A Prefeitura de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados, mas não retornou com a obrigatoriedade do uso. A decisão partiu de uma reunião entre técnicos da Secretaria Municipal da Saúde que avaliou os índices da pandemia na capital.
De acordo com a prefeitura, "a decisão leva em conta o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos [TRAs] para covid-19". Isso porque, na semana epidemiológica 17, entre 24 e 30 de abril, a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, a positividade foi de 18%, informou a administração municipal.
A cidade também segue a recomendação estadual, de indicar o uso em escolas. Além disso, o equipamento de proteção pessoal segue obrigatório em unidades de saúde e em transportes coletivos, como ônibus, trens e metrô.
São Paulo registrou um aumento de 251,8% no total de internados com covid-19 no último mês. Entre 30 de abril e na segunda-feira, 30, o total saltou de 56 para 197, tanto em leitos comuns quanto na terapia intensiva. Apesar da alta, o número ainda está bem abaixo do registrado em 30 de janeiro, quando o surto da variante Ômicron provocou 873 internações.
"Além do uso da máscara, é importante que a população complete o seu ciclo vacinal. Tanto para o primeiro ciclo, quanto para as doses de reforço. Nossos postos estão abertos diariamente e a vacina está disponível para todos", explica o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
A prefeitura também ressaltou que a vacina contra a covid-19 está disponível para quem não completou o ciclo vacinal, ou deixou de tomar as doses de reforço. De acordo com o levantamento de ontem do consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, em termos percentuais, o estado de São Paulo conta com a maior parcela de sua população com vacinação completa: 86,46% de seus habitantes.
O governo de São Paulo liberou o uso de máscaras em locais fechados no estado em 17 de março. À época, o então governador João Doria (PSDB) explicou que a decisão foi apoiada por uma nota técnica do Comitê Científico que acompanha a situação da pandemia no estado, que demonstrava "uma melhora consistente na situação epidemiológica no Estado".
A prefeitura da capital, então, seguiu a recomendação. Na ocasião, para apoiar a decisão, a secretaria municipal da Saúde destacou que os índices de internação na capital paulista foram reduzidos.
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