quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Agente socioeducativo é atacado em carro e suspeita de atentado

suspeita de atentado

Caso ocorreu em Taguatinga, na manhã desta quarta-feira (7/2). O agressor estava “com muita raiva” e gritava: “É tu, desgraça”
Arquivo pessoal
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Suzano AlmeidaIsadora Teixeira
 
Um agente socioeducativo do Distrito Federal foi vítima de ato de violência nesta quarta-feira (7/2): um homem quebrou, com o cabo de uma arma, o vidro do carro em que ele estava, por volta das 11h30, em Taguatinga. Ao Metrópoles, ele disse acreditar se tratar de um atentado, pois o criminoso xingava com “muita raiva”.
“Ele gritava: ‘É tu, desgraça’. Eu creio que seja um interno que possa ter me reconhecido”, conta o homem, que pediu para não ser identificado. Após o carro ser acertado, ele afirma ter saído do local depressa, dirigido inclusive pela contramão para fugir do algoz. Pelo retrovisor, viu um rapaz com um revólver na mão. 
Segundo o agente, que está na profissão há nove anos, as ameaças de morte são constantes no dia a dia do sistema socioeducativo, mas a abordagem na rua, em plena luz do dia, o assustou. “Tenho ao menos quatro ocorrências registradas na Polícia Civil. Os internos falam que, quando encontrarem a gente na rua, vão nos matar, mas isso é rotina. Nunca passei por algo parecido com o que ocorreu hoje”, desabafa.
De acordo com o profissional, o caso foi relatado à 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro). Os estilhaços do vidro acertaram o braço do homem, causando um corte. “Mas o importante é estar vivo”, ressalta.  
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Estilhaços do vidro cortaram o braço da vítima

AmeaçasEm dezembro do ano passado, uma carta assustou agentes da Unidade de Internação de São Sebastião (Uiss). O texto tecia um suposto plano de fuga e até assassinatos. À época, o Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa do Distrito Federal (Sindsse-DF) confirmou a veracidade do manuscrito, encontrado durante revista de rotina. A entidade acreditava que ele seria enviado para comparsas, por meio de um parente do interno, durante visita.
As ameaças não são raras e os ataques, acontecem. Em 29 de novembro, por exemplo, um agente foi atingido na testa por um pedaço de ferro, na Unidade de Internação do Recanto das Emas (Unire). Outros dois foram agredidos: o dedo de um deles foi quebrado e o joelho de outro, machucado. Eles interceptaram um interno que tentou fugir.
O vice-presidente do Conselho Nacional de Entidades Representativas dos Profissionais do Socioeducativo (Conasse), Cristiano Torres, critica a proibição dos agentes portarem arma. “O Conasse está na luta, buscando esse direito. Só no último ano tivemos duas mortes de agente socioeducativo e diversos atentados no país”, sustenta

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