quarta-feira, 6 de junho de 2018

Governo de SP considera 'injusto' aumento do teto salarial dos servidores




Governo de SP considera 'injusto' aumento do teto salarial dos servidores

Em nota, governo diz que aumento 'privilegia servidores muito bem pagos'...

Por G1 SP
 
Plenário da Alesp durante discussão na tarde desta terça-feira (8) (Foto: Lívia Machado/G1)Plenário da Alesp durante discussão na tarde desta terça-feira (8) (Foto: Lívia Machado/G1)
Plenário da Alesp durante discussão na tarde desta terça-feira (8) (Foto: Lívia Machado/G1)
O governo do estado de São Paulo disse que considera "injusto" o aumento do teto salarial dos servidores públicos do estado, aprovado na noite desta terça-feira (5). O impacto será de R$ 909 milhões em 4 anos.
Em nota, o governo disse que desaprova a medida porque "um aumento nessa proporção: de R$ 21.631,05 para R$ 30.471,11, privilegia servidores muito bem pagos e que já recebem o teto do funcionalismo público".
O texto diz ainda que a medida "causará uma expansão na folha de pagamento do Estado e poderá prejudicar todas as demais carreiras a não terem aumento".
A PEC recebeu 67 votos favoráveis e 4 contrários. O aumento não é para todos os servidores, e, dentre as carreiras beneficiadas estão a de auditores fiscais e pesquisadores.
Pela proposta, a referência de limite salarial para o funcionalismo público no estado, hoje baseado no vencimento do governador, passa a ser equivalente ao fixado a desembargadores de Justiça. Com isso, o teto deixa a faixa dos atuais R$ 21 mil e atinge R$ 30 mil até 2022.
A proposta já tinha sido aprovada em primeiro turno no final de abril. Na ocasião, parlamentares tentaram garantir a votação em segundo turno em seguida, mas não houve quórum.
Ela precisava ser novamente colocada em pauta pelo presidente da Casa, o deputado tucano Cauê Macris, que só o fez na noite desta terça. "A obrigação regimental me obrigou que esse momento acontecesse", afirmou Macris ao final da sessão.
Contrário à PEC, Macris a colocou em pauta após a saída do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que deixou o comando do estado para se candidatar à Presidência da República.
Servidores fiscais que acompanhavam a votação celebraram o resultado. Por se tratar de PEC, ela não precisa ser sancionada pelo governador Márcio França (PSB).
Veja a nota do Governo do Estado na íntegra:
"O Governo do Estado de São Paulo considera injusto um aumento nessa proporção: de R$ 21.631,05 para R$ 30.471,11, pois privilegia servidores muito bem pagos e que já recebem o teto do funcionalismo público. A medida causará uma expansão na folha de pagamento do Estado e poderá prejudicar todas as demais carreiras a não terem aumento...

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