeira crise do seu governo com uma mistura de onipotência e ingenuidade. Diante de um problema no qual ele e o filho Flávio (eleito senador) não são investigados ou acusados de coisa alguma, transformaram o silêncio em suspeita.
Superministro irá controlar 40% dos gastos do governo
Orçamento engessado fará Paulo Guedes procurar êxito na agenda liberal para garantir superpoderes
Agora16 Dec 2018Mariana carneiro érica fraga (FSP)
Ao ser empossado em janeiro como ministro da Economia, Paulo Guedes assumirá uma equipe de pelo menos 33 mil funcionários, responsável por liberar cerca de 40% das despesas do governo federal —equivalente a R$ 676 bilhões neste ano.
Estarão sob seu domínio as atuais pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio Exterior.
A essas cifras ainda deverá ser adicionada boa parte dos 6.806 funcionários do Ministério do Trabalho, espalhados por delegacias regionais nos estados.
A previsão da equipe de transição é que 80% das atribuições da pasta passem aos domínios de Guedes. O restante irá para a Justiça, de Sergio Moro.
A influência de Guedes avançará sobre órgãos como IBGE, CVM (Comissão de Valores Imobiliários), Susep (Superintendência de Seguros Privados) e Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Para o último, já indicou para a presidência o economista e amigo Carlos Von Doellinger.
Guedes também indicou os presidentes dos três bancos estatais —Caixa, Banco do Brasil e BNDES—, responsáveis por mais da metade da concessão de crédito no país, e o da Petrobras.
Não é a estrutura agigantada, porém, que fará de Guedes um ministro com superpoderes. Cerca de 75% de seu orçamento é de gastos obrigatórios, o que faz com que a pasta seja, na verdade, uma das mais engessadas.
Sua influência, afirmam especialistas, virá da agenda de prioridades que conduzirá no Congresso Nacional, além da regulação para destravar o investimento do setor privado e a direção da política econômica.
Economistas com experiência na condução da máquina pública veem aspectos positivos e negativos no superministério, mas não há consenso sobre qual prato da balança pesará mais.
“É uma estrutura geradora de ineficiências. Já foi tentada no passado e não deu certo”, afirma o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que comandou a economia entre 1987 e 1990.
“A Zélia [Cardoso de Mello] tentou e foi um inferno administrar essa estrutura.”
A economista foi alçada a ministra da Economia por Fernando Collor de Mello assim que ele assumiu. Como Guedes, ela reuniu Fazenda, Planejamento e Indústria.
Maílson observa que a Fazenda é “um ministério gigante” para administrar.
Marcos Lisboa, presidente do Insper, acrescenta que a complexidade institucional aumenta o risco de paralisia do superministério. “Cada intervenção requer uma decisão”, afirma Lisboa. Orçamento do Ministério da Economia*, em R$ bilhões Total:
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