
Socioeducadores terceirizados serão mantidos, diz novo superintendente
Profissionais irão passar por um processo de capacitação. Lei foi sancionada na manhã desta terça-feira (28).
28/06/2016 15h37 - Atualizado em 28/06/2016 20h13
Por Lena Sena
Do G1 Ce
O superintendente da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, Cássio Franco, que assumiu a pasta na manhã desta terça-feira (28), durante uma solenidade realizada no Palácio da Abolição, em Fortaleza, afirmou que os socioeducadores terceirizados que trabalham atualmente nos centros socioeducativos não serão demitidos.
“A princípio o que a gente quer agora é dar uma nova rotina, trazer novos critérios, novos procedimentos, criar normas operacionais internas, que proporcione que esses profissionais passem por um processo de formação e capacitação. Então, aqueles que estiverem dispostos a se comprometerem com o processo, irão permanecer”.
As próximas contratações para socioeducadores serão realizadas através de seleção pública, que conta com fases como prova objetiva, análise de currículo, investigação social e capacitação, de caráter eliminatório. “Estamos tentando ser bastante criteriosos com a escolha desse pessoal que irá atuar dentro dos centros”, disse. As inscrições para o cadastro reserva já estão abertas e podem concorrer maiores de 18 anos com nível médio concluído.
Conforme Cássio, esse primeiro momento que assume a pasta será usado para organizar as questões burocráticas. “Nesses primeiros três meses vai haver a transição com a STDS, que ainda está responsável pelos convênios e os contratos atuais, até que a própria secretaria tenha condições de fazer a gestão dos próprios contratos”, afirma. A partir de agora o novo órgão fica responsável pela gestão do sistema socioeducativo do estado, que antes era atribuição da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS). Além da seleção de pessoas, será realizada também a seleção das entidades que irão trabalhar junto com a superintendência, através do processo de licitação.
Governador Camilo Santana recebeu Cássio Franco para assinatura da lei que cria a Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Foto: Lena Sena/Do G1 CE)
Governador Camilo Santana recebe Cássio durante
assinatura da lei que cria a Superintendência
(Foto: Lena Sena/Do G1 CE)
Para o governador Camilo Santana, a criação da superintendência é um passo importante para a construção de um novo modelo nos centros socioeducativos. “A partir de agora nós temos um órgão público do estado para cuidar dessa área, o que irá garantir maior agilidade nos processos”, disse. A Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo irá funcionar de maneira autônoma, com apoio do Governo do Estado do Ceará.
Atualmente o Ceará possui 16 centros socioeducativos, sendo 10 em Fortaleza e 6 no interior, que abrigam cerca de 950 adolescentes. Para o superintendente, o número de vagas existentes é suficiente para atender a demanda. “Nosso problema não é de superlotação e sim da má distribuição desses jovens. Ocorre que algumas unidades comportam muitos adolescentes e outras estão abaixo da capacidade, então essa parte da distribuição física não é o problema principal”. Para ele, o importante no momento é garantir a melhoria do serviço nessas unidades. “Queremos promover melhoria para o adolescente e também para o servidor que está lá dentro”, afirma.
Cássio Franco é paranaense e já atuou como agente socioeducativo temporário, depois ingressou como servidor público, foi coordenador de disciplina e segurança, diretor de unidade socioeducativa, atuou na coordenadoria da gestão do Estado do Paraná e antes de vim para o Ceará, foi convidado para prestar consultoria no Acre, em um momento que o estado passava por dificuldades na segurança
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