Matheus Urenha / A Cidade
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa; veja mais fotos na galeria (foto: Marheus Urenha / A Cidade)

Prestes há completar dois meses no comando da Fundação Casa, o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa, afirma que não vai tolerar qualquer abuso de violência de servidores contra menores que cumprem internação nas unidades.
Elias Rosa esteve na última quarta-feira (30) em Ribeirão para visitar a unidade da Fundação Casa. ACidade ON acompanhou a visita do presidente com exclusividade. Além de visitar o setor administrativo, onde conversou com os servidores, o presidente percorreu a ala onde os menores permanecem e realizam atividades educativas e culturais.
“Não toleramos abuso porque constitui crime e falta disciplinar grave, cuja pena é a exoneração, demissão a bem do serviço público”, alerta. “Os nossos profissionais não tem por formação cometer abusos”, comenta.
Segundo Elias Rosa, mais de mil servidores da Fundação Casa já foram exonerados entre 2006 e 2017 – metade desse contingente (pela estimativa) ocorreu por motivos de abuso e maus-tratos. “Quando encontrarmos casos, a apuração será rigorosa e célere para que a sociedade não mantenha ideia equivocada que aqui dentro se pratica abuso”, alerta.
Em dezembro do ano passado, quatro funcionários da Fundação Casa de Ribeirão foram afastados após denúncias de violência física e psicológica. Na época, a Defensoria Pública afirmou que os menores eram submetidos à tortura.
Observatório
Elias Rosa afirma que será criado o Observatório da Violência com o objetivo de compilar os dados oriundos das Fichas de Violência, que são preenchidas por qualquer pessoa, inclusive pelos próprios internos, denunciando casos de violência entre menores e de funcionários. “O que nós queremos é que a cada dia se sobressaia a área pedagógica, psicologia, assistência social e saúde, além de segurança, fazendo com que isso aqui funcione”, afirmou.
Raio-X
A unidade da Fundação Casa de Ribeirão conta com 467 adolescentes. Desse total, 241 estão internados por envolvimento com tráfico de drogas e 163, por roubo qualificado.