Detentos do Presídio Federal fazem greve de fome em ato nacional
Além da unidade em Campo Grande, há movimento no PR e no RN
11 NOV 2017 • POR RODOLFO CÉSAR • 12h10
Entrada da Penitenciária Federal de Campo Grande - Divulgação
O Ministério da Justiça confirmou hoje que detentos do Presídio Federal em Campo Grande e de outras duas unidades (Catanduvas - PR e Mossoró - RN) fazem greve de fome como forma de protesto. Ao todo, 112 presos recusaram-se a receber alimentação.
“Eles dizem que procedem deste modo por serem contra a ‘opressão do sistema penitenciário federal’. Cabe ressaltar que os presos que estão no sistema penitenciário federal não sofrem nenhum tipo de opressão”, informou nota do ministério, divulgada pela revista Veja hoje pela manhã.
No Brasil, 34 presídios estaduais e federais, em sete estados, registram algum tipo de movimento promovido pelos presidiários. Em alguns casos há rebeliões violentas, como é o caso de Cascavel (PR), onde dois detentos foram assassinados e três agentes penitenciários foram mantidos reféns. Os servidores foram liberados ao longo de sexta-feira (10) e o último, hoje pela manhã.
A Veja informou que em Mato Grosso, Acre e Pará os governos ligaram os atos a ordens de facções criminosas.
Em Cascavel, onde a rebelião foi mais grave, o governo paranaense divulgou que o motim foi encerrado hoje pela manhã e confirmou que os presos estenderam uma faixa com a sigla PCC, que é o nome da facção criminosa paulista que está disseminada no país, Primeiro Comando da Capital. A rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel durou dois dias.
O jornal O Estado de S. Paulo divulgou que no Rio de Janeiro, o Comando Vermelho liderou uma greve de fome em 12 presídios do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Esse protesto começou na quarta-feira (8), um dia antes da rebelião em Cascavel.
"A greve de fome está em consonância com a ordem que partiu de uma determinada organização criminosa que atua em todo País", divulgou o Instituto de Administração Penitenciária do Acre, onde detentos do Presídio Francisco D'Oliveira Conde, em Rio Branco, não aceitam receber alimentação. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.
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